O café e a COVID em uma plataforma de petróleo offshore
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28022 |
Resumo: | "Observando um grupo de trabalhadores da indústria petrolífera offshore, pensados não como uma classe homogênea, percebi que o ritual de tomar café, principalmente depois do almoço em uma sala de operadores, me permitiria identificar a diversidade de atores e de relações sociais que se desdobram nesse ambiente de trabalho. Uma situação de retaliação, após a punição para um trabalhador terceirizado, de proibir o café na sala da operação, levou à reflexão sobre todos seus desdobramentos, principalmente em torno do coronavírus (que configura como um agente transformador das relações, mudando rotinas sociais, profissionais e hábitos a bordo). Ou seja, observando os conflitos ocorridos em momentos de tensão, pude alcançar diversas discussões como hierarquias, relações de poder, temporalidade offshore, política de desinvestimento na indústria do petróleo, saúde mental e, mais atualmente, os desdobramentos sobre saúde e segurança relacionados à COVID-19. Essas transformações do ritual do café escancaram mudanças de estruturas e a sua maleabilidade de reordenações em um processo de “drama social”, seguindo o pensamento de Turner (2008). Entender a apresentação do café como “comida”, e não como um simples “alimento” nutricional ou biológico, sendo carregado de cultura e tradições específicas, é importante para perceber o seu ritual como um “fato social total”, nas considerações de Mauss (2001), pois a abrangência desses momentos põe em movimento a totalidade dessa comunidade, bem como o lugar de desvio assumido em seu consumo quando proibido, e os atos de resistência de classe." |
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