Efeito subagudo de um teste de exercício máximo nas respostas hemodinâmicas de indivíduos com o polimorfismo -786T>C da óxido nítrico sintase endotelial
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Publication Date: | 2010 |
Format: | Bachelor thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Download full: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/5154 |
Summary: | As doenças cardiovasculares figuram como as principais causas de mortalidade e morbidade em todo o mundo, tendo a diminuição da modulação autonômica como um dos mecanismos centrais no desenvolvimento e progressão de doenças do sistema cardiovascular. Já foi demonstrado na literatura, que a disfunção do sistema nervoso autonômico pode levar à HAS e sua manutenção. O sistema nervoso autônomo influencia a atividade da maioria dos tecidos e órgãos e regula intensamente o sistema cardiovascular, principalmente a pressão arterial e a freqüência cardíaca. Outro mecanismo também responsável pela manutenção da homeostase é o barorreflexo arterial que atua provocando ajustes na pressão arterial. A função autonômica tem sido tradicionalmente avaliada mensurando as respostas de órgãos alvo. A freqüência cardíaca está constantemente submetida a flutuações da atividade autonômica, determinadas pela ativação e/ou inibição simpática e parassimpática e o estudo da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), da atividade barorreflexa e de variáveis hemodinâmicas são métodos que nos permitem analisar essas flutuações tendo como vantagem, uma avaliação não invasiva e seletiva da função autonômica. A realização de exercício físico provoca importantes ajustes cardiovasculares que se prolongam por horas após a interrupção do exercício físico (efeitos subagudos), entretanto existe grande variabilidade inter-individual nas respostas e adaptações da modulação autonômica e da pressão arterial ao exercício físico, e parte desta variação pode ser atribuída a fatores genéticos. Neste contexto, estudos envolvendo polimorfismos no gene da óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) têm despertado grande interesse da comunidade científica, visto que, a produção adequada de óxido nítrico (NO) pela eNOS é importante para as respostas e adaptações do sistema cardiovascular ao exercício físico, podendo inclusive influenciar na pressão arterial sistêmica e na modulação da função autonômica. Face ao exposto, nossa hipótese é que o polimorfismo da região promotora - 786T>C do gene da eNOS explique parte da variabilidade inter-individual das respostas da modulação autonômica e conseqüente diferença da pressão arterial ao exercício físico. Antes e após um teste cardiopulmonar de exercício máximo (TCPE) foi feita um registro de freqüência cardíaca e de pressão arterial para análise da VFC e sensibilidade barorreflexa (SBR) através de fotopletismografia de oclusão venosa (Finometer®, FMS, Amsterdam, ZO, Holanda). Foi feita a genotipagem dos voluntários para o polimorfismo da região promotora. Foram incluídos no estudo 80 voluntários, saudáveis, sedentários e não-fumantes, entre 18 e 49 anos. Foram separados em dois grupos segundo a presença (grupo CC+CT) ou ausência (TT) do alelo polimórfico, O primeiro grupo incluiu 41 voluntários e o segundo 39 de ambos os sexos. Os grupos selvagem e polimórfico foram semelhantes entre eles, porém o grupo selvagem apresentou redução da PAS após o TCPE e o grupo polimórfico apresentou aumento da PAD após o TCPE. A VFC e a SBR foi semelhante entre os grupos, mas reduziu após o TCPE. Em conclusão, o polimorfismo -786T>C está associado a uma resposta pressórica alterada após o TCPE, porém não se pode afirmar o mesmo para a modulação autonômica. |
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