Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Laís Rocha
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23590
Resumo: O objetivo desse estudo foi verificar se a adição de partículas de silicatos de alumínio (SA), cálcio (SC), magnésio (SM) e sódio (SS), ao primer de um sistema adesivo autocondicionante experimental, remineraliza a dentina e não afeta as propriedades mecânicas. Foram produzidos 4 sistemas adesivos experimentais (AE) em diferentes concentrações: controle 0% (AE0), 10% (AE10), 20% (AE20) e 30% (AE30). Para responder o objetivo proposto, foram realizados testes iniciais que consistiram na determinação do tamanho das partículas, pH e grau de conversão (GC) dos AE. Em seguida, foram analisadas a resistência coesiva (n=5), com espécimes em forma de ampulheta, e a resistência de união (μTBS) à dentina (n=6), com palitos, ambas submetidas à microtração. Para μTBS foram utilizados 48 molares, sendo metade utilizada após 24h e a outra após 9 meses. Imagens de padrão de ruptura dos espécimes armazenados por 24h foram obtidas no Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Esse também foi utilizado para as análises de distribuição das partículas e espectroscopia de raios x por energia dispersiva. O efeito remineralizante dos sistemas adesivos foi testado utilizando 12 dentes (n=3), em que discos de dentina hibridizados e unidos a discos dos AE foram imersos por 90 dias em saliva artificial. Em seguida, as amostras foram imersas em corante alaranjado de xilenol por 24h e analisadas em Microscopia Confocal de Varredura a Laser (CLSM). Os resultados mostraram que as partículas tinham dimensão de 3 μm (SA) a 18 μm (SM). O GC teve variação de 86% (AE30) a 92% (AE10) (p = 0,0002). O valor de pH variou de 3,25 (AE0) a 6,18 (AE20). Para resistência coesiva (p = 0,0046) o valor mais alto observado foi no AE30, igual estatisticamente ao grupo AE0. Foi encontrada diferença estatística (p=0,0004) para μTBS apenas na estocagem de 24h, sendo AE10 e AE30 os maiores valores. O padrão de ruptura foi adesiva nos AE0 e AE20 de 24h, enquanto nos demais foi mista. Nos AE de 9 meses, todos tiveram mais falhas adesivas, exceto o grupo AE0 que teve mais padrões de falha mista. Por fim, com o CLSM, foi possível observar que os AE promoveram deposição mineral terapêutica na dentina. Os demais testes indicaram que não houve alteração das propriedades mecânicas testadas. Diante disso, pode-se concluir que a inclusão de micropartículas à base de silicato na composição de um sistema adesivo autocondicionante pode promover durabilidade da resistência de união à dentina durante o período de estocagem e, sobretudo uma deposição mineral terapêutica na dentina. Houve estabilidade na, mantiveram as propriedades mecânicas testadas. Portanto, essas micropartículas podem representar componentes bioativos potenciais a serem incluídos durante a formulação de novos sistemas adesivos autocondicionantes.
id UFF-2_5b573118fad65f6b8a36c1e49036a7cd
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/23590
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatosRemineralizing effect of experimental adhesive systems with silicatesinterface adesivaadesãodentinaadesivoDentística reparadoraDentinaRemineralização dentáriaAdesivo dentinárioSilicatoSilicato de sódioadhesive interfaceadhesiondentinadhesiveO objetivo desse estudo foi verificar se a adição de partículas de silicatos de alumínio (SA), cálcio (SC), magnésio (SM) e sódio (SS), ao primer de um sistema adesivo autocondicionante experimental, remineraliza a dentina e não afeta as propriedades mecânicas. Foram produzidos 4 sistemas adesivos experimentais (AE) em diferentes concentrações: controle 0% (AE0), 10% (AE10), 20% (AE20) e 30% (AE30). Para responder o objetivo proposto, foram realizados testes iniciais que consistiram na determinação do tamanho das partículas, pH e grau de conversão (GC) dos AE. Em seguida, foram analisadas a resistência coesiva (n=5), com espécimes em forma de ampulheta, e a resistência de união (μTBS) à dentina (n=6), com palitos, ambas submetidas à microtração. Para μTBS foram utilizados 48 molares, sendo metade utilizada após 24h e a outra após 9 meses. Imagens de padrão de ruptura dos espécimes armazenados por 24h foram obtidas no Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Esse também foi utilizado para as análises de distribuição das partículas e espectroscopia de raios x por energia dispersiva. O efeito remineralizante dos sistemas adesivos foi testado utilizando 12 dentes (n=3), em que discos de dentina hibridizados e unidos a discos dos AE foram imersos por 90 dias em saliva artificial. Em seguida, as amostras foram imersas em corante alaranjado de xilenol por 24h e analisadas em Microscopia Confocal de Varredura a Laser (CLSM). Os resultados mostraram que as partículas tinham dimensão de 3 μm (SA) a 18 μm (SM). O GC teve variação de 86% (AE30) a 92% (AE10) (p = 0,0002). O valor de pH variou de 3,25 (AE0) a 6,18 (AE20). Para resistência coesiva (p = 0,0046) o valor mais alto observado foi no AE30, igual estatisticamente ao grupo AE0. Foi encontrada diferença estatística (p=0,0004) para μTBS apenas na estocagem de 24h, sendo AE10 e AE30 os maiores valores. O padrão de ruptura foi adesiva nos AE0 e AE20 de 24h, enquanto nos demais foi mista. Nos AE de 9 meses, todos tiveram mais falhas adesivas, exceto o grupo AE0 que teve mais padrões de falha mista. Por fim, com o CLSM, foi possível observar que os AE promoveram deposição mineral terapêutica na dentina. Os demais testes indicaram que não houve alteração das propriedades mecânicas testadas. Diante disso, pode-se concluir que a inclusão de micropartículas à base de silicato na composição de um sistema adesivo autocondicionante pode promover durabilidade da resistência de união à dentina durante o período de estocagem e, sobretudo uma deposição mineral terapêutica na dentina. Houve estabilidade na, mantiveram as propriedades mecânicas testadas. Portanto, essas micropartículas podem representar componentes bioativos potenciais a serem incluídos durante a formulação de novos sistemas adesivos autocondicionantes.The aim of this study was to verify whether the addition of aluminum silicate (AS), calcium (CS), magnesium (MS) and sodium (SS) particles to the primer of an experimental self-etching adhesive system remineralizes dentin and maintains its mechanical properties. Four experimental adhesive systems (EA) were produced in different concentrations: control 0% (EA0), 10% (EA10), 20% (EA20) and 30% (EA30). To address the proposed objective, initial tests were based on determining the particle size, pH and degree of conversion (DC) of the AE. Then, the cohesive strength (n=5), with hourglass-shaped specimens and the bond strength (μTBS) to dentin (n=6) with toothpicks specimens, both submitted to microtensile, were analyzed. For μTBS, 48 molars were used, half being used after 24 h and the other half after 9 months. Images of failure modes from the specimens stored for 24 h were obtained using a Scanning Electron Microscope (SEM). The SEM also used for particle distribution analysis and energy dispersive x-ray spectroscopy. The remineralizing effect of adhesive systems was tested using 12 teeth (n=3), in which hybridized dentin discs attached to EA discs were immersed for 90 days in artificial saliva. Then, the samples were immersed in xylenol orange dye for 24 hours and analyzed through Confocal Laser Scanning Microscopy (CLSM). The results showed particles size ranging from 3 μm (AS) to 18 μm (MS). The CG ranged from 86% (EA30) to 92% (EA10) (p = 0.0002). The pH values ranged from 3.25 (EA0) to 6.18 (EA20). For cohesive strength (p = 0.0046), the highest value observed was in the EA30, statistically equalto the EA0 group. A statistical difference was found (p=0.0004) for μTBS only in the 24-hour storage, with EA10 and EA30 presenting the highest values. The failure pattern was adhesive in the 24-hour EA0 and EA20, while the others presented a mixed pattern. For the 9-month EAs, all had more adhesive failures, except the EA0 group which had more mixed failure patterns. Finally, with CLSM, it was possible to conclude that EA promoted a therapeutic mineral deposition in dentin. The other tests indicated that there was no change in the mechanical properties tested. Therefore, it can be concluded that the inclusion of silicate-based microparticles in the composition of a self-etching adhesive system can promote durability of bond strength to dentin during the storage period and, above all, a therapeutic mineral deposition on dentin. There was stability in, maintained the mechanical properties tested. Therefore, these microparticles may represent potential bioactive components to be included during the formulation of new self-etching adhesive systems.67f.NiteróiSantos, Glauco Botelho doshttp://lattes.cnpq.br/8657236311638191http://lattes.cnpq.br/4279178900289101Fernandes, Laís Rocha2021-10-28T23:47:39Z2021-10-28T23:47:39Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFERNANDES, Laís Rocha. Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos. 2021. 67 f. Dissertação ( Mestrado em Odontologia)- Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.https://app.uff.br/riuff/handle/1/23590Aluno de MestradoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-10-28T23:47:40Zoai:app.uff.br:1/23590Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:53:12.777653Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos
Remineralizing effect of experimental adhesive systems with silicates
title Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos
spellingShingle Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos
Fernandes, Laís Rocha
interface adesiva
