Epilepsia ecrises epiléticas em idosos hospitalizados: estudo clínico retrospectivo e prospectivo de coortes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Assis, Telma Maria Rocha de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26655
http://dx.doi.org./10.22409/PPGMN.2020.d.10977996549
Resumo: Introdução: Epilepsia e crises epilépticas são frequentes em idosos hospitalizados e o tratamento usualmente é aquém do ideal; têm como principal etiologia o acidente vascular cerebral (AVC) e estão associadas com taxas elevadas de mortalidade. A recorrência precoce de crises é comum nesta população. Objetivos: (a) Descrever a prevalência etiológica, características das crises epilépticas e perfil do tratamento com drogas antiepilépticas (DAE) em idosos (com 60 anos ou mais) admitidos em um centro terciário; (b) Avaliar os preditores de mortalidade hospitalar e de recorrência precoce de crises (30 dias), em idosos hospitalizados. Métodos: Esta tese de compilação foi composta por seis artigos: (a) Artigo I - Revisão da literatura concernente ao estado de mal epiléptico (EME) em idosos, analisando a epidemiologia, aspectos clínicos e tratamento; (b) Artigo II - Estudo transversal, retrospectivo, de idosos hospitalizados com 60 anos ou mais, conduzido para analisar o perfil do tratamento com DAE em pacientes com epilepsia recém-diagnosticada; (c) Artigo III - Estudo retrospectivo, transversal, de idosos com 60 anos ou mais, que tiveram crises epilépticas durante a internação, desenhado para analisar as etiologias da epilepsia e das crises epilépticas de acordo com os subgrupos obtidos pela mediana da idade (75 anos); (d) Artigo IV – Desenho e população do estudo anterior (Artigo III); analisamos os preditores de mortalidade; (e) Artigo V - Estudo prospectivo, observacional, de idosos hospitalizados com 60 anos ou mais, desenhado para identificar preditores de recorrência precoce de crises; (f) Artigo VI - Estudo prospectivo, para investigar mudanças no padrão de prescrição de DAE em coortes de idosos hospitalizados com diagnóstico de epilepsia entre 2009-2010 e entre 2015-2019. Resultados: Artigo II: Cento e nove pacientes foram incluídos no estudo, sendo que 73,4% deles usaram DAE consideradas inapropriadas (p < 0,001); regime de monoterapia foi prescrito em 71,6% dos pacientes; Artigo III: Estudamos 120 pacientes com idade de 75 ± 9,1 anos. A etiologia mais frequente foi o AVC (48,4%), seguido por neoplasias (13,3%), demências (11,7%) e distúrbios metabólicos (5,8%); Artigo IV: O EME foi o único preditor independente de morte durante a hospitalização (p = 0,004); Artigo V: Da análise dos 109 pacientes incluídos no estudo, identificamos uma alta taxa de multimorbidade (95,4%), maior naqueles que apresentaram recorrência precoce de crises (p = 0,02); a recorrência esteve associada a longo tempo de internação (p = 0,005). Após análise multivariada, sepse (p = 0,011), desordens psiquiátricas (p = 0,032) e arritmias cardíacas (p = 0,037) foram identificados como preditores independentes de risco para recorrência precoce de crises; Artigo VI: Um total de 134 pacientes foram incluídos nesse estudo. Encontramos um declínio significativo no uso de DAE subótimas (de 73,4% para 51,5%; p = 0,0004). O uso da lamotrigina e levetiracetam aumentou expressivamente (de 5,4% para 33,6% e de 0% para 29,1%, respectivamente). O EME convulsivo e as crises agudas sintomáticas associadas com etiologias remotas e progressivas foram fatores de risco para uso de DAE subótimas. Conclusões: Nossos estudos demonstraram a importância da epilepsia e das crises epilépticas no idoso hospitalizado. Confirmamos que o AVC foi sua principal causa, e o EME foi identificado como único preditor independente de morte hospitalar. Os pacientes tiveram alta taxa de multimorbidade e internações prolongadas as quais estiveram associadas com recorrência precoce de crises. Sepse, transtornos psiquiátricos e arritmias cardíacas foram preditores de recorrência precoce de crises. A fenitoína foi a principal DAE subótima prescrita e o EME convulsivo e as crises agudas sintomáticas foram fatores de risco para prescrição da fenitoína
