Caracterização e padronização de modelo de cultivo tridimensional da célula de osteosarcoma humano U-2OS para avaliação de novos quimioterápicos

• Autor(a) principal: Oliveira, Bruna Rodrigues de
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31789
• topic: Osteossarcoma; cultivo tridimensional; testes in vitro.; Neoplasia, Osteossarcoma, Medicamento; Osteosarcoma; three-dimensional culture; in vitro tests.

O atual tratamento do osteossarcoma combina a quimioterapia com a ressecção cirúrgica, além da radioterapia em alguns casos. Porém, seus resultados não são satisfatórios, já que a maioria dos pacientes desenvolve metástase até 3 anos após os tratamentos, além de causarem efeitos colaterais que diminuem a qualidade de vida dos pacientes. Então, torna-se urgente o desenvolvimento de novas terapias para essa doença, que têm sido investigadas em estudos in vitro baseados em cultivo tridimensional (2D), visto que é a primeira etapa para avaliar o risco toxicológico do fármaco. Porém, hoje existe um novo paradigma, que são os modelos baseados em cultivo tridimensional (3D), que apresentam características que simulam melhor um microambiente de tumores, melhorando as limitações dos modelos 2D. Contudo, os modelos de osteossarcoma em 3D, como o da U-2OS e a aplicação desses em testes toxicológicos ainda não estão bem padronizados na literatura. Portanto, o presente trabalho buscou padronizar e caracterizar um modelo 3D das células de osteossarcoma humano U-2OS com uma técnica de sobreposição líquida simplificada, adaptada para estudos de novos quimioterápicos. Os resultados obtidos foram que é possível formar esferoides estáveis, compactos e íntegros com a técnica de sobreposição líquida adaptada, em placas de fundo V. Além disso, os agregados celulares apresentam redução de seu tamanho e da densidade obtida em relação à semeada ao longo do período experimental de 7 dias, com diâmetro acima da faixa indicada, porém aspecto uniforme e alta viabilidade. As análises ultraestruturais com MEV, nos permitiram confirmar a compactação esferoidal, com superfície uniforme e heterogênea, além de observar espaços entre as células para a passagem de oxigênio e nutrientes, possíveis depósitos de cálcio e projeções da membrana que indicaram a maturação dos esferoides e presença de mecanorreceptores. Também foi visto que os esferoides são biologicamente competentes, através da dosagem de citocinas e fatores de crescimento, porém não forem capazes de estimular uma grande mineralização, como mostrado nos cortes histológicos. Portanto, foi demonstrado que o modelo apresentado é capaz de melhorar a previsibilidade e aplicabilidade das análises in vitro dos fármacos em fase clínica para o osteossarcoma, de forma mais acessível e reprodutível.