Feminização do HIV e as implicações na vida sexual da mulher

• Autor(a) principal: Costa, Hara Almeida
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25168
• topic: HIV; Mulher; Sexualidade; HIV; Saúde da mulher; Sexualidade; HIV; Woman; Sexuality

A aids se disseminou entre os segmentos da sociedade, tendo um quadro marcado pelo processo de heterossexualização, feminização e pauperização, trazendo consigo a necessidade de reformular a estrutura do cuidado em saúde. No que diz respeito à sexualidade das mulheres, a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) abrange questões mais complexas como, por exemplo, o modo como as soropositivas enxergam seu corpo, o uso do preservativo e a abstinência sexual, não somente pelo medo do julgamento e discriminação, mas por ser, a via sexual, o modo de maior infecção. Neste sentindo, o objetivo da pesquisa é analisar o campo da sexualidade das mulheres que vivem com HIV/aids no município de Niterói/RJ. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa realizado no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) incluindo 20 mulheres com diagnóstico de soropositividade para o HIV. Esta pesquisa foi desenvolvida utilizando-se 2 tipos de instrumentos de coleta de dados: questionário de caracterização dos sujeitos e um roteiro de entrevista semi-estruturada. Os resultados mostraram que a relação da maioria das mulheres com seu corpo é positiva, porém, algumas ainda tem dificuldade em aceitar o diagnóstico, o que impacta negativamente na sua vida emocional, social, sexual e também na sua qualidade de vida. Observou-se que o uso do preservativo passou a ser mais frequente, assim como a abstinência sexual tornou-se uma prática comum nos primeiros meses de diagnóstico. Conclui-se que as mulheres soropositivas ainda sofrem com os estigmas da doença impactando o modo de viver a sua sexualidade. A sensibilização dos profissionais da saúde quanto as reais necessidades das portadoras do vírus HIV pode favorecer a melhoria da promoção à saúde em todos os campos da vida