Alergia às proteínas do leite de vaca: qualidade de vida, perfil nutricional e acesso às fórmulas infantis especiais na Rede SUS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Venda, Marilúcia Alves
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21689
Resumo: Introdução: A alergia às proteínas do leite de vaca mediada por imunoglobulina E (IgE) é a alergia alimentar mais comum na primeira infância. A prevalência desta patologia tem aumentado nos últimos anos. A alergia às proteínas do leite de vaca pode provocar reação grave e fatal. Desta maneira, é necessário cessar o consumo de leite e derivados e exposição involuntária a esses alimentos. O diagnóstico é realizado através de avaliação da história clínica, pesquisa de (IgE) específica, prick test e desafio oral para alimentos. O principal tratamento é a dieta exclusão, mas nos últimos anos houve uma nova abordagem para a obtenção da tolerância oral através da imunoterapia oral para alimentos, que tem sido mais uma opção de tratamento para pacientes com histórico de alergia grave e persistente. O leite materno é o melhor alimento para lactentes saudáveis e alérgicos, mas na impossibilidade de recebê-lo o único alimento capaz de substituí-lo é a fórmula infantil especial. Objetivo Estudo 1: Identificar as potenciais diferenças nos escores de qualidade de vida de acordo com as características sociodemográficas (idade e sexo) e clínicas (reação anafilática e prescrição de epinefrina auto injetável) e avaliar o estado nutricional através de dados antropométricos (massa corporal e estatura) de pacientes com APLV. Metodologia Estudo 1: Estudo observacional transversal, com 120 participantes (de 0 a 12 anos) encaminhados realização de teste de provocação oral (aberto) ou imunoterapia oral para alimentos no Serviço de Alergia e Imunologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro entre 2015 e 2018. Os dados relacionados à qualidade de vida (questionário de qualidade de vida para alergia alimentar – formulário para pais - FAQLQ-PF) e estado nutricional (massa corporal e estatura) foram coletados no dia da realização do teste de provocação ou imunoterapia oral para alimentos. Resultados Estudo 1: Cerca de 70% dos pacientes eram alérgicos somente leite de vaca, além disso, 75% apresentaram IMC/idade classificado como eutrofia e 90% apresentavam estatura adequada para a idade. Quase 80% relataram nunca ter apresentado reação anafilática e 14% tinham prescrição de epinefrina auto-injetável. O escore total do FAQLQ-PF, assim como os referentes aos três domínios, aumentou significativamente com a idade, indicando relato de pior qualidade de vida nas crianças mais velhas. Nas variáveis, estado nutricional e histórico de reação anafilática, foram encontradas diferenças apenas para o domínio ―ansiedade relacionada a alimentos‖, indicando pior qualidade de vida nesse quesito nos indivíduos com excesso de peso e com histórico de reação anafilática, respectivamente. Os escores relacionados ao ―impacto emocional‖, à ―ansiedade relacionada a alimentos‖ e o escore total também foram maiores nos indivíduos que seriam submetidos à imunoterapia oral para x alimentos, indicando melhor qualidade de vida nos indivíduos que seriam submetidos ao desafio oral para alimentos. Conclusão Estudo 1: Os escores de QV foram piores para pacientes que iriam ser submetidos a OIT para alimentos, diferentemente daqueles que iriam se submeter ao TPO. Não houve diferença dos escores entre sexos e quantidades alimentos alergênicos. Os escores relacionados à QV total e os domínios aumentou significativamente com idade indicando relato de pior qualidade de vida em pacientes mais velhos. Foram encontrados diferença em domínios relacionados QV na reação anafilática, indicando pior qualidade de vida. Houve indicação que a epinefrina auto injetável é pouco prescrita. O estado nutricional dos pacientes avaliados foi classificado como adequado. Objetivo Estudo 2: Analisar a adequação de protocolos de dispensação de fórmulas infantis especiais produzidos nas últimas duas décadas pelas três esferas governamentais, destinados a pacientes com alergia às proteínas do leite de vaca atendidos na rede SUS, à luz do consenso brasileiro sobre alergia alimentar, quanto aos métodos diagnósticos, quantidades e tipos de fórmulas dispensadas, critérios de inclusão e exclusão, faixa etária e quantitativo de protocolos