Relação do perfil oxidativo, da ingestão alimentar e dos níveis séricos de vitamina A e D na ocorrência de mola hidatiforme
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28431 http://dx.doi.org/10.22409/ppgcm.2020.d.35420474816 |
Resumo: | Introdução. A mola hidatiforme completa (MHC) é uma desordem rara da fertilização e sua etiologia ainda não está completamente elucidada. O estresse oxidativo e ingestão alimentar constituem fatores de risco para a doença. Objetivo. Avaliar a relação do perfil oxidativo, da ingestão alimentar e dos níveis séricos de vitamina A e D com a ocorrência de MH. Métodos. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e observacional, realizado nos Ambulatórios de Doenças Trofoblásticas Gestacionais (DTGs) do Hospital Universitário Antônio Pedro/UFF e Maternidade Escola/UFRJ. A amostragem total foi composta por 140 mulheres alocadas em quatro grupos: 43 pacientes com MHC (grupo mola), 33 pacientes que sofreram aborto não-molar (grupo aborto), 32 gestantes saudáveis (grupo gestante) e 32 mulheres não gestantes saudáveis (grupo não-gestante). Todas as participantes foram submetidas à coleta de sangue venoso para realização dos exames laboratoriais bioquímicos e dosagem do óxido nítrico (NO•), avaliação antropométrica e questionário de frequência alimentar semiquantitativo (QFASQ) para estimativa da ingestão dietética. Para a análise estatística foi utilizado o software R versão 3.2.2 e a probabilidade considerada significante para p < 0,05. Resultados. O valor médio de vitamina A sérica no grupo mola foi de 0,47 ± 0,10 mg/L, 0,51 ± 0,10 mg/L no grupo aborto, 0,42 ± 0,08 mg/L no grupo gestante e 0,54 ± 0,17 mg/L no grupo não-gestante, com p = 0,0039. Em relação à ingestão alimentar de vitamina A, não houve diferença significativa entre os grupos. O valor médio de vitamina D sérica foi de 25,09 ± 8,63 ng/dL no grupo mola, 25,25 ± 9,25 ng/dL no grupo aborto, 28,76 ± 6,66 ng/dL no grupo gestante e de 28,65 ± 12,67 ng/dL no grupo não-gestante, apresentando diferença significativa dos valores entre os grupos (p = 0,035). O valor mediano de vitamina D estimado pelo QFASQ no grupo mola foi de 0,90 μg (0,6-2,3); já o grupo aborto apresentou valor mediano de 1,3 μg (0,5-3,7), o grupo gestante 0,90 μg (0,4-2,0) e o grupo não-gestante, 1,0 μg (0,5-2,2), sem diferença significativa entre os grupos. Em relação aos valores séricos de NO•, pode-se observar que o grupo mola apresenta valor médio de 84,74 ± 37,25 μM, o grupo aborto 101,81 ± 98,40 μM, o grupo gestante 79,95 ± 31,46 μM e o grupo não-gestante 82,19 ± 51,95 μM, sem diferença significativa entre os grupos. Conclusão. Observou-se que: a caracterização antropométrica e laboratorial mostrou que os quatro grupos são semelhantes, podendo então, ser comparáveis; através da análise da ingestão alimentar observou-se que o grupo mola não apresenta deficiência de ingestão calórico-proteica; em relação aos valores séricos de vitamina A, as participantes do grupo mola não apresentam deficiência sérica, porém encontram-se em quadro de insuficiência para a vitamina D; o grupo mola apresenta valores medianos de ingestão alimentar de vitamina A adequados, porém o mesmo não é visto aos valores preconizados para a ingestão de vitamina D e não foi encontrada diferença significativa nos valores de NO• séricos quando os grupos estudados foram comparados. |
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Relação do perfil oxidativo, da ingestão alimentar e dos níveis séricos de vitamina A e D na ocorrência de mola hidatiformeMola hidatiformeVitamina AVitamina DÓxido nítricoMola hidatiformeÓxido nítricoVitamina DVitamina AHydatidiform moleVitamin AVitamin DNitric oxideIntrodução. A mola hidatiforme completa (MHC) é uma desordem rara da fertilização e sua etiologia ainda não está completamente elucidada. O estresse oxidativo e ingestão alimentar constituem fatores de risco para a doença. Objetivo. Avaliar a relação do perfil oxidativo, da ingestão alimentar e dos níveis séricos de vitamina A e D com a ocorrência de MH. Métodos. