Utilizando trigger tool para rastrear eventos adversos a medicamentos em uma clínica pediátrica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/11638 |
Resumo: | Introdução: os eventos adversos a medicamentos (EAM) podem prolongar o tempo de internação ou contribuir para o óbito do paciente. Medir EAM tem como objetivo melhorar a segurança do paciente e promover melhorias da terapia medicamentosa. Objetivos: rastrear a ocorrência de eventos adversos a medicamentos utilizando a metodologia trigger tool em uma clínica pediátrica de um hospital público universitário. Metodologia: foram revisados por uma farmacêutica 89 prontuários da enfermaria pediátrica do ano de 2016 do Hospital Universitário Antônio Pedro através da metodologia trigger tool. Utilizou-se os rastreadores recomendados pelo Child and Health Corporation of America para detecção dos EAM. Todos os prontuários considerados suspeitos de eventos adversos a medicamentos foram revisados pela segunda revisora (médica). Os eventos identificados foram categorizados de acordo com a categoria de dano do índex NCCMERP. Resultados: foram avaliadas 89 internações de 88 pacientes refletindo um total de 676 dias de internação avaliados. A média de permanência desses pacientes foi de 7,7 dias . A média de idade foi de 6,7 anos. Das internações analisadas 41 (46,1%) prontuários apresentaram rastreadores. Foram observados a ocorrência de 58 rastreadores. Onze EAM foram identificados, representando 12,4 EAM a cada 100 admissões. Destes, 9 foram identificados por pelo menos 1 rastreador e 2 por outras circunstâncias observadas durante a revisão secundária. Os 2 EAM encontrados não relacionados aos rastreadores utilizados corroboram com a necessidade de revisões multidisciplinares dos prontuários e que outros rastreadores sejam incluídos a metodologia como broncoespasmo e estridor. A classe de medicamentos mais relacionada a EAM foram os anestésicos gerais com prevalência de 58,3%. Seis EAM foram categorizados na categoria de dano E (dano temporário ao paciente e uma intervenção foi necessária) e 5 na categoria F (dano temporário ao paciente que proporcionou uma internação ou prolongamento da internação). Conclusão: através da metodologia trigger tool foi possível detectar EAM em uma clínica pediátrica. Os resultados demonstram que existe a necessidade de se incluir mais rastreadores a ferramenta e da grande importância de que as revisões de prontuários sejam realizadas de maneira multidisciplinar |
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Utilizando trigger tool para rastrear eventos adversos a medicamentos em uma clínica pediátricaEfeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentosIndicadores de qualidade em assistência à saúdeSegurança do pacientePediatriaEfeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentosIndicadores de qualidade em assistência à saúdeSegurança do pacientePediatriaDrug-related side effects and adverse reactionsQuality indicatorsPediatricsPatient safetyIntrodução: os eventos adversos a medicamentos (EAM) podem prolongar o tempo de internação ou contribuir para o óbito do paciente. Medir EAM tem como objetivo melhorar a segurança do paciente e promover melhorias da terapia medicamentosa. Objetivos: rastrear a ocorrência de eventos adversos a medicamentos utilizando a metodologia trigger tool em uma clínica pediátrica de um hospital público universitário. Metodologia: foram revisados por uma farmacêutica 89 prontuários da enfermaria pediátrica do ano de 2016 do Hospital Universitário Antônio Pedro através da metodologia trigger tool. Utilizou-se os rastreadores recomendados pelo Child and Health Corporation of America para detecção dos EAM. Todos os prontuários considerados suspeitos de eventos adversos a medicamentos foram revisados pela segunda revisora (médica). Os eventos identificados foram categorizados de acordo com a categoria de dano do índex NCCMERP. Resultados: foram avaliadas 89 internações de 88 pacientes refletindo um total de 676 dias de internação avaliados. A média de permanência desses pacientes foi de 7,7 dias . A média de idade foi de 6,7 anos. Das internações analisadas 41 (46,1%) prontuários apresentaram rastreadores. Foram observados a ocorrência de 58 rastreadores. Onze EAM foram identificados, representando 12,4 EAM a cada 100 admissões. Destes, 9 foram identificados por pelo menos 1 rastreador e 2 por outras circunstâncias observadas durante a revisão secundária. Os 2 EAM encontrados não relacionados aos rastreadores utilizados corroboram com a necessidade de revisões multidisciplinares dos prontuários e que outros rastreadores sejam incluídos a metodologia como broncoespasmo e estridor. A classe de medicamentos mais relacionada a EAM foram os anestésicos gerais com prevalência de 58,3%. Seis EAM foram categorizados na categoria de dano E (dano temporário ao paciente e uma intervenção foi necessária) e 5 na categoria F (dano temporário ao paciente que proporcionou uma internação ou prolongamento da internação). Conclusão: através da metodologia trigger tool foi possível detectar EAM em uma clínica pediátrica. Os resultados demonstram que existe a necessidade de se incluir mais rastreadores a ferramenta e da grande importância de que as revisões de prontuários sejam realizadas de maneira multidisciplinarCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorIntroduction: adverse drug events may prolong length of stay or contribute to patient death. Measuring drug