A implantação do Programa de Controle da Tuberculose e o aumento de casos de multirresistência no município de Niterói: uma relação contextual

• Autor(a) principal: Bezerra, Isabella Elisa Timoteo
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21675
• topic: Abandono do tratamento; Avaliação; Estratégia de Saúde da Família; Fatores de Risco; Incidência; Métodos de diagnóstico e tratamento; Notificação; Programa de controle da tuberculose; Revisão; Recidiva; Tuberculose multirresistente; Vigilância epidemiológica; Tuberculose resistente a múltiplos medicamentos; Estratégia Saúde da Família; Monitoramento epidemiológico; Serviços de vigilância epidemiológica; Tuberculose; Treatment abandonment; Evaluation; Family Health Strategy; Risk factors; Incidence; Methods of diagnosis and treatment; Notification; Tuberculosis control program; Review; Relapse; Multidrug-resistant tuberculosis; Epidemiological surveillance

Estima-se que em 2015 cerca de 10,4 milhões de pessoas desenvolveram TB, 580 mil na forma de TB multirresistente (TB MDR) ou TB resistente à rifampicina (TB RR), e 1,4 milhão morreram da doença. O Brasil está entre os 30 países de alta carga para TB e TB-HIV considerados prioritários pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o controle da doença no mundo. A multirresistência é caracterizada por pacientes que não se curam, após tratamento com os esquemas padronizados pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose – PNCT/SVS/MS, podendo ser portadores de bacilos resistentes aos tuberculostáticos. Ainda nesse contexto, o Rio de Janeiro (RJ) é o estado de maior taxa de incidência de tuberculose no país e Niterói, um de seus municípios, é considerado prioritário a fortalecer o plano de controle de TB. (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO ESTADO DO RJ, 2014). Assim, pretende-se levar a reflexões sobre possíveis maneiras de se mitigar a incidência de TB multirresistente na localidade em questão e colaborar para que um maior número de portadores siga corretamente todo o tratamento, evitando mais abandonos e interrupções. OBJETIVO: Esse estudo pretende revisar a efetivação do Programa de Controle da Tuberculose (PCT), no município de Niterói, e sua relação com o aumento dos casos de tuberculose multirresistente nessa localidade, considerando os diversos componentes da intervenção, as atividades do programa e o contexto em que são realizadas. METODOLOGIA: O estudo realiza um levantamento, de abril de 2019 a julho de 2020, a partir de pesquisa bibliográfica, que busca compreender a fisiopatologia da doença, seu contexto histórico no estado Rio de Janeiro, sobretudo no município de Niterói, coleta de dados do Boletim Epidemiológico de Tuberculose, da Prefeitura do Rio de Janeiro, atualizados em 10/5/2017, o histórico e as medidas dos programas de controle da TB, municipais e no âmbito do Ministério da Saúde e os centros de tratamento e notificação da região estudada e seus dados referenciados nos sites das instituições e da Secretaria de Vigilância em Saúde, pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e dados analisados, nas perspectivas de diversos autores. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No decorrer do contexto histórico do Rio de Janeiro, a tuberculose contou com importantes programas de diagnóstico, tratamento, notificação e busca ativa de pacientes, diminuindo significativamente a incidência e recidivas dessa doença. Além disso, Niterói é um dos nove municípios da Região Sudeste considerado como um dos prioritários para o desenvolvimento de ações destinadas a fortalecer o Programa de Controle da Tuberculose (PCT). No entanto, o recente aumento de casos de multirresistência da doença, na localidade abordada, demonstra que é preciso reforçar e melhorar o PCT nesse município, sobretudo no que tange às notificações no início do tratamento, a integração de coleta e armazenamento entre as diferentes instituições de referência para tratar e controlar a doença, investimento em recursos humanos, principalmente voltados às visitas domiciliares, atualização periódica do cadastro dos pacientes e a busca ativa de usuários que interromperam ou abandonaram o tratamento. Nesse aspecto, é de suma importância a organização e a coordenação de uma equipe multiprofissional, investindo-se em capacitação e atualização periódica, destacando-se o papel da Enfermagem, essencial para o gerenciamento, o cuidado e a educação permanente de todos os envolvidos.