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Métodos: Esta tese de compilação foi composta por seis artigos: (a) Artigo I - Revisão da literatura concernente ao estado de mal epiléptico (EME) em idosos, analisando a epidemiologia, aspectos clínicos e tratamento; (b) Artigo II - Estudo transversal, retrospectivo, de idosos hospitalizados com 60 anos ou mais, conduzido para analisar o perfil do tratamento com DAE em pacientes com epilepsia recém-diagnosticada; (c) Artigo III - Estudo retrospectivo, transversal, de idosos com 60 anos ou mais, que tiveram crises epilépticas durante a internação, desenhado para analisar as etiologias da epilepsia e das crises epilépticas de acordo com os subgrupos obtidos pela mediana da idade (75 anos); (d) Artigo IV – Desenho e população do estudo anterior (Artigo III); analisamos os preditores de mortalidade; (e) Artigo V - Estudo prospectivo, observacional, de idosos hospitalizados com 60 anos ou mais, desenhado para identificar preditores de recorrência precoce de crises; (f) Artigo VI - Estudo prospectivo, para investigar mudanças no padrão de prescrição de DAE em coortes de idosos hospitalizados com diagnóstico de epilepsia entre 2009-2010 e entre 2015-2019. Resultados: Artigo II: Cento e nove pacientes foram incluídos no estudo, sendo que 73,4% deles usaram DAE consideradas inapropriadas (p < 0,001); regime de monoterapia foi prescrito em 71,6% dos pacientes; Artigo III: Estudamos 120 pacientes com idade de 75 ± 9,1 anos. A etiologia mais frequente foi o AVC (48,4%), seguido por neoplasias (13,3%), demências (11,7%) e distúrbios metabólicos (5,8%); Artigo IV: O EME foi o único preditor independente de morte durante a hospitalização (p = 0,004); Artigo V: Da análise dos 109 pacientes incluídos no estudo, identificamos uma alta taxa de multimorbidade (95,4%), maior naqueles que apresentaram recorrência precoce de crises (p = 0,02); a recorrência esteve associada a longo tempo de internação (p = 0,005). Após análise multivariada, sepse (p = 0,011), desordens psiquiátricas (p = 0,032) e arritmias cardíacas (p = 0,037) foram identificados como preditores independentes de risco para recorrência precoce de crises; Artigo VI: Um total de 134 pacientes foram incluídos nesse estudo. Encontramos um declínio significativo no uso de DAE subótimas (de 73,4% para 51,5%; p = 0,0004). O uso da lamotrigina e levetiracetam aumentou expressivamente (de 5,4% para 33,6% e de 0% para 29,1%, respectivamente). O EME convulsivo e as crises agudas sintomáticas associadas com etiologias remotas e progressivas foram fatores de risco para uso de DAE subótimas. Conclusões: Nossos estudos demonstraram a importância da epilepsia e das crises epilépticas no idoso hospitalizado. Confirmamos que o AVC foi sua principal causa, e o EME foi identificado como único preditor independente de morte hospitalar. Os pacientes tiveram alta taxa de multimorbidade e internações prolongadas as quais estiveram associadas com recorrência precoce de crises. Sepse, transtornos psiquiátricos e arritmias cardíacas foram preditores de recorrência precoce de crises. A fenitoína foi a principal DAE subótima prescrita e o EME convulsivo e as crises agudas sintomáticas foram fatores de risco para prescrição da fenitoínaBackground: Epilepsy and epileptic seizures are common among elderly inpatients and treatment is far from ideal; stroke is the commonest etiology. Seizures are associated with high mortality rate and early seizure recurrence is common in this population. Aims: (a) To describe etiological prevalence of epilepsy and epileptic seizures, seizures characteristics and prescribing patterns of antiepileptic drugs (AEDs) in the elders admitted to a tertiary center; (b) To identify predictors of hospital mortality, as