existentes destinados a essa população. Metodologia Estudo 2: A pesquisa combinou os métodos de análise documental e análise à luz de um referencial teórico no período de outubro de 2017 a dezembro de 2019. As buscas referente aos protocolos e documentos governamentais foram realizadas através das páginas eletrônicas do Ministério da Saúde, das Secretarias Estaduais de Saúde, das Secretarias Municipais de Saúde, da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias e para a literatura especializada foram utilizadas as bases de dados científicos Pubmed, Lilacs, SciELO, Medline, Scopus e UpToDate, a partir dos seguintes descritores: hipersensibilidade alimentar, crianças, alimentos formulados e consenso. Resultados Estudo 2: Vinte e cinco por cento utilizaram todos os métodos diagnósticos preconizados pelo consenso brasileiro sobre alergia alimentar. Exatos de 62,5% dispensam os três tipos fórmulas infantis especiais indicadas e 50% estipularam a quantidade de fórmulas dispensadas. O atendimento a crianças de 0 a 24 meses foi observado em 54,2%. Setenta e cinco porcento citam os critérios de exclusão e 91,7% os de inclusão. Foram encontrados sessenta e dois protocolos e vinte e quatro atenderam aos critérios de inclusão do estudo (dois federais, oito estaduais e doze municipais). Entre as vinte e sete unidades federativas, apenas 37,0% e 31,6% dos municípios com mais de 500 mil habitantes produziram protocolos. Desses, 50,0% eram exclusivos para alergia às proteínas do leite de vaca. Conclusão Estudo 2: Os protocolos necessitam ser atualizados e adequados quanto aos métodos diagnósticos, tipos de fórmulas dispensadas, quantidades dispensadas e faixa etária. O quantitativo de protocolos existente é insuficiente para atender a demanda de pacientes com alergia às proteínas do leite de vaca que necessitam de fórmulas infantis especiais por meio dos programas do governo, contribuindo para que a população desassistida entre com ações judiciais. Sendo que, a aquisição dessas fórmulas por meio de demanda judicial causa um déficit nos cofres públicos, pois a verba não é provisionada nas contas do governo.
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O diagnóstico é realizado através de avaliação da história clínica, pesquisa de (IgE) específica, prick test e desafio oral para alimentos. O principal tratamento é a dieta exclusão, mas nos últimos anos houve uma nova abordagem para a obtenção da tolerância oral através da imunoterapia oral para alimentos, que tem sido mais uma opção de tratamento para pacientes com histórico de alergia grave e persistente. O leite materno é o melhor alimento para lactentes saudáveis e alérgicos, mas na impossibilidade de recebê-lo o único alimento capaz de substituí-lo é a fórmula infantil especial. Objetivo Estudo 1: Identificar as potenciais diferenças nos escores de qualidade de vida de acordo com as características sociodemográficas (idade e sexo) e clínicas (reação anafilática e prescrição de epinefrina auto injetável) e avaliar o estado nutricional através de dados antropométricos (massa corporal e estatura) de pacientes com APLV. Metodologia Estudo 1: Estudo observacional transversal, com 120 participantes (de 0 a 12 anos) encaminhados realização de teste de provocação oral (aberto) ou imunoterapia oral para alimentos no Serviço de Alergia e Imunologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro entre 2015 e 2018. Os dados relacionados à qualidade de vida (questionário de qualidade de vida para alergia alimentar – formulário para pais - FAQLQ-PF) e estado nutricional (massa corporal e estatura) foram coletados no dia da realização do teste de provocação ou imunoterapia oral para alimentos. Resultados Estudo 1: Cerca de 70% dos pacientes eram alérgicos somente leite de vaca, além disso, 75% apresentaram IMC/idade classificado como eutrofia e 90% apresentavam estatura adequada para a idade. Quase 80% relataram nunca ter apresentado reação anafilática e 14% tinham prescrição de epinefrina auto-injetável. O escore total do FAQLQ-PF, assim como os referentes aos três domínios, aumentou significativamente com a idade, indicando relato de pior qualidade de vida nas crianças mais velhas. Nas variáveis, estado nutricional e histórico de reação anafilática, foram encontradas diferenças apenas para o domínio ―ansiedade relacionada a alimentos‖, indicando pior qualidade de vida nesse