Estudos preliminares dos fatores secretados pela cultura de células da medula óssea estimulada com tarina na formação de colônias hematopoiéticas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/27362 |
Resumo: | Introdução: O cormo do Taro (Colocasia esculenta) é tradicionalmente consumido como planta medicinal para estimular as respostas imunes e restaurar o estado de saúde. A tarina, uma lectina do taro, é considerada responsável pelos efeitos imunomoduladores do sistema imune. Objetivo Geral: O objetivo geral deste trabalho é analisar e apurar o efeito da tarina sobre populações celulares da medula óssea de camundongos da linhagem C57BL/6. Materiais e Métodos: Células obtidas da medula óssea de camundongos C57Bl/6 foram cultivadas em meio RPMI somente (controle) ou estimuladas com 25 ou 50 μg/mL de tarina purificada durante 14 dias. O desenvolvimento das culturas foi analisado nos dias 5, 8, 12 e 14 quanto a morfologia e a densidade de células através da microscopia óptica e imagens digitais foram obtidas. No 14º dia os sobrenadantes das culturas (meio condicionados) foram coletados para realização de ensaios clonogênicos em ágar semi-sólido. As células foram analisadas quanto aos critérios de tamanho versus granulosidade pela citometria de fluxo. Resultados: Após cinco dias de cultura as culturas estimuladas tarina apresentaram maior área ocupada por células sendo possível visualizar células aderentes com aspecto fibroblastóides maiores e com maior confluência, quando comparadas às culturas não estimuladas (controle). Após 8 dias, nas culturas estimuladas com 25 μg/mL apresentaram alguns clusters ou aglomerações celulares, enquanto nas que receberam 50μg foi possível observar a presença de muitas células pequenas significativa diminuição de células de maior granulosidade, e dispersas no meio. Nas culturas não estimuladas verificou-se que os parâmetros de tamanho x granulosidade ficaram bastante evidentes aos contrários das que receberam a tarina. Nos ensaios clonogênicos a adição de 10% (volume final) de meio condicionado das culturas estimuladas com tarina em cultura foi capaz de estimular significativamente o número de unidade formadora de colônia (UFC). Associação do meio condicionado (M.C.) estimulado com tarina associado ao meio condicionado (M.C.) de células M3 (fonte de IL-3) e ao M.C. de WEHI (fonte de GM-CSF). Surpreendentemente, a associação de M.C. tarina ao M.C. de células M3 resultou em uma potente inibição do efeito da IL-3 no número médio de UFC/campo. Conclusão: O conjunto dos resultados obtidos até o momento sugerem que a tarina atua na diferenciação celular de células progenitoras mieloides em células da linhagem granulocítica e células estimuladas com tarina induzem a produção de fatores de crescimento |
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Estudos preliminares dos fatores secretados pela cultura de células da medula óssea estimulada com tarina na formação de colônias hematopoiéticasColocasia esculentaTaroLectinasTarinaMedula ósseaHematopoieseImunomodulaçãoProgenitores granulocíticosCélulas estromaisUnidade formadora de colôniaColocasia esculentaMedula ósseaHematopoieseLectinsTarinBone marrowHematopoiesisImmunomodulationGranulocytic progenitorsStromal cellsColony forming unitIntrodução: O cormo do Taro (Colocasia esculenta) é tradicionalmente consumido como planta medicinal para estimular as respostas imunes e restaurar o estado de saúde. A tarina, uma lectina do taro, é considerada responsável pelos efeitos imunomoduladores do sistema imune. Objetivo Geral: O objetivo geral deste trabalho é analisar e apurar o efeito da tarina sobre populações celulares da medula óssea de camundongos da linhagem C57BL/6. Materiais e Métodos: Células obtidas da medula óssea de camundongos C57Bl/6 foram cultivadas em meio RPMI somente (controle) ou estimuladas com 25 ou 50 μg/mL de tarina purificada durante 14 dias. O desenvolvimento das culturas foi analisado nos dias 5, 8, 12 e 14 quanto a morfologia e a densidade de células através da microscopia óptica e imagens digitais foram obtidas. No 14º dia os sobrenadantes das culturas (meio condicionados) foram coletados para realização de ensaios clonogênicos em ágar semi-sólido. As células foram analisadas quanto aos critérios de tamanho versus granulosidade pela citometria de fluxo. Resultados: Após cinco dias de cultura as culturas estimuladas tarina apresentaram maior área