Caracterização da textura cristalográfica do revestimento de folhas de flandres e seu desempenho de resistência à corrosão em solução tampão citrato pH 3,6

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Alessandro Dias de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26885
Resumo: A folha de flandres é um dos materiais mais amplamente utilizados para a fabricação de embalagens para alimentos, como também para outros tipos de produtos, tais como: tintas e vernizes, solventes, aerossóis, cosméticos, pet foods, pilhas, etc. A folha de flandres, basicamente, é uma folha metálica de aço baixo carbono revestida com estanho. O grande volume hoje produzido de folha de flandres é por meio do processo eletrolítico contínuo. O material produzido por esse processo pode apresentar aspecto fosco ou brilhante, sendo esse último obtido através da fusão do revestimento de estanho (processo de abrilhantamento) logo após a sua eletrodeposição. Neste estudo, a obtenção das folhas de flandres sem fusão do revestimento (aspecto fosco) foi conduzida em escala laboratorial. O eletrólito a base de ácido metanossulfônico que foi utilizado possui a mesma composição dos banhos eletrolíticos empregados industrialmente. Diferentes densidades de corrente elétrica de deposição (10 a 60 Aꞏdm­2) foram utilizadas para a obtenção dos corpos­de­prova, mantendo os demais parâmetros do processo constantes. A análise da morfologia via microscopia eletrônica de varredura (MEV) revelou que as diferentes densidades de corrente de deposição não influenciaram significativamente na morfologia do revestimento obtido. A análise de resistência à corrosão, em solução tampão citrato pH 3,6, revelou que as amostras apresentam resultados de densidade de corrente de corrosão semelhantes entre si, independente da densidade de corrente de deposição praticada. Foi evidenciado, por meio da difração de elétrons retroespalhados (Electron Backscattered Diffraction – EBSD) via MEV, que houve mudança da textura cristalográfica do revestimento entre as densidades 10 e 20 Aꞏdm­2. Foi identificada a presença de uma textura preferencial envolvendo as componentes (001) e (742) no revestimento eletrodepositado sob a densidade de 10 Aꞏdm­2. Nas densidades de 20 a 60 Aꞏdm­2 observou­se uma textura preferencial envolvendo as componentes (744) e (743). A evolução da textura preferencial envolveu planos que possuem valores de densidade de empacotamento semelhantes entre si, os quais não comprometem a resistência à corrosão do material, o que está coerente com o desempenho do material em solução tampão citrato pH 3,6.
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O material produzido por esse processo pode apresentar aspecto fosco ou brilhante, sendo esse último obtido através da fusão do revestimento de estanho (processo de abrilhantamento) logo após a sua eletrodeposição. Neste estudo, a obtenção das folhas de flandres sem fusão do revestimento (aspecto fosco) foi conduzida em escala laboratorial. O eletrólito a base de ácido metanossulfônico que foi utilizado possui a mesma composição dos banhos eletrolíticos empregados industrialmente. Diferentes densidades de corrente elétrica de deposição (10 a 60 Aꞏdm­2) foram utilizadas para a obtenção dos corpos­de­prova, mantendo os demais parâmetros do processo constantes. A análise da morfologia via microscopia eletrônica de varredura (MEV) revelou que as diferentes densidades de corrente de deposição não influenciaram significativamente na morfologia do revestimento obtido. A análise de resistência à corrosão, em solução tampão citrato pH 3,6, revelou que as amostras apresentam resultados de densidade de corrente de corrosão semelhantes entre si, independente da densidade de corrente de deposição praticada. Foi evidenciado, por meio da difração de elétrons retroespalhados (Electron Backscattered Diffraction – EBSD) via MEV, que houve mudança da textura cristalográfica do revestimento entre as densidades 10 e 20 Aꞏdm­2. Foi identificada a presença de uma textura preferencial envolvendo as componentes (001) e (742) no revestimento eletrodepositado sob a densidade de 10 Aꞏdm­2. Nas densidades de 20 a 60 Aꞏdm­2 observou­se uma textura preferencial envolvendo as componentes (744) e (743). A evolução da textura preferencial envolveu planos que possuem valores de densidade de empacotamento semelhantes entre si, os quais não comprometem a resistência à corrosão do material, o que está coerente com o desempenho do material em solução tampão citrato pH 3,6.Tinplate is one of the most widely used material to manufacturing of food containers as well as paint and lacquer, solvents, aerosol, cosmetic, pet foods, batteries, etc. Tinplate is essentially a low carbon steel sheet with a tin coating. Nowadays almost all tinplate is produced by electrolytic process. Tinplate produced by electrolytic process results in either mat or bright tinplate ­ the latter is the result of the tin coating melting after its electroplating (flow brightening process). In this present work, the non­reflow tinplates (matte aspect) were produced in laboratory. Both the electrolytic bath (methane sulfonic acid ­ MSA) and the industrial electrolytic baths share the same composition. Different electric current plating densities (10 a 60 Aꞏdm­2) have been used to produce that sample, keeping other process parameters constant. The analysis of microstructure via scanning electron microscopy (SEM) revealed that the different current densities of deposition did not have significant influence on the morphology of the produced coating. The analysis of corrosion resistance, in buffer­pH 3.6 citrate, showed that the results of corrosion current obtained from the samples are similar, despite the different current densities used. The texture analysis showed, by electron backscattered diffraction (EBSD) via SEM, that there was a change on coating crystallography texture between densities 10 and 20 Aꞏdm­2. The presence of preferential texture (001) and (742) has been observed in electroplated coating produced under the density 10 Aꞏdm­2 . In the range densities 20 to 60 Aꞏdm­2 were identified the component (744) and (743). Preferential texture evolution involved planes with similar packing density values, which does not compromise the corrosion resistance of the material, which is consistent with its performance in buffer­pH 3.6 citrate.109 p.Lins, Jefferson Fabrício Cardosohttp://lattes.cnpq.br/7528952471956006Nogueira, Tania Maria Cavalcantihttp://lattes.cnpq.br/1309300835320812Ferreira, Flaviohttp://lattes.cnpq.br/8741029675242016Ferreira, Rosinei Batistahttp://lattes.cnpq.br/5938003791536092http://lattes.cnpq.br/3256825758873281Oliveira, Alessandro Dias de2022-11-09T15:37:10Z2022-11-09T15:37:10Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Alessandro Dias de. Caracterização da textura cristalográfica do revestimento de folhas de flandres e seu desempenho de resistência à corrosão em solução tampão citrato pH 3,6. 2017. 109 f. 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