adverse events aims to improve patient safety within health institutions and promote improvements in drug therapy. Goals: the study focused on tracking the occurrence of adverse drug events using the trigger tool methodology in a pediatric clinic of a public university hospital. Methodology: the primary review was carried out by a pharmacist of 89 charts of a pediatric clinic from the year 2016 using the trigger tool methodology. All records considered suspected of adverse drug events were reviewed by the second (pediatric phisician) reviewer. All the events identified were categorized according to the NCCMERP index. Results and discussion: eighty-nine hospitalizations were evaluated from 88 patients, reflecting a total of 676 hospitalization days. The mean length of stay of these patients was 7.6 days with a median of 6. The mean age was 6.7 years with a median of 3.3. A total of 58 trackers were counted. A total of 11 ADE were identified, representing a rate of 12.4 ADE per 100 admissions. Of the 11 ADE found, 9 were identified by at least 1 tracer and 2 by other circumstances observed during the secondary review. These 2 ADE found unrelated to the trackers used corroborate the need for multidisciplinary reviews of medical records and that other trackers include the methodology such as bronchospasm and stridor. The class of medications most related to an ADE were general anesthetics with a prevalence of 58,3%. This fact demonstrates that pediatric surgical patients that will be exposed to this class of medications are at great risk of an ADE. Six events were classified in the category of harm E (an error occurred that may be have contributed to or resulted in temporary harm to the patient and an intervention was needed) and 5 in the category F ( an error occurred that may have contributed to or resulted in temporary harm to the patient and required inicial or prolonged hospitalization). Conclusion: through the trigger tool methodology it was possible to detect ADE in a pediatric clinic. The results demonstrate that there is a need to include more triggers in the tool and the great importance of having the medical records reviewed in a multidisciplinary way73 f.Elias, Sabrina CalilGiordani, FabíolaRetto, Maely Peçanha Fáverohttp://lattes.cnpq.br/3373209866878684http://lattes.cnpq.br/9348076017859184http://lattes.cnpq.br/0240000964016105http://lattes.cnpq.br/2178797377881991Rainho, Érica de Oliveira2019-10-09T17:47:47Z2019-10-09T17:47:47Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfRAINHO, Érica de Oliveira. Utilizando trigger tool para rastrear eventos adversos a medicamentos em uma clínica pediátrica. 2019. 73 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Aplicadas a Produtos para Saúde) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.https://app.uff.br/riuff/handle/1/11638Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-06T02:39:13Zoai:app.uff.br:1/11638Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:10:37.667946Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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Introdução: os eventos adversos a medicamentos (EAM) podem prolongar o tempo de internação ou contribuir para o óbito do paciente. Medir EAM tem como objetivo melhorar a segurança do paciente e promover melhorias da terapia medicamentosa. Objetivos: rastrear a ocorrência de eventos adversos a medicamentos utilizando a metodologia trigger tool em uma clínica pediátrica de um hospital público universitário. Metodologia: foram revisados por uma farmacêutica 89 prontuários da enfermaria pediátrica do ano de 2016 do Hospital Universitário Antônio Pedro através da metodologia trigger tool. Utilizou-se os rastreadores recomendados pelo Child and Health Corporation of America para detecção dos EAM. Todos os prontuários considerados suspeitos de eventos adversos a medicamentos foram revisados pela segunda revisora (médica). Os eventos identificados foram categorizados de acordo com a categoria de dano do índex NCCMERP. Resultados: foram avaliadas 89 internações de 88 pacientes refletindo um total de 676 dias de internação avaliados. A média de permanência desses pacientes foi de 7,7 dias . A média de idade foi de 6,7 anos. Das internações analisadas 41 (46,1%) prontuários apresentaram rastreadores. Foram observados a ocorrência de 58 rastreadores. Onze EAM foram identificados, representando 12,4 EAM a cada 100 admissões. Destes, 9 foram identificados por pelo menos 1 rastreador e 2 por outras circunstâncias observadas durante a revisão secundária. Os 2 EAM encontrados não relacionados aos rastreadores utilizados corroboram com a necessidade de revisões multidisciplinares dos prontuários e que outros rastreadores sejam incluídos a metodologia como broncoespasmo e estridor. A classe de medicamentos mais relacionada a EAM foram os anestésicos gerais com prevalência de 58,3%. Seis EAM foram categorizados na categoria de dano E (dano temporário ao paciente e uma intervenção foi necessária) e 5 na categoria F (dano temporário ao paciente que proporcionou uma internação ou prolongamento da internação). Conclusão: através da metodologia trigger tool foi possível detectar EAM em uma clínica pediátrica. Os resultados demonstram que existe a necessidade de se incluir mais rastreadores a ferramenta e da grande importância de que as revisões de prontuários sejam realizadas de maneira multidisciplinar |
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