A Violência obstétrica: com a palavra, os gestores das maternidades públicas da região metropolitana II do estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula, Enimar de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10350
Resumo: A violência obstétrica pode ser entendida como a apropriação do corpo e dos processos reprodutivos das mulheres durante o parto e ocorre no processo de gestar e parir, configurados como cuidados não humanizados, intensa medicalização, desrespeito ao protagonismo da mulher no processo de parir, difícil acesso aos serviços, precarização dos serviços e a falta do trabalho em equipe. Essas ações favorecem à mulher a perda da sua autonomia interferindo, assim, negativamente na qualidade e na segurança do serviço de saúde ofertado pelas Unidades de Saúde. O objeto da investigação foi o conhecimento dos gestores das maternidades públicas da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro acerca da violência obstétrica, tendo como principais objetivos: compreender a percepção dos gestores das maternidades públicas da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro acerca da violência obstétrica e identificar o conhecimento dos gestores das maternidades públicas da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro acerca da violência obstétrica. Metodologia: foi realizada uma pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa nas maternidades integrantes da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro, abrangendo os seguintes municípios: Niterói; São Gonçalo; Maricá e Rio Bonito. Participaram 16 gestores de maternidades públicas que trabalhavam diretamente na gestão dessas maternidades. A coleta de dados foi realizada por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada individual com perguntas abertas e fechadas e as entrevistas ocorreram no período de Maio de 2017 a Maio de 2018. Resultados: A partir da análise de conteúdo de Bardin, emergiram as seguintes categorias: “As interfaces do conceito sobre violência obstétrica e os saberes instituídos nos modelos de assistência ao parto” e “A formação em serviço: uma estratégia urgente para o enfrentamento da violência obstétrica”. Os gestores apresentaram um conceito amplo sobre a violência obstétrica e a necessidade de educação continuada em serviço, buscando reorganizar os serviços em uma perspectiva humanizada. Entretanto, mesmo com uma perspectiva ampliada do conceito de violência obstétrica, verificou-se que todas as maternidades já estão em processo de reorganização da lógica assistencial, tendo como base a política nacional da Rede Cegonha.
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O objeto da investigação foi o conhecimento dos gestores das maternidades públicas da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro acerca da violência obstétrica, tendo como principais objetivos: compreender a percepção dos gestores das maternidades públicas da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro acerca da violência obstétrica e identificar o conhecimento dos gestores das maternidades públicas da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro acerca da violência obstétrica. Metodologia: foi realizada uma pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa nas maternidades integrantes da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro, abrangendo os seguintes municípios: Niterói; São Gonçalo; Maricá e Rio Bonito. Participaram 16 gestores de maternidades públicas que trabalhavam diretamente na gestão dessas maternidades. A coleta de dados foi realizada por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada individual com perguntas abertas e fechadas e as entrevistas ocorreram no período de Maio de 2017 a Maio de 2018. Resultados: A partir da análise de conteúdo de Bardin, emergiram as seguintes categorias: “As interfaces do conceito sobre violência obstétrica e os saberes instituídos nos modelos de assistência ao parto” e “A formação em serviço: uma estratégia urgente para o enfrentamento da violência obstétrica”. Os gestores apresentaram um conceito amplo sobre a violência obstétrica e a necessidade de educação continuada em serviço, buscando reorganizar os serviços em uma perspectiva humanizada. Entretanto, mesmo com uma perspectiva ampliada do conceito de violência obstétrica, verificou-se que todas as maternidades já estão em processo de reorganização da lógica assistencial, tendo como base a política nacional da Rede Cegonha.Obstetric violence can be understood as the appropriation of the body and the reproductive processes of women during childbirth and occurs in the process of gestating and giving birth, configured as non-humanized care, intense medicalization, disrespect for women's role in the process of giving birth, difficult access services, the precariousness of services and the lack of teamwork. These actions favor the loss of women's autonomy, thus interfering negatively in the quality and safety of the health service offered by the Health Units. The objective of the investigation was the knowledge of the managers of the public maternity hospitals of the Metropolitan Region II of the State of Rio Obstetric violence, with the main objectives: to understand the perception of the managers of the public maternity hospitals of the Metropolitan Region II of the State of Rio de Janeiro on obstetric violence and to identify the knowledge of the managers of the public maternity hospitals of the Metropolitan Region II of the State of Rio de Janeiro. Rio de Janeiro on obstetric violence. Methodology: a descriptive, exploratory study was carried out with a qualitative approach in the maternity units of the Metropolitan Region II of the State of Rio de Janeiro, which covers the following municipalities: Niterói; Sao Goncalo; Maricá and Rio Bonito. Participants were 16 managers of public maternity hospitals who worked directly in the management of these maternities. Data collection was done through an individual semi-structured interview script, with open and closed questions, interviews took place in the period from May 2017 to February 2018. Results: From the analysis of Bardin content, the following emerged categories: "The interfaces of the concept of obstetric violence and the knowledges instituted in childbirth care models" and "On-the-job training: an urgent strategy for coping with obstetric violence", where managers presented a broad concept of obstetric violence and the need for continuing education in service, seeking to reorganize services in a humanized perspective. However, even with a broader perspective of the concept of obstetric violence, it was verified that all maternities are in the process of reorganizing the care logic, based on the national policy of the Stork Network.81f.Alves, Valdecyr HerdyRodrigues, Diego PereiraPereira, Audrey VidalVieira, Bianca Dargam Gomeshttp://lattes.cnpq.br/2048304775256292http://lattes.cnpq.br/5447343127674320http://lattes.cnpq.br/8470989067617455http://lattes.cnpq.br/2510148795147954http://lattes.cnpq.br/6359217602166781Paula, Enimar de2019-07-09T12:49:36Z2019-07-09T12:49:36Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPAULA, Enimar de. A Violência Obstétrica: com a palavra, os gestores das maternidades públicas da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2019. 81f. 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