Avaliação do efeito do extrato de Fridericia Chica (Bonpl.) L.G Lohmann na neuroquímica de neurônio da retina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Restier, João Gabriel Leal
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27404
Resumo: A retina, estrutura pertencente ao sistema nervoso central (SNC), possui quase todos os sistemas de neurotransmissores, como a dopamina, GABA e glutamato, e neuromoduladores, como a adenosina. O sistema adenosinérgico atua através de quatro receptores chamados de A1, A2A, A2B e A3, que são acoplados a proteína G, e que, quando ativados, podem desencadear a ativação de vias de sobrevida celular, como as da ERK, CREB e Akt, assim como podem modular a liberação de neurotransmissores. Essas vias são descritas como efetoras de diversos processos celulares como a apoptose, sobrevida, diferenciação e proliferação. Porém, quando desreguladas, tendem a causar danos e patologias ao indivíduo, como inflamações e tumores. Assim, substâncias são testadas por grupos de pesquisa a fim de atenuar ou reverter esses quadros de desregulação, mantendo a homeostase celular e corporal. Recentemente, a demanda por produtos naturais vem crescendo e, com isso, o aumento do estudo sobre os seus efeitos. Dentre os produtos naturais, há a Fridericia chica (Bonpl.) L. G. Lohmann, conhecida como “crajiru”, uma planta da família Bignoniaceae. Ela é consumida pela população na forma de chás e pastas devido às propriedades curativas de suas folhas. São utilizadas para o tratamento de enfermidades como cólica intestinal, hemorragias, anemia, diarreia, leucemia, leishmaniose, hepatite, albuminúria, infecções na pele e como protetor solar. As caracterizações químicas das folhas identificaram diversos compostos, sendo as antocianidinas, carajurina e carajurona, e as flavonas, carajuflavona, luteolina e hiispidulina, as mais abundantes. O extrato de F. chica já demonstrou ações antioxidantes e anti-inflamatórias em alguns tipos celulares. Porém, pouco se sabe sobre seus alvos moleculares e seus efeitos em células do SNC. Neste estudo, foi demonstrado que o tratamento por dois dias com o extrato de F. chica foi capaz de regular as vias da ERK, Akt e CREB na retina. Na ERK foi observada uma redução de sua fosforilação dose-dependente do extrato de F. chica, e na Akt foi visto o oposto. A CREB demonstrou inicialmente uma redução de sua fosforilação a 10 mg/kg do extrato, mas houve um aumento em 15 e 20 mg/kg. Além disso, dados preliminares demonstram uma modulação do sistema adenosinérgico pelo extrato da F. chica, pois na concentração de 10 mg/kg foi visto uma tendência de aumento dos receptores A1, e em 15 mg/kg, uma redução. Esses dados sugerem que o possível efeito neuroprotetor do extrato de F. chica pode ser através da regulação das vias de sobrevivência, contudo a relação com o sistema adenosinergico ainda não pôde ser elucidada
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Assim, substâncias são testadas por grupos de pesquisa a fim de atenuar ou reverter esses quadros de desregulação, mantendo a homeostase celular e corporal. Recentemente, a demanda por produtos naturais vem crescendo e, com isso, o aumento do estudo sobre os seus efeitos. Dentre os produtos naturais, há a Fridericia chica (Bonpl.) L. G. Lohmann, conhecida como “crajiru”, uma planta da família Bignoniaceae. Ela é consumida pela população na forma de chás e pastas devido às propriedades curativas de suas folhas. São utilizadas para o tratamento de enfermidades como cólica intestinal, hemorragias, anemia, diarreia, leucemia, leishmaniose, hepatite, albuminúria, infecções na pele e como protetor solar. As caracterizações químicas das folhas identificaram diversos compostos, sendo as antocianidinas, carajurina e carajurona, e as flavonas, carajuflavona, luteolina e hiispidulina, as mais abundantes. O extrato de F. chica já demonstrou ações antioxidantes e anti-inflamatórias em alguns tipos celulares. Porém, pouco se sabe sobre seus alvos moleculares e seus efeitos em células do SNC. Neste estudo, foi demonstrado que o tratamento