Mudanças no ensino de língua materna: crenças dos professores de língua portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pessoas, Ana de Lourdes do Nascimento
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/2884
Resumo: A partir da década de 1980, as ciências linguísticas trouxeram teorias que contribuíram para uma nova visão do ensino de língua materna. Em linhas gerais, temos esse ensino como um processo dinâmico que leva o aluno a estruturar seu pensamento através de inúmeras possibilidades, ajustando-o em contextos diferenciados, tanto instrumentando o aprendiz para a prática política, como também contribuindo para ampliar suas competências comunicativo-interacionais. Chegamos, então, a um quadro bastante favorável para redefinição do que se quer ensinar, para que e como ensinar. Culminando com o advento dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, os quais consideramos uma síntese e uma sistematização de todas essas discussões sobre o ensino de língua materna. Apesar de todos esses estudos, não encontramos um quadro satisfatório para o ensino da língua materna. Dessa forma, neste trabalho, temos o objetivo geral de descrever e analisar crenças de professores de Língua Portuguesa do segundo segmento do Ensino Fundamental de escolas públicas municipais da cidade do Rio de Janeiro, sobre as mudanças no ensino de língua materna, se houve entendimento do que hoje em dia deva ser uma aula de língua materna, as mudanças que ocorreram e se os efeitos percebidos foram positivos ou negativos. Os sujeitos participantes foram sete professores de Língua Portuguesa do 2º segmento, pertencentes ao quadro permanente da Prefeitura do Rio de Janeiro. Enquanto pesquisa qualitativa, investigamos o que os participantes da pesquisa estão experienciando, como eles interpretam as suas experiências e como eles próprios estruturam o mundo social no qual vivem (BOGDAR & BIKLEN, 1998 apud ABRAHÃO, 2006, p. 220). Os instrumentos geradores de dados foram questionários e grupo focal. Optamos como referências teóricas, em relação ao ensino, as obras de Magda Soares, Irandé Antunes, Luiz Carlos Travaglia, Marcos Bagno, Maria Auxiliadora Bezerra. Ana Maria Ferreira Barcelos e Maria Helena Vieira Abrahão são as referências teóricas para fundamentar os estudos sobre crenças dos professores. Os resultados sugerem que os professores têm um entendimento próximo do que deveria ser uma aula de língua materna atualmente. Pelas suas crenças, percebemos que este seja um momento de transição, estando o professor ora realizando um trabalho dentro de uma tradição defasada, ora nos moldes atuais