Medidas de biossegurança adotadas pela equipe de enfermagem frente ao risco biológico de pacientes portadores de doenças priônicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/4631 |
Resumo: | As doenças priônicas são produzidas por uma partícula proteinácea infecciosa, chamada príon. Desafiando o dogma da biologia, os príons são os únicos patógenos infecciosos conhecidos desprovidos de ácido nucléico (DNA/RNA), não induzem resposta inflamatória e são resistentes aos principais meios de desinfecção. As doenças priônicas tiveram notoriedade com o surto da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) popularmente conhecida como o “mal da vaca louca” no Reino Unido, descobriu-se então que estava diretamente ligada ao surgimento da nova variante da doença de Creutzefeldt-Jakob (vDCJ), transmitida por cortes bovinos contaminados por príons. Existem cinco patologias causadas por príons, que acometem os seres humanos, são elas: Kuru, Doença de Gerstmann-Straussler-Scheinker (GSS), Insônia Familiar Fatal (IFF), Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), que pode ser iatrogênica ou genética, e a nova variante da doença de Creutzfeldt- Jakob (vDCJ). Estima-se que o número de casos da DCJ, a doença priônica de maior incidência, seja da proporção de um por milhão de pessoas no mundo. Por ser uma doença infecciosa e considerando os riscos que os profissionais de saúde correm ao assistir um paciente portador de doença priônica, principalmente a equipe de enfermagem que proporciona cuidados diretos, se faz necessário o entendimento sobre essas patologias e a medidas de biossegurança a serem adotadas. Diante do exposto observa-se a necessidade de investigar o conhecimento desses profissionais acerca dos riscos biológicos aos quais estão expostos no ambiente de trabalho, enfatizando necessidade de adotar medidas eficazes de proteção. Tem se como objeto de estudo o conhecimento da equipe de enfermagem sobre as doenças priônicas e as medidas de biossegurança adotadas. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, com abordagem qualitativa, que tem por objetivos conhecer o que a equipe de enfermagem sabe a respeito das medidas de biossegurança no cuidado dos pacientes com doenças priônicas no HUAP, bem como construir um protocolo com medidas de biossegurança para o manejo de pacientes com doença priônica. Os dados coletados através de um questionário aplicado nas clínicas médicas feminina e masculina e no Serviço de Infectologia do HUAP, entre a equipe de enfermagem, foram analisados e categorizados. A partir de uma análise temática podemos concluir que a equipe de enfermagem desconhece as medidas de biossegurança que devem ser adotadas, bem como a necessidade do gerenciamento dos resíduos sólidos do serviço de saúde, que devem ter seu tratamento iniciado na unidade de saúde, onde são gerados, com a continuidade do cuidado até o descarte. Esse resultado embasou a criação de um protocolo que tem como objetivo nortear as ações de biossegurança adotadas no manejo de pacientes e materiais expostos ao príon |
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Medidas de biossegurança adotadas pela equipe de enfermagem frente ao risco biológico de pacientes portadores de doenças priônicasExposição a agentes biológicosEquipe de enfermagemPríonsExposição a agentes biológicosEquipe de enfermagemPríonsExposure to biological agentsNursing teamPrionsAs doenças priônicas são produzidas por uma partícula proteinácea infecciosa, chamada príon. Desafiando o dogma da biologia, os príons são os únicos patógenos infecciosos conhecidos desprovidos de ácido nucléico (DNA/RNA), não induzem resposta inflamatória e são resistentes aos principais meios de desinfecção. As doenças priônicas tiveram notoriedade com o surto da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) popularmente conhecida como o “mal da vaca louca” no Reino Unido, descobriu-se então que estava diretamente ligada ao surgimento da nova variante da doença de Creutzefeldt-Jakob (vDCJ), transmitida por cortes bovinos contaminados por príons. Existem cinco patologias causadas por príons, que acometem os seres humanos, são elas: Kuru, Doença de Gerstmann-Straussler-Scheinker (GSS), Insônia Familiar Fatal (IFF), Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), que pode ser iatrogênica ou genética, e a nova variante da doença de Creutzfeldt- Jakob (vDCJ). Estima-se que o número de casos da DCJ, a doença priônica de maior incidência, seja da proporção de um por milhão de pessoas no mundo. Por ser uma doença infecciosa e considerando os riscos que os profissionais de saúde correm ao assistir um paciente portador de doença priônica, principalmente a equipe de enfermagem que proporciona cuidados diretos, se faz necessário o entendimento sobre essas patologias e a medidas de biossegurança a serem adotadas. Diante do exposto observa-se a necessidade de investigar o conhecimento desses profissionais acerca dos riscos biológicos aos quais estão expostos no ambiente de trabalho, enfatizando necessidade de adotar medidas eficazes de proteção. Tem se como objeto de estudo o conhecimento da equipe de enfermagem sobre as doenças priônicas e as medidas de biossegurança adotadas. