Pavilhão sete: experiências dos militantes de esquerda armada nos cárceres cearenses (1971-79)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farias, José Airton de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13359
Resumo: Neste trabalho, buscamos tratar das experiências dos presos políticos cearenses, especificamente dos militantes da esquerda armada, no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), durante a década de 1970. Ali, tais militantes, tiveram de enfrentar novos desafios, buscando melhores condições de vida ou de sobrevivência dentro dos cárceres. Nesse processo, redefiniram-se enquanto indivíduos e sujeitos políticos. Tendo como referência o pensamento do historiador francês Michel de Certeau (2004), objetivamos na pesquisa compreender como as práticas cotidianas dos ativistas de esquerda no IPPS contribuíram e permitiram a reelaboração de suas identidades pessoais e projetos políticos. Como os adeptos da esquerda armada, ao buscarem brechas e fissuras nas estruturas de dominação da ditadura, criaram estratégias e táticas, transformaram lugares em espaços, desenvolveram novos usos, ressignificaram ambientes, relacionaram-se com outros grupos presentes no IPPS (carcereiros, presos comuns, parentes, etc.), igualmente se reelaboraram. Abordamos ainda a importância que a produção de artesanato apresentou para os encarcerados do presídio, destacando a diversidade de significados que teve para variados grupos sociais. Por fim, discutimos como a campanha pela Anistia repercutiu dentro do presídio, destacando a construção de uma memória que passou a ver a guerrilha dos anos 1960 e começo da década seguinte como parte da resistência democrática
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