quesito nos indivíduos com excesso de peso e com histórico de reação anafilática, respectivamente. Os escores relacionados ao ―impacto emocional‖, à ―ansiedade relacionada a alimentos‖ e o escore total também foram maiores nos indivíduos que seriam submetidos à imunoterapia oral para x alimentos, indicando melhor qualidade de vida nos indivíduos que seriam submetidos ao desafio oral para alimentos. Conclusão Estudo 1: Os escores de QV foram piores para pacientes que iriam ser submetidos a OIT para alimentos, diferentemente daqueles que iriam se submeter ao TPO. Não houve diferença dos escores entre sexos e quantidades alimentos alergênicos. Os escores relacionados à QV total e os domínios aumentou significativamente com idade indicando relato de pior qualidade de vida em pacientes mais velhos. Foram encontrados diferença em domínios relacionados QV na reação anafilática, indicando pior qualidade de vida. Houve indicação que a epinefrina auto injetável é pouco prescrita. O estado nutricional dos pacientes avaliados foi classificado como adequado. Objetivo Estudo 2: Analisar a adequação de protocolos de dispensação de fórmulas infantis especiais produzidos nas últimas duas décadas pelas três esferas governamentais, destinados a pacientes com alergia às proteínas do leite de vaca atendidos na rede SUS, à luz do consenso brasileiro sobre alergia alimentar, quanto aos métodos diagnósticos, quantidades e tipos de fórmulas dispensadas, critérios de inclusão e exclusão, faixa etária e quantitativo de protocolos existentes destinados a essa população. Metodologia Estudo 2: A pesquisa combinou os métodos de análise documental e análise à luz de um referencial teórico no período de outubro de 2017 a dezembro de 2019. As buscas referente aos protocolos e documentos governamentais foram realizadas através das páginas eletrônicas do Ministério da Saúde, das Secretarias Estaduais de Saúde, das Secretarias Municipais de Saúde, da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias e para a literatura especializada foram utilizadas as bases de dados científicos Pubmed, Lilacs, SciELO, Medline, Scopus e UpToDate, a partir dos seguintes descritores: hipersensibilidade alimentar, crianças, alimentos formulados e consenso. Resultados Estudo 2: Vinte e cinco por cento utilizaram todos os métodos diagnósticos preconizados pelo consenso brasileiro sobre alergia alimentar. Exatos de 62,5% dispensam os três tipos fórmulas infantis especiais indicadas e 50% estipularam a quantidade de fórmulas dispensadas. O atendimento a crianças de 0 a 24 meses foi observado em 54,2%. Setenta e cinco porcento citam os critérios de exclusão e 91,7% os de inclusão. Foram encontrados sessenta e dois protocolos e vinte e quatro atenderam aos critérios de inclusão do estudo (dois federais, oito estaduais e doze municipais). Entre as vinte e sete unidades federativas, apenas 37,0% e 31,6% dos municípios com mais de 500 mil habitantes produziram protocolos. Desses, 50,0% eram exclusivos para alergia às proteínas do leite de vaca. Conclusão Estudo 2: Os protocolos necessitam ser atualizados e adequados quanto aos métodos diagnósticos, tipos de fórmulas dispensadas, quantidades dispensadas e faixa etária. O quantitativo de protocolos existente é insuficiente para atender a demanda de pacientes com alergia às proteínas do leite de vaca que necessitam de fórmulas infantis especiais por meio dos programas do governo, contribuindo para que a população desassistida entre com ações judiciais. Sendo que, a aquisição dessas fórmulas por meio de demanda judicial causa um déficit nos cofres públicos, pois a verba não é provisionada nas contas do governo.Introduction: Immunoglobulin E (IgE) mediated cow's milk allergy is the most common food allergy in early childhood. The prevalence of this pathology has increased in recent years. Allergy to cow's milk proteins can cause a serious and fatal reaction. Thus, it is necessary to stop the consumption of milk and dairy products and involuntary exposure to these foods. The diagnosis is made through the evaluation of the clinical history, research of specific (IgE), prick test and oral challenge for food. The main treatment is the exclusion diet, but in recent years there has been a new approach to achieving oral tolerance through oral immunotherapy for food, which has been another treatment option for patients with a history of severe