adesão
dentina
adesivo
Dentística reparadora
Dentina
Remineralização dentária
Adesivo dentinário
Silicato
Silicato de sódio
adhesive interface
adhesion
dentin
adhesive
title_short Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos
title_full Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos
title_fullStr Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos
title_full_unstemmed Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos
title_sort Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos
author Fernandes, Laís Rocha
author_facet Fernandes, Laís Rocha
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Santos, Glauco Botelho dos
http://lattes.cnpq.br/8657236311638191
http://lattes.cnpq.br/4279178900289101
dc.contributor.author.fl_str_mv Fernandes, Laís Rocha
dc.subject.por.fl_str_mv interface adesiva
adesão
dentina
adesivo
Dentística reparadora
Dentina
Remineralização dentária
Adesivo dentinário
Silicato
Silicato de sódio
adhesive interface
adhesion
dentin
adhesive
topic interface adesiva
adesão
dentina
adesivo
Dentística reparadora
Dentina
Remineralização dentária
Adesivo dentinário
Silicato
Silicato de sódio
adhesive interface
adhesion
dentin
adhesive
description O objetivo desse estudo foi verificar se a adição de partículas de silicatos de alumínio (SA), cálcio (SC), magnésio (SM) e sódio (SS), ao primer de um sistema adesivo autocondicionante experimental, remineraliza a dentina e não afeta as propriedades mecânicas. Foram produzidos 4 sistemas adesivos experimentais (AE) em diferentes concentrações: controle 0% (AE0), 10% (AE10), 20% (AE20) e 30% (AE30). Para responder o objetivo proposto, foram realizados testes iniciais que consistiram na determinação do tamanho das partículas, pH e grau de conversão (GC) dos AE. Em seguida, foram analisadas a resistência coesiva (n=5), com espécimes em forma de ampulheta, e a resistência de união (μTBS) à dentina (n=6), com palitos, ambas submetidas à microtração. Para μTBS foram utilizados 48 molares, sendo metade utilizada após 24h e a outra após 9 meses. Imagens de padrão de ruptura dos espécimes armazenados por 24h foram obtidas no Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Esse também foi utilizado para as análises de distribuição das partículas e espectroscopia de raios x por energia dispersiva. O efeito remineralizante dos sistemas adesivos foi testado utilizando 12 dentes (n=3), em que discos de dentina hibridizados e unidos a discos dos AE foram imersos por 90 dias em saliva artificial. Em seguida, as amostras foram imersas em corante alaranjado de xilenol por 24h e analisadas em Microscopia Confocal de Varredura a Laser (CLSM). Os resultados mostraram que as partículas tinham dimensão de 3 μm (SA) a 18 μm (SM). O GC teve variação de 86% (AE30) a 92% (AE10) (p = 0,0002). O valor de pH variou de 3,25 (AE0) a 6,18 (AE20). Para resistência coesiva (p = 0,0046) o valor mais alto observado foi no AE30, igual estatisticamente ao grupo AE0. Foi encontrada diferença estatística (p=0,0004) para μTBS apenas na estocagem de 24h, sendo AE10 e AE30 os maiores valores. O padrão de ruptura foi adesiva nos AE0 e AE20 de 24h, enquanto nos demais foi mista. Nos AE de 9 meses, todos tiveram mais falhas adesivas, exceto o grupo AE0 que teve mais padrões de falha mista. Por fim, com o CLSM, foi possível observar que os AE promoveram deposição mineral terapêutica na dentina. Os demais testes indicaram que não houve alteração das propriedades mecânicas testadas. Diante disso, pode-se concluir que a inclusão de micropartículas à base de silicato na composição de um sistema adesivo autocondicionante pode promover durabilidade da resistência de união à dentina durante o período de estocagem e, sobretudo uma deposição mineral terapêutica na dentina. Houve estabilidade na, mantiveram as propriedades mecânicas testadas. Portanto, essas micropartículas podem representar componentes bioativos potenciais a serem incluídos durante a formulação de novos sistemas adesivos autocondicionantes.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-10-28T23:47:39Z
2021-10-28T23:47:39Z
2021
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv FERNANDES, Laís Rocha. Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos. 2021. 67 f. Dissertação ( Mestrado em Odontologia)- Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
https://app.uff.br/riuff/handle/1/23590
Aluno de Mestrado
identifier_str_mv FERNANDES, Laís Rocha. Efeito remineralizante de sistemas adesivos experimentais com silicatos. 2021. 67 f. Dissertação ( Mestrado em Odontologia)- Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
Aluno de Mestrado
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/23590
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Niterói
publisher.none.fl_str_mv Niterói
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1811823598901395456