Evolução da temperatura e da produtividade no Atlântico sudoeste subtropical ao longo do último deglacial através do estudo de assembleias de foraminíferos planctônicos

• Autor(a) principal: Martins, Lucas dos Santos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27359
• topic: Micropaleontologia; Temperatura da superfície do mar; Assembleia de foraminíferos planctônicos; Ressurgência; Deglacial; Micropaleontologia; Foraminiferos plactônicos; Oceanografia; Micropaleontology; Sea surface temperature; Planktonic foraminifera assemblage; Upwelling; Deglaciation

As mudanças climáticas e seus impactos para a humanidade são cada vez mais observados no tempo presente e com isso viu-se necessário estudos que auxiliem na prevenção de tais impactos. Na tentativa de entender o presente e prever o clima futuro, é necessário entender o que aconteceu no passado com o objetivo de encontrar respostas para tais acontecimentos. Para isso, o objetivo do presente estudo foi utilizar assembléias de foraminíferos planctônicos para reconstrução da temperatura e produtividade da região do oceano Atlântico Sudoeste subtropical para o último período deglacial. O uso de indicadores para produtividade como a abundância relativa da espécie Globigerina bulloides e a razão entre as espécies G. bulloides típica de águas frias e produtivas e a espécie Globigerinoides ruber white típica de águas quentes e oligotróficas foram utilizadas na tentativa de rastrear e mensurar os sinais de produtividade para a região juntamente com a análise da reconstrução da temperatura para a profundidade de 1m e 100m. Os resultados evidenciaram um aumento geral para a temperatura superficial do mar em 1m e 100m e baixa produtividade durante o período deglacial principalmente durante os eventos Heinrich stadial 1 ocasionado pela diminuição da Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico. A presença de Globorotalia inflata restrita para o período de 21-16 mil anos AP sugere uma influência de águas frias na região provenientes da expansão da Corrente Circumpolar Antártica devido a interrupção do vazamento das Agulhas. Para o evento Younger Dryas ocorreram as maiores temperaturas superficiais registradas. Contudo, dois picos da espécie G.bulloides ocorrem nesse período, sugerindo a presença de uma expansão no sistema de ressurgência para região