and persistent allergy. Breast milk is the best food for healthy and allergic infants, but in the impossibility of receiving it, the only food capable of replacing it is the special infant formula. Objective Study 1: Identify potential differences in quality of life scores according to sociodemographic (age and gender) and clinical characteristics (anaphylactic reaction and self-injectable epinephrine prescription) and assess nutritional status using anthropometric data (body mass and height) of patients with CMPA. Methodology Study 1: Cross-sectional observational study, with 120 participants (0 to 12 years old) referred for oral provocation test (open) or oral immunotherapy for food at the Allergy and Immunology Service of the General Polyclinic of Rio de Janeiro between 2015 and 2018. Related data quality of life (quality of life questionnaire for food allergy - parent form - FAQLQ-PF) and nutritional status (body mass and height) were collected on the day of the provocation test or oral immunotherapy for food. Results Study 1: Twenty-five percent used all diagnostic methods recommended by the Brazilian consensus on food allergy. About 60.0% do not need the three types of special infant formulas indicated. Fifty percent stipulate the amount of formulas dispensed. Care for children aged 0 to 24 months was observed in 54.2%. Seventy-five percent cite the exclusion criteria and 91.7% the inclusion criteria. Sixty-two protocols were found and twenty- four met the study inclusion criteria (two federal, eight state and twelve municipal). Among the twenty-seven federative units, only 37.0% and 31.6% of the municipalities with more than 500 thousand inhabitants produced protocols. Of these, 50.0% were exclusive for allergy to cow's milk proteins. Conclusion Study 1: The QoL scores were worse for patients who were going to undergo OIT for food, differently from those who were going to undergo OFC. There was no difference in scores between sexes and amounts of allergenic foods. Scores related to total QoL and domains increased significantly with age, indicating a report of worse quality of life in older patients. Differences were found in QoL related domains in the anaphylactic reaction, indicating worse quality of life. There was an indication that self-injectable epinephrine is rarely prescribed. The nutritional status of the patients evaluated was classified as adequate. Objective Study 2: To analyze the adequacy of special infant formula dispensing protocols produced in the last two decades by the three governmental spheres, for patients with allergies to cow's milk proteins treated in the SUS network, in light of the Brazilian consensus on food allergy, regarding diagnostic methods , quantities and types of formulas dispensed, inclusion and exclusion criteria, age and quantity of existing protocols for this population. Methodology Study 2: The research combined the methods of document analysis and analysis in the light of a theoretical framework from October 2017 to December 2019. The searches related to government protocols and documents were carried out through the websites of the Ministry of Health, the State Secretariats of Health, the Municipal Health Secretariats, the National Commission for the Incorporation of Technologies and for the specialized literature, the scientific databases Pubmed, Lilacs, SciELO, Medline, Scopus and UpToDate were used, based on the following descriptors: food hypersensitivity, children, formulated foods and consensus. Results Study 2: Twenty-five percent used all diagnostic methods recommended by the Brazilian consensus on food allergy. Exact 62.5% dispense with the three types of special infant formulas indicated and 50% stipulate the amount of formulas dispensed. Care for children aged 0 to 24 months was observed in 54.2%. Seventy-five percent cite the exclusion criteria and 91.7% the inclusion criteria. Sixty-two protocols were found and twenty-four met the study inclusion criteria (two federal, eight state and twelve municipal). Among the twenty-seven federative units, only 37.0% and 31.6% of the municipalities with more than 500 thousand inhabitants produced protocols. Of these, 50.0% were exclusive for allergy to cow's milk proteins. Conclusion Study 2:The protocols need to be updated and adequate as to the diagnostic methods, types of formulas dispensed, quantities dispensed and