Análise e caracterização da distribuição do mercúrio no Lago Acarabixi, Médio Rio Negro, Amazônia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/33387 |
Resumo: | O Rio Negro é conhecido por suas águas escuras, devido à grande presença de ácidos orgânicos. Esses ácidos, resultantes da decomposição lenta da matéria orgânica, exercem grande influência sobre as altas concentrações de mercúrio observadas em sedimentos de lacustres da região. Além disso, a região do Rio Negro possui pouco histórico de interferência antrópica que possa justificar essas altas concentrações de mercúrio, sugerindo que as fontes desse metal para a região sejam naturais. Este estudo tem como objetivo reconstruir as variações paleoambientais no Médio Rio Negro nos últimos 10.900 anos, a partir de um testemunho sedimentar (ACA03/02), retirado do Lago Acarabixi. A partir das análises de parâmetros geoquímicos, pretende-se inferir as fontes de mercúrio para a região e seus possíveis impactos, além de compreender como as alterações paleoclimaticas interferiram na dinâmica desse metal na região. Com base nas análises de parâmetros geoquímicos e estudos palinológicos, pôde-se observar que entre 10.900 e 8.300 anos cal AP, o Lago Acarabixi tinha ligação direta com o Rio Negro, sendo impactado por sua hidrodinâmica. Até 10.660 anos cal AP, percebe-se uma interferência maior das águas do rio sobre o Acarabixi, refletida nas menores concentrações de mercúrio e COT observadas. Já a partir de 10.660 anos cal AP, o Acarabixi passa a se comportar como um sistema lêntico, que permitiu o acúmulo do mercúrio. Essa característica é evidenciada também pela maior riqueza e abundância de espécies observada no a nova fase. Indícios de interferência humana são observados apenas no Holoceno Superior, a partir de 1.600 anos cal AP, através da deposição de partículas de carvão associado a estudos arqueológicos |
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Análise e caracterização da distribuição do mercúrio no Lago Acarabixi, Médio Rio Negro, AmazôniaMercúrioProcessos paleoambientaisMudanças climáticasMercúrio em sedimentoRio Negro (AM)Período paleolíticoMudança climáticaMercuryPaleoenvironmental processesClimate changeO Rio Negro é conhecido por suas águas escuras, devido à grande presença de ácidos orgânicos. Esses ácidos, resultantes da decomposição lenta da matéria orgânica, exercem grande influência sobre as altas concentrações de mercúrio observadas em sedimentos de lacustres da região. Além disso, a região do Rio Negro possui pouco histórico de interferência antrópica que possa justificar essas altas concentrações de mercúrio, sugerindo que as fontes desse metal para a região sejam naturais. Este estudo tem como objetivo reconstruir as variações paleoambientais no Médio Rio Negro nos últimos 10.900 anos, a partir de um testemunho sedimentar (ACA03/02), retirado do Lago Acarabixi. A partir das análises de parâmetros geoquímicos, pretende-se inferir as fontes de mercúrio para a região e seus possíveis impactos, além de compreender como as alterações paleoclimaticas interferiram na dinâmica desse metal na região. Com base nas análises de parâmetros geoquímicos e estudos palinológicos, pôde-se observar que entre 10.900 e 8.300 anos cal AP, o Lago Acarabixi tinha ligação direta com o Rio Negro, sendo impactado por sua hidrodinâmica. Até 10.660 anos cal AP, percebe-se uma interferência maior das águas do rio sobre o Acarabixi, refletida nas menores concentrações de mercúrio e COT observadas. Já a partir de 10.660 anos cal AP, o Acarabixi passa a se comportar como um sistema lêntico, que permitiu o acúmulo do mercúrio. Essa característica é evidenciada também pela maior riqueza e abundância de espécies observada no a nova fase. Indícios de interferência humana são observados apenas no Holoceno Superior, a partir de 1.600 anos cal AP, através da deposição de partículas de carvão associado a estudos arqueológicosThe Rio Negro is known for having dark waters due to the heavy presence of organic acids. These acids, resulting from the slow decomposition of organic matter, have a great influence on the high concentrations of mercury observed in lacustrine sediments in this region. Furthermore, the Rio Negro area has little history of anthropic interference which could justify these high mercury concentrations, suggesting that the sources of this metal in the region are natural. This study aims to reconstruct the paleoenvironmental variations in the medium Rio Negro in the last 10,900 years cal BP, based on a sedimentary core (ACA03/02), extracted from Lake Acarabixi. From the analysis of geochemical parameters, it is intended to infer the sources of mercury in the region and its possible impacts, and also to understand how paleoclimatic changes interfered with the dynamics of this metal in the region. Based on the geochemical parameter analyses and palynological studies, it could be observed that between 10,900 and 8,300 years cal BP, Lake Acarabixi had a direct connection with the Rio Negro, being impacted by its hydrodynamics. Until 10,660 years cal BP, a greater interference of the river waters over the Acarabixi is perceived, reflected by the lower concentrations of mercury and TOC observed. From 10,660 years cal BP, the Acarabixi changes its behavior to a lentic system, which allowed the accumulation of mercury. This characteristic is also evidenced by the higher species richness and abundance observed in the new phase. Indications of human interference are observed just in the Late Holocene, from 1,600 cal years BP, through the deposition of charcoal particles associated with archeological studies65 f.Moreira, Luciane SilvaCordeiro, Renato CampelloCardoso Júnior, Ricardo Abranches FelixMachado, Wilson Thadeu ValleSilva, Juliana da Costa Dias2024-07-17T16:59:04Z2024-07-17T16:59:04Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfSILVA, Juliana da Costa Dias. Análise e caracterização da distribuição do mercúrio no Lago Acarabixi, Médio Rio Negro, Amazônia. 2022. 65 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente) - Escola de Engenharia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2022.https://app.uff.br/riuff/handle/1/33387CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2024-07-17T16:59:08Zoai:app.uff.br:1/33387Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:49:29.139531Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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O Rio Negro é conhecido por suas águas escuras, devido à grande presença de ácidos orgânicos. Esses ácidos, resultantes da decomposição lenta da matéria orgânica, exercem grande influência sobre as altas concentrações de mercúrio observadas em sedimentos de lacustres da região. Além disso, a região do Rio Negro possui pouco histórico de interferência antrópica que possa justificar essas altas concentrações de mercúrio, sugerindo que as fontes desse metal para a região sejam naturais. Este estudo tem como objetivo reconstruir as variações paleoambientais no Médio Rio Negro nos últimos 10.900 anos, a partir de um testemunho sedimentar (ACA03/02), retirado do Lago Acarabixi. A partir das análises de parâmetros geoquímicos, pretende-se inferir as fontes de mercúrio para a região e seus possíveis impactos, além de compreender como as alterações paleoclimaticas interferiram na dinâmica desse metal na região. Com base nas análises de parâmetros geoquímicos e estudos palinológicos, pôde-se observar que entre 10.900 e 8.300 anos cal AP, o Lago Acarabixi tinha ligação direta com o Rio Negro, sendo impactado por sua hidrodinâmica. Até 10.660 anos cal AP, percebe-se uma interferência maior das águas do rio sobre o Acarabixi, refletida nas menores concentrações de mercúrio e COT observadas. Já a partir de 10.660 anos cal AP, o Acarabixi passa a se comportar como um sistema lêntico, que permitiu o acúmulo do mercúrio. Essa característica é evidenciada também pela maior riqueza e abundância de espécies observada no a nova fase. Indícios de interferência humana são observados apenas no Holoceno Superior, a partir de 1.600 anos cal AP, através da deposição de partículas de carvão associado a estudos arqueológicos |
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