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e observacional, realizado nos Ambulatórios de Doenças Trofoblásticas Gestacionais (DTGs) do Hospital Universitário Antônio Pedro/UFF e Maternidade Escola/UFRJ. A amostragem total foi composta por 140 mulheres alocadas em quatro grupos: 43 pacientes com MHC (grupo mola), 33 pacientes que sofreram aborto não-molar (grupo aborto), 32 gestantes saudáveis (grupo gestante) e 32 mulheres não gestantes saudáveis (grupo não-gestante). Todas as participantes foram submetidas à coleta de sangue venoso para realização dos exames laboratoriais bioquímicos e dosagem do óxido nítrico (NO•), avaliação antropométrica e questionário de frequência alimentar semiquantitativo (QFASQ) para estimativa da ingestão dietética. Para a análise estatística foi utilizado o software R versão 3.2.2 e a probabilidade considerada significante para p < 0,05. Resultados. O valor médio de vitamina A sérica no grupo mola foi de 0,47 ± 0,10 mg/L, 0,51 ± 0,10 mg/L no grupo aborto, 0,42 ± 0,08 mg/L no grupo gestante e 0,54 ± 0,17 mg/L no grupo não-gestante, com p = 0,0039. Em relação à ingestão alimentar de vitamina A, não houve diferença significativa entre os grupos. O valor médio de vitamina D sérica foi de 25,09 ± 8,63 ng/dL no grupo mola, 25,25 ± 9,25 ng/dL no grupo aborto, 28,76 ± 6,66 ng/dL no grupo gestante e de 28,65 ± 12,67 ng/dL no grupo não-gestante, apresentando diferença significativa dos valores entre os grupos (p = 0,035). O valor mediano de vitamina D estimado pelo QFASQ no grupo mola foi de 0,90 μg (0,6-2,3); já o grupo aborto apresentou valor mediano de 1,3 μg (0,5-3,7), o grupo gestante 0,90 μg (0,4-2,0) e o grupo não-gestante, 1,0 μg (0,5-2,2), sem diferença significativa entre os grupos. Em relação aos valores séricos de NO•, pode-se observar que o grupo mola apresenta valor médio de 84,74 ± 37,25 μM, o grupo aborto 101,81 ± 98,40 μM, o grupo gestante 79,95 ± 31,46 μM e o grupo não-gestante 82,19 ± 51,95 μM, sem diferença significativa entre os grupos. Conclusão. Observou-se que: a caracterização antropométrica e laboratorial mostrou que os quatro grupos são semelhantes, podendo então, ser comparáveis; através da análise da ingestão alimentar observou-se que o grupo mola não apresenta deficiência de ingestão calórico-proteica; em relação aos valores séricos de vitamina A, as participantes do grupo mola não apresentam deficiência sérica, porém encontram-se em quadro de insuficiência para a vitamina D; o grupo mola apresenta valores medianos de ingestão alimentar de vitamina A adequados, porém o mesmo não é visto aos valores preconizados para a ingestão de vitamina D e não foi encontrada diferença significativa nos valores de NO• séricos quando os grupos estudados foram comparados.Introduction. Complete hydatidiform mole (CHM) is a rare disorder of fertilization and its etiology is still not completely understood. Oxidative stress and food intake are described as risk factors for the disease. Objective. To evaluate the relationship of the oxidative profile, food intake, and serum levels of vitamin A and D with the occurrence of MH. Methods. It is a quantitative, cross-sectional, and observational study, carried out in the Gestational Trophoblastic Disease (GTD) outpatient clinics of the Hospital Universitario Antônio Pedro/UFF and Maternidade Escola/UFRJ. One hundred and forty women were enrolled and composed 4 groups as follows: 43 patients with CHM (mole group), 33 patients with non-molar abortion (abortion group), 32 healthy pregnant (pregnant group), and 32 healthy non-pregnant women (non-pregnant group). All participants underwent venous blood sampling for biochemical analyses and nitric oxide (NO•) dosage, anthropometric measurement, and semiquantitative food frequency questionnaire (SQFFQ) for estimation of dietary intake. The statistical analyses were performed by program R 3.2.2 version and p-value < 0.05 was considered significant. Results. The mean value of serum vitamin A found in the mole group was 0.47 ± 0.10 mg/L, 0.51 ± 0.10 mg/L in the abortion group, 0.42 ± 0.08 mg/L in the group pregnant women and 0.54 ± 0.17 mg/L in the non-pregnant group with a significant difference in values between the groups with p = 0.0039. Regarding the food intake of vitamin A, there was no significant difference between the four groups. The mean serum vitamin D value was 25.09 ± 8.63 ng/dL in the mole group, 25.25 ± 9.25 ng/dL in the abortion group, 28.76 ± 6.66 ng/dL in the pregnant group and 28.65 ± 12.67 ng/dL in the non-pregnant group, with a significant difference in values between the groups (p = 0.035). The median vitamin D value estimated by the SQFFQ the mole group was 0.90 μg (0.6-2.3); the abortion group had a median value of 1.3 μg (0.5-3.7), the pregnant group 0.90 μg (0.4-2.0) and the non-pregnant group, 1.0 μg (0.5-2.2) with no significant difference between groups. Regarding the serum NO• values, it can be observed that the mole group has an average value of 84.74 ± 37.25 μM, the abortion group 101.81 ± 98.40 μM, the pregnant group 79.95 ± 31.46 μM and the non-pregnant group 82.19 ± 51.95 μM, with no significant difference between groups. Conclusion. It was