Efeitos de psicoestimulantes usados no tratamento de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

• Autor(a) principal: Cruzado, Daniel Secundino Altamirano
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26896
• topic: Transtorno do deficit de atenção com hiperatividade; Estimulantes do Sistema Nervoso Central

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado como um transtorno neurobiológico crônico de forte influência genética. Apresentase principalmente por: dificuldade de concentração, impulsividade e hiperatividade. O tratamento pode ou não ser feito com medicamentos, sendo mais efetivo quando estes são usados. Os fármacos que obtêm melhor sucesso no controle dos sintomas são os psicoestimulantes. Faz-se necessário melhor conhecimento de seus efeitos pelo crescimento importante do seu consumo. Nas últimas décadas houve significativo aumento do número de diagnósticos do transtorno e, também, do uso não médico dessas substâncias. Realizou-se através da base de dados PubMed, uma revisão bibliográfica narrativa acerca dos efeitos de psicoestimulantes usados no tratamento de TDAH. Observou-se que os remédios foram capazes de a curto prazo melhorar, de forma estatisticamente significativa, diversos aspectos da atenção. Além disso também reduziram sinais neurológicos suaves, hiperatividade e impulsividade. A longo prazo o tratamento mostrou-se como fator protetor para desenvolvimento de depressão e tentativas de suicídio. Em contrapartida, também foram relatados diversos efeitos deletérios associados ao uso de psicoativos, dentre eles: acometimentos cardiovasculares e gastrointestinais, problemas de sono e maior risco de desenvolver qualquer transtornos psicótico. Apesar da melhora de certos aspectos da atenção, tais drogas não se mostraram eficazes na melhora da cognição de pacientes sem o transtorno. Ademais, tais drogas podem causar dependência. Em suma, tais resultados foram majoritariamente extraídos de estudos feitos em crianças e adolescentes, por isso deve-se ter cuidado ao extrapolá-los a outros públicos.