Potencial de conectividade de fragmentos florestais e paisagens de Mata Atlântica via polinização por mariposas e modelagem atmosférica em Cachoeiras de Macacu - RJ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: D'Arrochella, Marcio Luiz Gonçalves
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28305
Resumo: A fragmentação florestal causada por intervenções humanas ou mesmo por fenômenos naturais, promove inúmeras alterações no funcionamento dos ecossistemas, principalmente por fenômenos microclimáticos. Os processos em desequilibrio podem levar à extinsões de espécies menos tolerantes, a facilitação da colonização de espécies invasoras, o predomínio de espécies primárias e a chegada de pragas, o que diminui a biodiversidade intra fragmentos. Do mesmo modo o isolamento de populações gera o empobrecimento genético, tornando-as mais suscetíveis à extinção quando da ocorrência de qualquer alteração dos habitats. A conjuntura atual da Mata Atlântica no Brasil é de cerca de 7 a 15 % de cobertura remanascente em diferentes níveis de integridade e de sucessão ecológica, distribuidos ao longo do litoral do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte em pequenos fragmentos, a maioria em áreas particulares, sem nenhuma proteção. Para amenizar essa situação, a legislação ambiental brasileira criou os mosaicos de Unidades de Conservação e os Corredores Ecológicos com a finalidade não só de conservar/preservar os remanscentes, mas também para recuperá-los e promover a conectividade ecológica, que em tese garante a troca gênica entre populações e a elasticidade genética. No entanto inúmeros projetos de reflorestamento e de implementação de corredores ecológicos são executados sem nenhum planejamento ou estudos prévios, o que pode gerar mais problemas do que benefícios aos remanescentes. Portanto é de suma importância que se conheça que agentes promovem a conectividade entre os fragmentos. Este estudo apresenta como possibilidade de entendimento da conectividade o processo de polinização por mariposas, já que estas, podem se aproveitar de ventos e brisas para voar longas distâncias, conectando tantos fragmentos como paisagens. Para tal foram realizados estudos botânicos e zoológicos eu uma área piloto no município de Cachoeiras de Macacu no estado do Rio de Janeiro, que apresenta inúmeros fragmentos em uma matriz de pasto. Outra rotina de estudo se deu por meio da modelagem atmosférica dos sistemas de brisas para que se pudesse identificar trajetórias potenciais de voo, que à priori compõem um arranjo espacial. Como resultados a pesquisa apresenta o comportamento prevalescente das brisas ao longo de quatro anos em cada estação e que trajetórias são potencialmente cumpridas pelas espécies de mariposas da área gerando um arranjo espacial potencial de conectividade da Mata Atlântica local e circundante.
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Do mesmo modo o isolamento de populações gera o empobrecimento genético, tornando-as mais suscetíveis à extinção quando da ocorrência de qualquer alteração dos habitats. A conjuntura atual da Mata Atlântica no Brasil é de cerca de 7 a 15 % de cobertura remanascente em diferentes níveis de integridade e de sucessão ecológica, distribuidos ao longo do litoral do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte em pequenos fragmentos, a maioria em áreas particulares, sem nenhuma proteção. Para amenizar essa situação, a legislação ambiental brasileira criou os mosaicos de Unidades de Conservação e os Corredores Ecológicos com a finalidade não só de conservar/preservar os remanscentes, mas também para recuperá-los e promover a conectividade ecológica, que em tese garante a troca gênica entre populações e a elasticidade genética. No entanto inúmeros projetos de reflorestamento e de implementação de corredores ecológicos são executados sem nenhum planejamento ou estudos prévios, o que pode gerar mais problemas do que benefícios aos remanescentes. Portanto é de suma importância que se conheça que agentes promovem a conectividade entre os fragmentos. Este estudo apresenta como possibilidade de entendimento da conectividade o processo de polinização por mariposas, já que estas, podem se aproveitar de ventos e brisas para voar longas distâncias, conectando tantos fragmentos como paisagens. Para tal foram realizados estudos botânicos e zoológicos eu uma área piloto no município de Cachoeiras de Macacu no estado do Rio de Janeiro, que apresenta inúmeros fragmentos em uma matriz de pasto. Outra rotina de estudo se deu por meio da modelagem atmosférica dos sistemas de brisas para que se pudesse identificar trajetórias potenciais de voo, que à priori compõem um arranjo espacial. Como resultados a pesquisa apresenta o comportamento prevalescente das brisas ao longo de quatro anos em cada estação e que trajetórias são potencialmente cumpridas pelas espécies de mariposas da área gerando um arranjo espacial potencial de conectividade da Mata Atlântica local e circundante.Forest fragmentation caused by human intervention or by natural means produces countless changes in the functionality of the ecosystems, notably by microclimatic phenomena. Unbalanced processes might lead to the extinction of less tolerant species, to the boost of the colonization by invader species, to the prevalence of primary species and to the arrival of pests, all of which reduces the intra-fragment biodiversity. Besides, the isolation of populations generates a genetic impoverishment, making a specie more susceptible to extinction in the case of any habitat disturbance. Brazilian Atlantic forest current status is about 7 to 15% remaining coverage in different levels of integrity and ecological succession, spread along the shoreline that goes from Rio Grande do Sul until Rio Grande do Norte, in small fragments, mostly in private areas with no protection policy. To ease this situation, Brazilian environmental law created the mosaic of the Units of protection and the Ecological Galleries, aiming of, not only protect the remaints, but also to promote and restore the ecological connectivity, what would guarantee the gene exchange between distinct populations and, hence, the genetic elasticity. However, countless re-forestation projects and implementations of Ecological Galleries are conducted without any planning or previous studies, what may bring forth more problems than benefits to the remaining. Thus, it is crucialto know the agents that promotes the connectivity through forest fragments. This research presents, as a model of understanding of the connectivity processes, the pollination by the moths, since these uses the winds to fly great distances, connecting forest fragments and landscapes. To that end, there were made botanical and zoological studies in a preliminary area at the county of Cachoeiras de Macacu, at the Rio de Janeiro state, an area that presents a great variety of fragments in a pasture. Furthermore, this study also incorporate a atmospheric modeling of the breeze systems so that the potential fly routes of the moths could be identified, what, a priori, constitutes a space arrangement. As results, this research presents the prevailing behavior of the breezes, in each season, through four years, as well as a arrange of which routes are probably realized by the moth species of the area, developing a potential space arrangement of the connectivity of the Atlantic forest and its surroundings.154 p.Oliveira, Jorge Luiz Fernandes deZaú, André ScaramboneRosas, Reiner OlíbanoChirol, Achilles D'ÁvilaFurlan, Sueli AngeloD'Arrochella, Marcio Luiz Gonçalves2023-03-23T14:24:31Z2023-03-23T14:24:31Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfD'ARROCHELLA, Marcio Luiz Gonçalves. Potencial de conectividade de fragmentos florestais e paisagens de Mata Atlântica via polinização por mariposas e modelagem atmosférica em Cachoeiras de Macacu - RJ. 2019. 154 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.http://app.uff.br/riuff/handle/1/28305CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-03-23T14:24:34Zoai:app.uff.br:1/28305Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:52:47.241533Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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