REGENERAÇÃO EM FLORESTA INUNDÁVEL DE RESTINGA EM RESTAURAÇÃO NO RIO DE JANEIRO, RJ

• Autor(a) principal: Moraes, Daniel
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34495
• topic: Dispersão; Fitossociologia; Sucessão ecológica; Dispersão; Fitossociologia; Sucessão ecológica.; Dispersal; Phytosociology; Ecological succession

A regeneração vem sendo utilizada para a avaliação de plantios de restauração ecológica, sendo um importante atributo que influencia diretamente no desenvolvimento da comunidade vegetal através da introdução de indivíduos por meio da disponibilidade de sementes e propágulos, garantindo a continuidade da sucessão ecológica. O presente estudo realizou levantamento fitossociológico do estrato regenerante de floresta de restinga inundável em processo de restauração no município do Rio de Janeiro, com cerca de 22 anos de idade, no Parque Natural Municipal de Marapendi. O estudo foi realizado em sete parcelas de 10 x 10 m. Todos os indivíduos de espécies arbustivas ou arbóreas com altura ≥ 50 cm e com DAP < 2 cm foram marcados com anilhas numéricas, identificados ao menor nível taxonômico possível e foram medidos em altura e diâmetro basal. As espécies foram classificadas de acordo com sua síndrome de dispersão e grupo sucessional, de acordo com a classificação mais frequentemente utilizada na literatura. Foram amostrados 662 indivíduos regenerantes, sendo identificadas 33 espécies pertencentes a 23 famílias e 15 morfotipos, com índice de diversidade de Shannon de 2,88 nat.ind-1, equidade de Pielou de 0,74 e densidade estimada de 9.457 regenerantes por hectare. Das 33 espécies identificadas, 88% tem dispersão zoocórica e 15 espécies nativas não foram plantadas, incluindo Calophyllum brasiliense, espécie mais abundante. Nectandra oppositifolia e Didymopanax angustissimus, também não foram plantadas e estão entre as oito espécies mais abundantes, indicando que a dispersão zoocórica está promovendo aumento da diversidade e sugerindo alterações na estrutura futura desta floresta. A comparação entre as sete parcelas estudadas evidenciou diferenças na riqueza, abundância e no índice de diversidade, sendo que as parcelas com maior afloramento do lençol freático apresentaram os menores valores para estes três parâmetros, sugerindo que uma maior inundação é um fator limitante para a regeneração. A composição do estrato regenerante com o predomínio de espécies não pioneiras, zoocóricas e com espécies que não foram plantadas indicam que o processão sucessional nesta floresta inundável de restinga está avançando numa trajetória aceitável