Análise dos fatores de risco associados à depressão no Brasil, no ano de 2019
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/30319 |
Resumo: | A depressão é um transtorno mental que coloca em risco a qualidade de vida do indivíduo, podendo prejudicar a vida pessoal, profissional e acadêmica de qualquer pessoa. É considerada, pela Organização Mundial de Saúde, a principal causa de incapacitação e está entre as dez principais causas de patologia, a nível mundial. O presente trabalho tem, então, o objetivo de conhecer o perfil da população brasileira maior de 14 anos que foi diagnosticada com depressão no ano de 2019, e identificar fatores possam estar a ela associados. A partir dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde, do ano de 2019, foi levantado que perfil dos brasileiros acima de 14 anos é composto por de mulheres (52,95%), pessoas brancas e pardas (totalizando, aproximadamente, 88%), solteiros (47%), com média da idade de 43,24 +- 18,12 anos, com o ensino médio completo e faixa de rendimento domiciliar per capita entre 1/2 até 2 salários mínimos (aproximadamente 57,2%). Na análise de fatores associados à depressão, pelo teste qui-quadrado, foi concluído que, ao nível de significância de 5%, não há associação da variável relacionada à exercícios físicos ou esporte com o diagnóstico da depressão, enquanto que para todas as demais a associação foi considerada presente e altamente significativa (p-valor < 0,01). A partir desses resultados foi construído um modelo de regressão logística para explicar a chance de ocorrência de depressão em função das variáveis: sexo, idade, cor ou raça, estado civil, curso mais elevado que frequentou, frequência de problemas no sono, consumo de bebida alcoólica, prática de exercício físico, consumo de tabaco, renda domiciliar, renda domiciliar per capita, faixa de rendimento per capita e o nível de instrução mais elevado alcançado, que obteve ótimas qualidades de ajuste (Pseudo-R² próximo de 0,89) e de previsão (taxa de acerto global próxima de 90%). A partir do modelo estimado, observou-se que mulher, pessoa de cor ou raça branca, ser divorciado(a), ter problemas frequentes para dormir e hábito de fumar são fatores de risco para o diagnóstico da depressão. Além disso, o modelo estimou que, à medida que o indivíduo envelhece um ano, a chance de ser diagnosticado com depressão aumenta em 0,4%. Por outro lado, identificou-se, através do modelo estimado, que à medida que o grau de instrução aumenta, a chance de ser diagnosticado também aumenta. Por fim, ao contrário do esperado, consumir bebida alcoólica foi considerado fator de proteção para a doença. |
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