Estudo da carragenina como um agonista do receptor P2X7 in vivo e in vitro e de suas ações toxicológicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28693 |
Resumo: | A presente dissertação teve como objetivo estudar a ação agonista da carragenina sobre a funcionalidade do receptor P2X7 in vitro e in vivo. A carragenina utilizada foi a da Sigma em concentrações variando de 0,01 a 5 mg/mL (in vitro) e 10 a 1000 mg/kg (in vivo). Para avaliar sua ação sobre a funcionalidade do P2X7R utilizamos ensaios experimentais in vitro, como captação de PI e LDH, ensaios in vivo, como edema de pata, peritonite, gavagem e punção intravenosa em camundongos Swiss Webster selvagens e C57BL/6 selvagens e nocautes para o P2X7R, e ensaio de toxicidade aguda (24 horas) e hemocompatibilidade. A carragenina nas diferentes concentrações quando adicionada em macrófagos peritoneais de camundongos Swiss Webster aumentou a captação de PI e quando administrada em camundongos C57BL/6 nocautes para o P2X7R reduziu significativamente a captação do corante in vitro. Em ambas as epécies de camundongos não foi observada um efeito tóxico no ensaio de LDH, exceto na concentração de 5 mg/mL de carragenina. A mesma foi capaz de induzir edema de pata e peritonite e quando os animais foram pré-tratados com os antagonistas do P2X7R, BBG e A740003, houve uma redução significativa no resposta edematogênica e no número de leucócitos totais, respectivamente, seja quando a carragenina foi administrada por via intraperitineaal, por gavagem e punção intravenosa. Em animais nocaute para o P2X7R o efeito da carragenina também foi atenuado. Adicionalmente, a carragenina não apresentou efeito tóxico no ensaio de hemocompatibilidade ex vivo. Porém, no experimento de toxicidade aguda (24 horas) observamos sinais de toxicidade quando administramos nas doses de 100 e 1000 mg/kg, embora não tenha ocorrido nenhuma mortalidade. Em conjunto, os resultados indicam que a carragenina induz inflamação aguda e que nos diferentes modelos usados sua ação foi revertida pelos antagonistas do P2X7R e sua ação também foi inibida quando administrada nos camundongos nocautes para o receptor P2X7. Sugerindo uma ação agonista ou como modulador positivo da carragenina na ativação do P2X7R. |
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Estudo da carragenina como um agonista do receptor P2X7 in vivo e in vitro e de suas ações toxicológicasReceptores purinérgicos, P2X7R, inflamação, carregeninaReceptor purinérgico P1, Adenosina, Polissacarídeo, InflamaçãoA presente dissertação teve como objetivo estudar a ação agonista da carragenina sobre a funcionalidade do receptor P2X7 in vitro e in vivo. A carragenina utilizada foi a da Sigma em concentrações variando de 0,01 a 5 mg/mL (in vitro) e 10 a 1000 mg/kg (in vivo). Para avaliar sua ação sobre a funcionalidade do P2X7R utilizamos ensaios experimentais in vitro, como captação de PI e LDH, ensaios in vivo, como edema de pata, peritonite, gavagem e punção intravenosa em camundongos Swiss Webster selvagens e C57BL/6 selvagens e nocautes para o P2X7R, e ensaio de toxicidade aguda (24 horas) e hemocompatibilidade. A carragenina nas diferentes concentrações quando adicionada em macrófagos peritoneais de camundongos Swiss Webster aumentou a captação de PI e quando administrada em camundongos C57BL/6 nocautes para o P2X7R reduziu significativamente a captação do corante in vitro. Em ambas as epécies de camundongos não foi observada um efeito tóxico no ensaio de LDH, exceto na concentração de 5 mg/mL de carragenina. A mesma foi capaz de induzir edema de pata e peritonite e quando os animais foram pré-tratados com os antagonistas do P2X7R, BBG e A740003, houve uma redução significativa no resposta edematogênica e no número de leucócitos totais, respectivamente, seja quando a carragenina foi administrada por via intraperitineaal, por gavagem e punção intravenosa. Em animais nocaute para o P2X7R o efeito da carragenina também foi atenuado. Adicionalmente, a carragenina não apresentou efeito tóxico no ensaio de hemocompatibilidade ex vivo. Porém, no experimento de toxicidade aguda (24 horas) observamos sinais de toxicidade quando administramos nas doses de 100 e 1000 mg/kg, embora não tenha ocorrido nenhuma mortalidade. Em conjunto, os resultados indicam que a carragenina induz inflamação aguda e que nos diferentes modelos usados sua ação foi revertida pelos antagonistas do P2X7R e sua ação também foi inibida quando administrada nos camundongos nocautes para o receptor P2X7. Sugerindo uma ação agonista ou como modulador positivo da carragenina na ativação do P2X7R.74 p.Faria, Robson XavierSouza, André Luis AlmeidaSantos, José Augusto Albuquerque dosVerícimo, Maurício AfonsoBaggio, Luiz EduardoSilva, Ana Claúdia Rodrigues daPereira, Julianne Soares2023-05-04T18:08:09Z2023-05-04T18:08:09Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPEREIRA, Julianne Soares. Estudo da carragenina como um agonista do receptor P2X7 in vivo e in vitro e de suas ações toxicológicas. 2022. 74 f. Dissertação (Mestrado em Ciências e Biotecnologia)-Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2022.http://app.uff.br/riuff/handle/1/28693CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-05-04T18:08:13Zoai:app.uff.br:1/28693Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:48:08.928355Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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