ocupada por células sendo possível visualizar células aderentes com aspecto fibroblastóides maiores e com maior confluência, quando comparadas às culturas não estimuladas (controle). Após 8 dias, nas culturas estimuladas com 25 μg/mL apresentaram alguns clusters ou aglomerações celulares, enquanto nas que receberam 50μg foi possível observar a presença de muitas células pequenas significativa diminuição de células de maior granulosidade, e dispersas no meio. Nas culturas não estimuladas verificou-se que os parâmetros de tamanho x granulosidade ficaram bastante evidentes aos contrários das que receberam a tarina. Nos ensaios clonogênicos a adição de 10% (volume final) de meio condicionado das culturas estimuladas com tarina em cultura foi capaz de estimular significativamente o número de unidade formadora de colônia (UFC). Associação do meio condicionado (M.C.) estimulado com tarina associado ao meio condicionado (M.C.) de células M3 (fonte de IL-3) e ao M.C. de WEHI (fonte de GM-CSF). Surpreendentemente, a associação de M.C. tarina ao M.C. de células M3 resultou em uma potente inibição do efeito da IL-3 no número médio de UFC/campo. Conclusão: O conjunto dos resultados obtidos até o momento sugerem que a tarina atua na diferenciação celular de células progenitoras mieloides em células da linhagem granulocítica e células estimuladas com tarina induzem a produção de fatores de crescimentoIntroduction: Taro (Colocasia esculenta) corm is traditionally consumed as a medicinal plant to stimulate immune responses and restore health status. Tarin, a lectin from taro, is thought to be responsible for its immunomodulatory effects on the immune system. General Objective: The general objective of this work is to analyze and refine the effect of tarine on bone marrow cell populations of C57BL/6 mice. Materials and Methods: Cells obtained from bone marrow of C57BL/6 mice were cultured in RPMI medium only (control) or stimulated with 25 or 50 μg/ml of purified tarsin for 14 days. The development of the cultures was analyzed on days 5, 8, 12 and 14 for morphology and cell density by light microscopy and digital images were obtained. On day 14 the supernatants of the cultures (conditioned medium) to perform clonogenic assays on semi-solid agar. Cells were analyzed for size versus granularity criteria by flow cytometry. Results: After five days of culture the tarin stimulated cultures showed a larger area occupied by cells being possible to visualize adherent cells with a larger fibroblastoid aspect and with higher confluence, when compared to the non-stimulated cultures (control). After 8 days, the cultures stimulated with 25 μg/mL presented some cell clusters or agglomerations, while in those that received 50μg it was possible to observe the presence of many small cells, with a significant decrease in cells with larger granularity, quite refringent and dispersed in the medium. In the unstimulated cultures it was verified that the size x granularity parameters were quite evident in contrast to those that received tarine. In the clonogenic assays, the addition of 10% (final volume) of conditioned medium of the cultures stimulated with tarine was able to significantly stimulate the number of colony forming units (CFU). Association of tarine-stimulated conditioned medium (C.M.) associated with conditioned medium (C.M.) of M3 cells (source of IL-3) and M.C. of WEHI (source of GM-CSF). Surprisingly, the association of tarine C.M. to C.M. of M3 cells resulted in a potent inhibition of the effect of IL-3 on the average number of CFUs/field. Conclusion: Taken together, the results obtained so far suggest that tarine acts on the cellular differentiation of myeloid progenitor cells into cells of the granulocytic lineage and tarine-stimulated cells induce the production of growth factors56 f.Verícimo, Maurício Afonsohttp://lattes.cnpq.br/3542098570637209Freire, Maria Paula Vignahttp://lattes.cnpq.br/3740457030703043Almeida, Renata dehttp://lattes.cnpq.br/4187989100294471Araújo, Laísla Rita Silva2022-12-20T22:55:55Z2022-12-20T22:55:55Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://app.uff.br/riuff/handle/1/27362CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-01-19T14:06:32Zoai:app.uff.br:1/27362Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:09:26.832858Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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