observed that: the anthropometric and laboratory characterization showed that the four groups are similar, being able, then, to be comparable; through the analysis of food intake it was observed that the mole group does not show a deficiency in caloric-protein intake; about the serum vitamin A values, the participants in the mole group don’t have serum deficiency, however, they are in insufficiency for vitamin D; the mole group has adequate median values of vitamin A food intake, but the same is not seen in the recommended values for vitamin D intake and no significant difference was found in serum NO• values when the groups studied were compared.84 f.Braga Neto, Antônio Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/7557971069321691Andrade, Patrícia de Fátima Lopes dehttp://lattes.cnpq.br/0595529469484914Coca Velarde, Luis Guillermohttp://lattes.cnpq.br/5087016670022826Lima, Giovanna Aparecida Balarinihttp://lattes.cnpq.br/0003423598440275Rezende Filho, Jorge Fonte: http://lattes.cnpq.br/8538828967129169Sun, Sue Yazakihttp://lattes.cnpq.br/3253295555494164Bravo, Renato de Souzahttp://lattes.cnpq.br/5786929919222458Almeida Filho, Gutemberg Leão dehttp://lattes.cnpq.br/4359594061441168http://lattes.cnpq.br/1301544862760991Silva, Leda Maria Ferraz da2023-04-03T11:24:22Z2023-04-03T11:24:22Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSILVA, Leda Maria Ferraz da. 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Introdução. A mola hidatiforme completa (MHC) é uma desordem rara da fertilização e sua etiologia ainda não está completamente elucidada. O estresse oxidativo e ingestão alimentar constituem fatores de risco para a doença. Objetivo. Avaliar a relação do perfil oxidativo, da ingestão alimentar e dos níveis séricos de vitamina A e D com a ocorrência de MH. Métodos. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e observacional, realizado nos Ambulatórios de Doenças Trofoblásticas Gestacionais (DTGs) do Hospital Universitário Antônio Pedro/UFF e Maternidade Escola/UFRJ. A amostragem total foi composta por 140 mulheres alocadas em quatro grupos: 43 pacientes com MHC (grupo mola), 33 pacientes que sofreram aborto não-molar (grupo aborto), 32 gestantes saudáveis (grupo gestante) e 32 mulheres não gestantes saudáveis (grupo não-gestante). Todas as participantes foram submetidas à coleta de sangue venoso para realização dos exames laboratoriais bioquímicos e dosagem do óxido nítrico (NO•), avaliação antropométrica e questionário de frequência alimentar semiquantitativo (QFASQ) para estimativa da ingestão dietética. Para a análise estatística foi utilizado o software R versão 3.2.2 e a probabilidade considerada significante para p < 0,05. Resultados. O valor médio de vitamina A sérica no grupo mola foi de 0,47 ± 0,10 mg/L, 0,51 ± 0,10 mg/L no grupo aborto, 0,42 ± 0,08 mg/L no grupo gestante e 0,54 ± 0,17 mg/L no grupo não-gestante, com p = 0,0039. Em relação à ingestão alimentar de vitamina A, não houve diferença significativa entre os grupos. O valor médio de vitamina D sérica foi de 25,09 ± 8,63 ng/dL no grupo mola, 25,25 ± 9,25 ng/dL no grupo aborto, 28,76 ± 6,66 ng/dL no grupo gestante e de 28,65 ± 12,67 ng/dL no grupo não-gestante, apresentando diferença significativa dos valores entre os grupos (p = 0,035). O valor mediano de vitamina D estimado pelo QFASQ no grupo mola foi de 0,90 μg (0,6-2,3); já o grupo aborto apresentou valor mediano de 1,3 μg (0,5-3,7), o grupo gestante 0,90 μg (0,4-2,0) e o grupo não-gestante, 1,0 μg (0,5-2,2), sem diferença significativa entre os grupos. Em relação aos valores séricos de NO•, pode-se observar que o grupo mola apresenta valor médio de 84,74 ± 37,25 μM, o grupo aborto 101,81 ± 98,40 μM, o grupo gestante 79,95 ± 31,46 μM e o grupo não-gestante 82,19 ± 51,95 μM, sem diferença significativa entre os grupos. Conclusão. Observou-se que: a caracterização antropométrica e laboratorial mostrou que os quatro grupos são semelhantes, podendo então, ser comparáveis; através da análise da ingestão alimentar observou-se que o grupo mola não apresenta deficiência de ingestão calórico-proteica; em relação aos valores séricos de vitamina A, as participantes do grupo mola não apresentam deficiência sérica, porém encontram-se em quadro de insuficiência para a vitamina D; o grupo mola apresenta valores medianos de ingestão alimentar de vitamina A adequados, porém o mesmo não é visto aos valores preconizados para a ingestão de vitamina D e não foi encontrada diferença significativa nos valores de NO• séricos quando os grupos estudados foram comparados. |
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