Lula e Dilma na cobertura jornalística: março de 2016 e a personificação da crise brasileira pelo agendamento da corrupção
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24197 |
Resumo: | O presente trabalho propõe discutir o papel da imprensa nas sociedades contemporâneas, estando em relevante posição que exerce influência sobre os arranjos institucionais e na opinião pública pela conformação ideológica dos grupos dominantes do mercado da comunicação. Para tal, analisamos as características do tipo de mídia desenvolvida no Brasil, correlacionamos com a cobertura da crise política que afetou o país na última década e trouxemos dados a respeito da recepção da opinião pública perante o discurso reproduzido nesse período. Sustentamos que a atuação jornalística teve papel crucial na condução narrativa da crise, trazendo a pauta da corrupção para o centro do debate após o surgimento da Operação Lava Jato e personificando-a a partir de acusações contra os ex-presidentes Lula e Dilma, em conluio que envolvia órgãos de imprensa e agentes de justiça. Para verificar nossa hipótese, analisamos a cobertura dos três principais jornais do país, O Globo, Folha de S. Paulo e Estadão, durante o mês de março de 2016, período onde se deram fenômenos importantes que aprofundaram a crise política e institucional, como a condução coercitiva de Lula, o vazamento de parte do grampo realizado ao ex-presidente no qual continha conversa telefônica entre ele e a então presidente Dilma, vazamento de acusações pelo acordo de delação premiada de Delcídio do Amaral e da empresa Andrade Gutierrez, especulações sobre a negociação de delação das empreiteiras OAS e Odebrecht, manifestações convocadas contra e a favor do governo, além da ruptura da base governista puxada por Michel Temer, isolando Dilma no poder e corroborando para sacramentar o golpe parlamentar de 2016. |
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