O perfil das gestantes privadas de liberdade em uma penitenciária do Rio de Janeiro

• Autor(a) principal: Belizário, Kevelyn Souza
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26216
• topic: Prisões; Gestantes; Saúde da mulher; Gravidez; Prisons; Pregnant women; Women's health

Introdução: O confinamento não absolve as mulheres de passar por todas as fases do ciclo reprodutivo, gestação, o parto e a amamentação. O acesso à saúde a pessoas privadas de liberdade é garantido pela constituição de acordo com o artigo 196 da Constituição Federal. O Ministério da Saúde com objetivos de qualificar as redes de atenção materno-infantil em todo o país institui a Rede Cegonha, estratégia que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar as mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar as crianças a direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Todavia, as mulheres privadas de liberdade tem dificuldade de acesso ao programa em toda a sua plenitude (BRASIL, 2011). Objeto de Estudo: O perfil das gestantes privadas de liberdade em uma penitenciaria no Rio de Janeiro. Objetivos Específicos: Apresentar o perfil sociodemográfico das gestantes privadas de liberdade de um presídio no Rio de Janeiro; Caracterizar essas gestantes enquanto perfil obstétrico durante o período prisional. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, com abordagem quantitativa, que utilizou informações de uma base de dados proveniente de uma Dissertação de Mestrado realizada em 2014, referente a oito gestantes privadas de liberdade de um presídio do Rio de Janeiro. Esse estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense sob o Parecer nº 696.795. Resultados: O perfil sociodemografico está condizente com pessoas de baixa renda, com pouca escolaridade e déficit de orientações em saúde, que impactam negativamente no perfil obstétrico. Conclusão: As gestantes são caracterizadas por serem jovens, pardas, ensino fundamental incompleto, solteiras, com outros filhos e não recebedoras do auxilio reclusão, e reclusas por trafico de drogas. Enquanto perfil obstétrico não consumiam álcool, fumantes, usuárias de drogas ilícitas, não possuem IST, negam comorbidades, não realizaram preventivo, e ficaram grávidas antes da reclusão.