age group. The number of existing protocols is insufficient to meet the demand of patients with allergies to cow's milk proteins that require special infant formulas through government programs, contributing to the lack of assistance among the population to take legal action. Since the acquisition of these formulas through judicial demand causes a deficit in the public coffers since the amount is not provisioned in the government accounts.170f.Siqueira, Ana Beatriz Franco-SenaCosta, Amina Chainhttp://lattes.cnpq.br/1876658977692753http://lattes.cnpq.br/5162705745559588http://lattes.cnpq.br/3496311737984056Venda, Marilúcia Alves2021-04-16T14:08:13Z2021-04-16T14:08:13Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/21689Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-20T03:24:20Zoai:app.uff.br:1/21689Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-11-20T03:24:20Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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Objetivo Estudo 1: Identificar as potenciais diferenças nos escores de qualidade de vida de acordo com as características sociodemográficas (idade e sexo) e clínicas (reação anafilática e prescrição de epinefrina auto injetável) e avaliar o estado nutricional através de dados antropométricos (massa corporal e estatura) de pacientes com APLV. Metodologia Estudo 1: Estudo observacional transversal, com 120 participantes (de 0 a 12 anos) encaminhados realização de teste de provocação oral (aberto) ou imunoterapia oral para alimentos no Serviço de Alergia e Imunologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro entre 2015 e 2018. Os dados relacionados à qualidade de vida (questionário de qualidade de vida para alergia alimentar – formulário para pais - FAQLQ-PF) e estado nutricional (massa corporal e estatura) foram coletados no dia da realização do teste de provocação ou imunoterapia oral para alimentos. Resultados Estudo 1: Cerca de 70% dos pacientes eram alérgicos somente leite de vaca, além disso, 75% apresentaram IMC/idade classificado como eutrofia e 90% apresentavam estatura adequada para a idade. Quase 80% relataram nunca ter apresentado reação anafilática e 14% tinham prescrição de epinefrina auto-injetável. O escore total do FAQLQ-PF, assim como os referentes aos três domínios, aumentou significativamente com a idade, indicando relato de pior qualidade de vida nas crianças mais velhas. Nas variáveis, estado nutricional e histórico de reação anafilática, foram encontradas diferenças apenas para o domínio ―ansiedade relacionada a alimentos‖, indicando pior qualidade de vida nesse quesito nos indivíduos com excesso de peso e com histórico de reação anafilática, respectivamente. Os escores relacionados ao ―impacto emocional‖, à ―ansiedade relacionada a alimentos‖ e o escore total também foram maiores nos indivíduos que seriam submetidos à imunoterapia oral para x alimentos, indicando melhor qualidade de vida nos indivíduos que seriam submetidos ao desafio oral para alimentos. Conclusão Estudo 1: Os escores de QV foram piores para pacientes que iriam ser submetidos a OIT para alimentos, diferentemente daqueles que iriam se submeter ao TPO. Não houve diferença dos escores entre sexos e quantidades alimentos alergênicos. Os escores relacionados à QV total e os domínios aumentou significativamente com idade indicando relato de pior qualidade de vida em pacientes mais velhos. Foram encontrados diferença em domínios relacionados QV na reação anafilática, indicando pior qualidade de vida. Houve indicação que a epinefrina auto injetável é pouco prescrita. O estado nutricional dos pacientes avaliados foi classificado como adequado. Objetivo Estudo 2: Analisar a adequação de protocolos de dispensação de fórmulas infantis especiais produzidos nas últimas duas décadas pelas três esferas governamentais, destinados a pacientes com alergia às proteínas do leite de vaca atendidos na rede SUS, à luz do consenso brasileiro sobre alergia alimentar, quanto aos métodos diagnósticos, quantidades e tipos de fórmulas dispensadas, critérios de inclusão e exclusão, faixa etária e quantitativo de protocolos existentes destinados a essa população. Metodologia Estudo 2: A pesquisa combinou os métodos de análise documental e análise à luz de um referencial teórico no período de outubro de 2017 a dezembro de 2019. 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