Avaliação da umidade do solo nas últimas décadas e sua relação com a crise hídrica e práticas de uso e ocupação da terra

• Autor(a) principal: Machado, Julia da Silva
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31505
• topic: Desmatamento; Alteração do ciclo hidrológico; Precipitação; Umidade do solo; Desmatamento; Python (Linguagem de programação de computador); Precipitação; Deforestation; Changes in the hydrological cycle; Precipitation

As mudanças no uso e ocupação da terra podem gerar consequências no ciclo hidrológico de uma bacia hidrográfica, bem como a capacidade do solo de armazenar água para os períodos secos. A crise hídrica de 2021, uma das piores das últimas décadas, pode estar relacionada com as alterações antropogênicas sobre a superfície da terra. Nesse sentido, este trabalho tem o objetivo de analisar a umidade do solo entre 1950 e 2022, e sua relação com a crise hídrica e com suas práticas de uso e ocupação para as Bacias Hidrográficas do Rio Grande e Rio Paranaíba. Além disso, verifica-se as respostas das relações entre precipitação e umidade do solo, nos reservatórios de Água Vermelha e São Simão. Para isso, são utilizados dados de precipitação, umidade do solo, uso e ocupação da terra, volume útil e vazão natural a partir de análises estatísticas utilizando o software gratuito Qgis e a linguagem de programação Python. Os resultados mostram uma diminuição na correlação entre a precipitação e a umidade do solo nos últimos anos. Além disso, a média móvel com janela rolante de 10 anos e o diagrama de massas demonstram uma tendência decrescente para estas variáveis no passado recente, sendo a queda da umidade do solo mais acentuada. Ou seja, um mesmo nível de precipitação já não resulta em um mesmo nível de umidade do solo. Em complemento, nos dados de uso e ocupação do solo para as duas bacias se observa uma diminuição na proporção de área de pastagens, e aumento na proporção de culturas como cana, soja e café de 1985 para 2020. Ademais, na Bacia do Rio Paranaíba fica aparente uma redução na proporção de formação de florestas, formação savânica e formação campestre. Para os dados dos reservatórios, também se destaca uma diminuição na vazão natural em resposta à diminuição da precipitação e umidade do solo