well, the predictors of early seizure recurrence (30 days) among elderly inpatients (aged 60 years or older); Methods: This compilation thesis was composed of six articles: (a) Article I - A review of status epilepticus (SE) in the elderly, analyzing the epidemiology, clinical aspects and treatment; (b) Article II - Cross-sectional, retrospective study of elderly inpatients aged 60 years or older, conducted to analyze the prescribing patterns of AEDs in patients with new-onset epilepsy; (c) Article III - Cross-sectional, retrospective study of elders who had epileptic seizures during hospitalization, designed to analyze and comparing etiologies of epilepsy and epileptic seizures between patients aged 60-75 years and patients 76 years and over; d) Article IV – Same design and population as the previous study (Article III); to identify predictors of mortality; (e) Article V - Prospective, observational study of elderly inpatients aged 60 years or older, designed to identify predictors of early seizure recurrence; (f) Article VI - Prospective, observational study performed to determine if there occurred changes in AEDs prescribing patterns in cohorts of elderly inpatients with late-onset epilepsy between 2009-2010 and 2015-2019. Results: Article II: A total of 109 patients were enrolled. We found 73.4% of patients used inappropriate AEDs prescription (p < 0.001); Monotherapy was prescribed for 71.6% of patients; Article III: We studied 120 patients, aged 75 ± 9.1 years. The commonest etiology was stroke (48.4%), followed by neoplasms (13.3%), dementias (11.7%) and metabolic disturbances (5.8%); Article IV: The SE was the unique independent predictor of hospital mortality (p = 0.004); Article V: Overall, 109 patients were enrolled. We found a high multimorbidity rate (95.4%) associated with seizure recurrence (p = 0.02); and, seizure recurrence was associated with a longer length of hospital stay (p = 0.005). After multivariate analysis, sepsis (p = 0.011), psychiatric disorders (p = 0.032), and cardiac arrhythmias (p = 0.037) were identified as predictors of early seizure recurrence; Article VI: The study population comprised 134 inpatients. We observed a significant decline in the use of suboptimal AEDs (73.4% to 51.5%; p = 0.0004). Lamotrigine and levetiracetam (from 5.4% to 33.6%, and from 0% to 29.1%, respectively) usage increased significantly over time. Convulsive SE and acute symptomatic seizures associated with remote and progressive etiologies were risk factors for suboptimal AEDs prescription. Conclusions: Our studies demonstrated the significance of epilepsy and epileptic seizures in elderly inpatients. We confirmed stroke was the commonest etiology, and we found SE was the unique independent predictor of hospital mortality in this population. Elderly inpatients had higher rate of multimorbidity and longer length of stay, which were associated with early seizure recurrence. Sepsis, psychiatric disorders, and cardiac arrhythmias were predictors of early seizure recurrence among elderly inpatients. Phenytoin was the main suboptimal AED, and also convulsive SE and acute symptomatic seizures were risk factors for phenytoin prescription146 f.Nascimento, Osvaldo José Moreira dohttp://lattes.cnpq.br/2844917988504720Moreira Filho, Pedro Ferreirahttp://lattes.cnpq.br/5169733045185254Coutinho, Bruno Mattoshttp://lattes.cnpq.br/1864251126113953Monteiro, Larissa Prazereshttp://lattes.cnpq.br/2440077047572928Melo, Ailton de Souzahttp://lattes.cnpq.br/4392699699378925Prado, Roberto César Pereira dohttp://lattes.cnpq.br/8630959916263263http://lattes.cnpq.br/3721779446859899Assis, Telma Maria Rocha de2022-10-26T12:48:49Z2022-10-26T12:48:49Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfASSIS, Telma Maria Rocha de. Epilepsia ecrises epiléticas em idosos hospitalizados: estudo clínico retrospectivo e prospectivo de coortes. 2020. 146 f. 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