Prevalência do papilomavírus humano (HPV) em amostras orais de estudantes universitários do sexo masculino vacinados contra o HPV

• Autor(a) principal: Ferreira, Nicole da Costa
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32719
• topic: Papilomavírus humano; Vacinação; Oral; Homens; Papillomavirus humano; Vacinas contra papillomavirus; Estudantes; Homens; Prevalência; Reação em cadeia da polimerase; Human papillomavirus; Vaccination; Oral; Men

Introdução: O papilomavírus humano (HPV) é o agente viral mais comum em infecções sexualmente transmissíveis (IST), com seu potencial oncogênico bem estabelecido, especialmente em mulheres. No entanto, há crescentes evidências da diversidade de cânceres causados pelo HPV nos homens. Atualmente, a população masculina enfrenta um cenário importante em relação ao HPV, com a substituição do câncer de orofaringe, antes predominantemente associado ao tabaco, e agora atribuído ao HPV. Isso reflete uma maior prevalência de infecção oral em homens. Apesar disso, existem lacunas nos estudos que buscam estratégias de prevenção e diagnóstico para lidar com essa situação; e o diagnóstico de lesões orais por HPV ainda é feito apenas com base na visualização das lesões, com confirmação pela biópsia. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial da vacinação na prevenção da infecção oral pelo HPV, examinando a prevalência e os genótipos em estudantes do sexo masculino vacinados contra o vírus na Universidade Federal Fluminense e demonstrar a importância e aplicabilidade do uso da reação em cadeia da polimerase (PCR) como ferramenta do diagnóstico clínico das infecções orais por HPV. Metodologia: Escovados bucais de 286 universitários foram coletados e submetidos a extração de DNA pela técnica do fenol-clorofórmio. Foi realizada a PCR com primers genéricos para a detecção do HPV, e genotipagem pela técnica de microarranjo de DNA. Após a primeira coleta, os participantes foram vacinados e o mesmo procedimento foi realizado seis meses após a conclusão do esquema vacinal. Resultados: Dos 286 estudantes não vacinados avaliados, 7,3% apresentaram infecção oral pelo HPV. Foram detectados três genótipos de HPV de baixo risco: HPV 6 (14,3%), HPV 11 (81%) e HPV 42 (4,7%). Houve maior correlação entre a infecção oral pelo HPV e homens que mantêm relação sexual com homens. Após a vacinação, 41 alunos retornaram, e a prevalência foi de (2,4%) com o HPV 11 identificado. Conclusão: A vacinação demonstrou redução significativa na prevalência de infecção oral por HPV, destacando a importância da prevenção, e o uso de técnicas moleculares é promissor para diagnóstico da infecção oral pelo HPV.