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, com abordagem qualitativa, que tem por objetivos conhecer o que a equipe de enfermagem sabe a respeito das medidas de biossegurança no cuidado dos pacientes com doenças priônicas no HUAP, bem como construir um protocolo com medidas de biossegurança para o manejo de pacientes com doença priônica. Os dados coletados através de um questionário aplicado nas clínicas médicas feminina e masculina e no Serviço de Infectologia do HUAP, entre a equipe de enfermagem, foram analisados e categorizados. A partir de uma análise temática podemos concluir que a equipe de enfermagem desconhece as medidas de biossegurança que devem ser adotadas, bem como a necessidade do gerenciamento dos resíduos sólidos do serviço de saúde, que devem ter seu tratamento iniciado na unidade de saúde, onde são gerados, com a continuidade do cuidado até o descarte. Esse resultado embasou a criação de um protocolo que tem como objetivo nortear as ações de biossegurança adotadas no manejo de pacientes e materiais expostos ao príonPrion diseases are produced by a proteinaceous infectious particle called prion. Challenging the dogma of biology, these particles are the only known infectious pathogens devoid of nucleic acid (DNA / RNA), do not induce inflammatory response and are resistant to the main means of disinfection. Prion disease acquired notoriety with the outbreak of Bovine Spongiform Encephalopathy (BSE) commonly known as "mad cow disease" in the UK, it was discovered then that was directly linked to the emergence of new variant Creutzefeldt-Jakob disease (vCJD), transmitted by cuts of beef contaminated with prions. There are five diseases caused by prions, which affect humans: Kuru, Gerstmann-Straussler-Scheinker (GSS), Fatal Familial Insomnia (FFI), Creutzfeldt-Jakob disease (CJD), which may be iatrogenic or genetic, and new variant Creutzfeldt-Jakob disease (vCJD). It is estimated that the number of CJD cases, the prion disease with the highest incidence, are in proportion of one per million people worldwide. Because it is an infectious disease and considering the risks the health professionals run when assisting a patient with prion disease, especially the nursing team which provides direct care, it is necessary to the understanding these diseases and biosafety measures to be adopted. Given the above there is a need to investigate the knowledge of these professionals about the biological risks they are exposed in the workplace, emphasizing the need to adopt effective measures of protection. The object of study is the knowledge of the nursing team about prion disease and biosafety measures adopted. This is a descriptive study with a qualitative approach, which aims to know what the nursing staff knows about the biosafety measures in the care of patients with prion disease in HUAP as well as build a protocol with measures Biosafety for the management of patients with prion disease. The data collected through a questionnaire applied among the nursing staff of the masculine and feminine clinical wards, and in infectious diseases HUAP where were analyze and categorize. From a thematic analysis we can conclude that the nursing staff unaware of the biosafety measures that should be adopted, as well as the need for waste management of health service waste, whose treatment should be initiated at the clinic, where the waste is generated and continued until disposal. Thus the creation of the protocol aims to guide the actions taken in biosafety management of patients exposed toRembold, Simone MartinsAndrade, MarildaMedeiros, Wilma PereiraSilva, Joseane Michele Barboza de Jesus2017-09-25T21:05:20Z2017-09-25T21:05:20Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfSilva, Joseane Michele Barboza de Jesus. Medidas de biossegurança adotadas pela equipe de enfermagem frente ao risco biológico de pacientes portadores de doenças priônicas. 2012. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense, 2012.https://app.uff.br/riuff/handle/1/4631http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-08-12T20:22:26Zoai:app.uff.br:1/4631Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:53:13.190454Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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