por dois dias com o extrato de F. chica foi capaz de regular as vias da ERK, Akt e CREB na retina. Na ERK foi observada uma redução de sua fosforilação dose-dependente do extrato de F. chica, e na Akt foi visto o oposto. A CREB demonstrou inicialmente uma redução de sua fosforilação a 10 mg/kg do extrato, mas houve um aumento em 15 e 20 mg/kg. Além disso, dados preliminares demonstram uma modulação do sistema adenosinérgico pelo extrato da F. chica, pois na concentração de 10 mg/kg foi visto uma tendência de aumento dos receptores A1, e em 15 mg/kg, uma redução. Esses dados sugerem que o possível efeito neuroprotetor do extrato de F. chica pode ser através da regulação das vias de sobrevivência, contudo a relação com o sistema adenosinergico ainda não pôde ser elucidadaFundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de JaneiroUniversidade Federal FluminensePrograma de Fomento à PesquisaThe retina, a structure belonging to the central nervous system (CNS), has almost all neurotransmitter systems, such as dopamine, GABA and glutamate, and neuromodulators, such as adenosine. The adenosinergic system acts through four receptors called A1, A2A, A2B and A3, which are coupled to G protein, and when activated, can trigger the activation of cell survival pathways, such as those of ERK, CREB and Akt, as well as modulate the release of neurotransmitters. These pathways are described as effectors of various cellular processes such as apoptosis, survival, differentiation, and proliferation. However, when deregulated, they tend to cause damage and pathologies to the individual, such as inflammation and tumors. Thus, substances are tested by research groups in order to attenuate or reverse these deregulations, maintaining cellular and body homeostasis. Recently, the demand for natural products has been growing and, with it, the increase in the study of their effects. Among the natural products, there is Fridericia chica (Bonpl.) L. G. Lohmann, known as "crajiru", a plant from the Bignoniaceae family. It is consumed by the population in the form of teas and pastes due to the curative properties of its leaves. They are used for the treatment of diseases such as intestinal colic, hemorrhages, anemia, diarrhea, leukemia, leishmaniasis, hepatitis, albuminuria, skin infections, and as a sunscreen. Chemical characterizations of the leaves identified several compounds, with anthocyanidins, carajurin and carajurone, and flavones, carajuflavone, luteolin and hyispidulin, being the most abundant. F. chica extract has already demonstrated antioxidant and anti-inflammatory actions on some cell types. However, little is known about its molecular targets and its effects on CNS cells. In this study, it was demonstrated that two days treatment with F. chica extract was able to regulate ERK, Akt and CREB pathways in the retina. In ERK a dose-dependent reduction of its phosphorylation by F. chica extract was observed, and in Akt the opposite was seen. CREB initially showed a reduction in its phosphorylation at 10 mg/kg of the extract, but there was an increase at 15 and 20 mg/kg. Furthermore, preliminary data demonstrate a modulation of the adenosinergic system by the F. chica extract, as at the 10 mg/kg concentration a tendency to increase A1 receptors was seen, and at 15 mg/kg, a reduction. These data suggest that the possible neuroprotective effect of F. chica extract may be through the regulation of survival pathways, however the relationship with the adenosinergic system could not be elucidated yet46 f.Silva, Rafael Brito dahttp://lattes.cnpq.br/5279568988466735Araújo, Elizabeth Giestal dehttp://lattes.cnpq.br/8230334072312477Costa, Paula Campellohttp://lattes.cnpq.br/7887442300538430Bockmann, Eduardo Cosendeyhttp://lattes.cnpq.br/7563332915653723http://lattes.cnpq.br/8697268809030031Restier, João Gabriel Leal2022-12-21T19:18:04Z2022-12-21T19:18:04Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfRESTIER, João Gabriel Leal. Avaliação do efeito do extrato de Fridericia Chica (Bonpl.) 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