Caracterização biológica de Microeuraphia rhizophorae (Cirripedia, Thoracica)

• Autor(a) principal: Fontella, Natália da Silva
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29682
• topic: Microeuraphia rhizophorae; Morfologia; Morfometria; Distribuição; Cirripedia; Ecossistema marinho; Microeuraphia rhizophorae; Morphology; Morphometrics; Distribution

Microeuraphia rhizophorae é uma espécie de cirripédia descrita como tendo localidade tipo a Baía de Guanabara e atualmente é reconhecida por ocorrer do litoral brasileiro até o Caribe.Este trabalho tem como objetivo ampliar o conhecimento biológico da espécie, com ênfase na localidade tipo, auxiliando na compreensão da sua variabilidade morfológica, além de descrever sua distribuição e preferência por habitat. Sua distribuição ao longo do Oceano Atlântico ocidental foi plotada em um mapa de ocorrência a partir dos dados da literatura e de material depositado em coleções biológicas. Ficando evidenciado uma maior quantidade de estudos a respeito da espécie na região sudeste e nordeste do Brasil. Foram realizadas coletas no município de Niterói-RJ, utilizando análises semiquantitativas. Foi observado uma preferência de ocorrência em locais de baixo hidrodinamismo e isso sugere que o hidrodinamismo exerce uma maior influência na distribuição de M. rhizophorae do que a salinidade. Para auxiliar a descrição morfológica de M. rhizophorae, foram utilizadas técnicas de morfometria geométrica, aplicada somente na face interna das placas operculares, tanto para o lado direito quanto para o lado esquerdo. Ao analisar os espécimes, foi observada uma assimetria flutuante, apresentando uma distribuição normal, a qual está ligada a uma gama de fatores que podem afetar a estabilidade do desenvolvimento. Os gráficos de grades de deformação feitos a partir da análise de componentes principais (PCA) demonstraram que a assimetria na forma do escudo está relacionada principalmente ao tamanho da crista articular e no tergo, relacionada à largura da fenda articular. Tal assimetria pode dificultar a compreensão da morfologia desta espécie e deve ser levada em consideração em descrições futuras do gênero. Este é o primeiro estudo a utilizar a morfometria geométrica para descrição morfológica da espécie e demonstrou ser uma ferramenta eficaz para a compreensão da variação morfológica.