A aproximação Brasil Rússia no setor espacial: uma análise estrutural
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/26180 |
Resumo: | O setor espacial representa um dos três eixos estruturantes da Estratégia Nacional da Defesa do Brasil ( 2008), envolvendo a possibilidade de desenvolvimento cooperativo internacional para que o país obtivesse acesso ao espaço. O Brasil investiu no desenvolvimento endógeno de um foguete capaz de colocar satélites no espaço, apesar das dificuldades geradas por embargos à importação de componentes do foguete e de três tentativas fracassadas de lançamento. No que tange à cooperação, por um lado, no mundo há poucos países que detêm o know how para tal tecnologia, o que reduz as possibilidades de estabelecer parcerias ; por outro lado, a transferência de tecnologia exige uma contrapartida muito vantajosa. Estes dois fatores restringiram as possibilidades de cooperação. Atualmente, três países cooperam com o Brasil para o desenvolvimento de um veículo lançador que as segurará ao país o acesso ao espaço: a Rússia, a Ucrânia e a Alemanha. Para avaliar o interesse estratégico do Brasil em cooperar com a Rússia no setor espacial, usamos o marco teórico do realismo ofensivo, conforme o qual o poder é sempre relativo ao pode r de outras potências e pode ser medido por meio de certos indicadores. Lidando com tecnologia dual e sensível, o poder espacial das potências é avaliado no contexto de seus poderes latente e real. A pesquisa analisa os indicadores adequados para tal setor . Medindo os três tipos de poder ( latente, real e espacial), investigamos se uma potência inclui necessariamente o poder espacial no conjunto de fatores que caracteriza seu poder. A consequência desta análise reflete a necessidade de o Brasil ter acesso ao espaço para ocupar “o lugar que lhe cabe no mundo”, pontuado pela END, sendo assim um ponto de partida na análise do interesse estratégico do Brasil em cooperar com a Rússia no setor espacial. Ela acaba também determinando o poder espacial da Rússia, parceiro do Brasil no setor, permitindo que se analise o interesse estratégico da cooperação com esse país. |
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Estes dois fatores restringiram as possibilidades de cooperação. Atualmente, três países cooperam com o Brasil para o desenvolvimento de um veículo lançador que as segurará ao país o acesso ao espaço: a Rússia, a Ucrânia e a Alemanha. Para avaliar o interesse estratégico do Brasil em cooperar com a Rússia no setor espacial, usamos o marco teórico do realismo ofensivo, conforme o qual o poder é sempre relativo ao pode r de outras potências e pode ser medido por meio de certos indicadores. Lidando com tecnologia dual e sensível, o poder espacial das potências é avaliado no contexto de seus poderes latente e real. A pesquisa analisa os indicadores adequados para tal setor . Medindo os três tipos de poder ( latente, real e espacial), investigamos se uma potência inclui necessariamente o poder espacial no conjunto de fatores que caracteriza seu poder. A consequência desta análise reflete a necessidade de o Brasil ter acesso ao espaço para ocupar “o lugar que lhe cabe no mundo”, pontuado pela END, sendo assim um ponto de partida na análise do interesse estratégico do Brasil em cooperar com a Rússia no setor espacial. Ela acaba também determinando o poder espacial da Rússia, parceiro do Brasil no setor, permitindo que se analise o interesse estratégico da cooperação com esse país.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorSpace industry represents one of the three structural axes of Brazil’s National Strategy of Defence (2008), involving the possibility of cooperation for the country to gain access to space. Brazil established a program of endogenous development of a rocket capable of placing satell ites in space, despite the embargoes on the import of rocket components and of three prior failed attempts. Regarding the cooperation there are, on one hand, few countries in the world that have the know how for such technology, fact which reduces the poss ibilities of establishing partnerships; on the other hand, the transfer of technology requires a very advantageous compensation. These two factors have restricted the chances of cooperation. Currently, three countries are cooperating with Brazil in order t o develop a launch vehicle that will ensure the country's access to space: Russia, Ukraine and Germany. In order to assess the strategic interest of Brazil in cooperating with Russia in the space sector, we employ the theoretical framework of offensive rea lism, according to which power is always relative to the power of other great powers and can be measured by certain indicators. Dealing with dual and sensitive technology, space power of great powers is evaluated in the context of their latent and real pow er. The research analyzes the appropriate indicators for this sector. Measuring the three types of power (latent, real and spacial), we investigate whether great power necessarily includes space power in the set of factors that characterizes its power. The result of this analysis reflects the need for Brazil to have access to space in order to occupy “the place it deserves in the world”, pointed by the END, thus a starting point in analyzing the strategic interest of Brazil in cooperating with Russia in the space sector. The present work also examines the spatial power of Russia, Brazil’s partner in the sector, so that we can analyze the strategic interest in cooperating with this country.117 p.Alves, Vágner Camilohttp://lattes.cnpq.br/2535091837980172Amarante, José Carlos Albano dohttp://lattes.cnpq.br/0268114147723943Segrillo, Angelo de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/1193070856297936Pedone, Luizhttp://lattes.cnpq.br/7843349397084641http://lattes.cnpq.br/9777394434890244Ionescu, Imanuela2022-08-30T14:54:20Z2022-08-30T14:54:20Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfIONESCU, Imanuela. A aproximação Brasil Rússia no setor espacial: uma análise estrutural. 2014. 117 f. 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