Musicoterapia como intervenção no transtorno de linguagem expressiva (T.L.E.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dal Pizzol, Flávia Christine
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11598
Resumo: Este estudo teve por objetivo apresentar experiência terapêutica da intervenção da musicoterapia clínica no Transtorno de Linguagem Expressiva (T.L.E.), segundo os critérios da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV), em caso de criança atendida no ambulatório de neuropsiquiatria infantil da Faculdade de Medicina da UFF. Crianças diagnosticadas com T.L.E. podem apresentar desde simples atraso no desenvolvimento da linguagem até problemas mais sérios, incluindo a ausência total da linguagem verbal, alterações no desenvolvimento e na vida social. Visando observar possíveis efeitos da utilização da musicoterapia na comunicação verbal e interação de crianças com o diagnóstico de T.L.E., no primeiro momento, foi infrutífera a busca na literatura nacional e internacional, de artigos na última década, sobre musicoterapia no tratamento para crianças com atraso de linguagem, tendo sido utilizado pesquisa no banco de dados SciELO e MEDLINE; no segundo momento, foi realizado estudo prospectivo qualitativo de caso individual em grupo constituído de 05 voluntários na faixa de cinco a dezessete anos. Desse grupo, para ilustrar o objeto do estudo, foi selecionado o paciente voluntário que concluiu todas as sessões propostas. Durante o estudo, foram registrados em vídeo e áudio os processos interativos em ocorrência dos atendimentos clínicos de musicoterapia, no qual se utilizou a técnica da improvisação musical. Posteriormente, os dados foram analisados por meio da microanálise da observação participante e da aplicação da ficha de Interação Sonoro Musical Mediada (ISMM). Considerou-se que os tipos de atendimentos clínicos de musicoterapia no caso do T.L.E., realizados o mais cedo possível, poderiam minimizar o atraso no desenvolvimento da linguagem e os desajustes decorrentes deste atraso, obtendo-se melhoria na qualidade da interação com o outro, e, consequentemente, propiciando a melhoria das funções cognitivas, emocionais e psicossociais da criança. Conclui-se que a musicoterapia favoreceu a comunicação verbal e não verbal em caso de T.L.E., através de intervenções diretas e indiretas que utilizaram a música e/ou seus elementos musicais - som, ritmo, melodia e harmonia - como elemento mediador. A análise dos processos interativos nas sessões de musicoterapia foram úteis para indicar caminhos que possam promover o estabelecimento progressivo da comunicação verbal, sendo que a utilização da análise microgenética–indiciária mostrou-se de grande utilidade para essa finalidade. Por outro lado, a utilização da técnica da improvisação musical parece não ter sido adequada neste caso de T.L.E, enquanto processo musicoterapêutico e de pesquisa. Sugere-se que futuros estudos investiguem a possibilidade de validar a utilização de escalas e instrumentos de avaliação em musicoterapia, no Brasil, pois demonstraram, nesse estudo, que podem ser úteis, tanto para prática clínica quanto para a pesquisa
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Visando observar possíveis efeitos da utilização da musicoterapia na comunicação verbal e interação de crianças com o diagnóstico de T.L.E., no primeiro momento, foi infrutífera a busca na literatura nacional e internacional, de artigos na última década, sobre musicoterapia no tratamento para crianças com atraso de linguagem, tendo sido utilizado pesquisa no banco de dados SciELO e MEDLINE; no segundo momento, foi realizado estudo prospectivo qualitativo de caso individual em grupo constituído de 05 voluntários na faixa de cinco a dezessete anos. Desse grupo, para ilustrar o objeto do estudo, foi selecionado o paciente voluntário que concluiu todas as sessões propostas. Durante o estudo, foram registrados em vídeo e áudio os processos interativos em ocorrência dos atendimentos clínicos de musicoterapia, no qual se utilizou a técnica da improvisação musical. Posteriormente, os dados foram analisados por meio da microanálise da observação participante e da aplicação da ficha de Interação Sonoro Musical Mediada (ISMM). Considerou-se que os tipos de atendimentos clínicos de musicoterapia no caso do T.L.E., realizados o mais cedo possível, poderiam minimizar o atraso no desenvolvimento da linguagem e os desajustes decorrentes deste atraso, obtendo-se melhoria na qualidade da interação com o outro, e, consequentemente, propiciando a melhoria das funções cognitivas, emocionais e psicossociais da criança. Conclui-se que a musicoterapia favoreceu a comunicação verbal e não verbal em caso de T.L.E., através de intervenções diretas e indiretas que utilizaram a música e/ou seus elementos musicais - som, ritmo, melodia e harmonia - como elemento mediador. A análise dos processos interativos nas sessões de musicoterapia foram úteis para indicar caminhos que possam promover o estabelecimento progressivo da comunicação verbal, sendo que a utilização da análise microgenética–indiciária mostrou-se de grande utilidade para essa finalidade. Por outro lado, a utilização da técnica da improvisação musical parece não ter sido adequada neste caso de T.L.E, enquanto processo musicoterapêutico e de pesquisa. Sugere-se que futuros estudos investiguem a possibilidade de validar a utilização de escalas e instrumentos de avaliação em musicoterapia, no Brasil, pois demonstraram, nesse estudo, que podem ser úteis, tanto para prática clínica quanto para a pesquisaThis paper aimed to present a therapeutic experience of the clinical music therapy’s intervention in the Expressive Language Disorder (E.L.D), this being in agreement with the criteria of the American Psychiatric Association (DSM-IV) in relation to a child being treated at the UFF’s Medical School’s child neuropsychiatry clinic. Children who are diagnosed with E.L.D may show from a simple delay in language development to more serious problems, including the total lack of spoken language and the alteration in their development and in their social life. Aiming to observe possible effects of the music therapy’s use in verbal communication and interaction with children with E.L.D diagnosis, at first, the search on music therapy as a treatment for children with speech delay, which employed the database of SciELO e MEDLINE, was unsuccessful, the search proved to be fruitless in relation to the literature of articles from the last decade relating to music therapy as a treatment for children with speech delay, not only at the national but also at the international level; secondly, it was performed a qualitative prospective study of an individual case in a group of 05 volunteers from the age of five to seventeen years old. From this group, to illustrate the object of the study, it was selected the volunteer patient who concluded all sessions that were proposed. Throughout the study, the interactive processes resulted from the music therapy’s clinical visits, in which it was used the technique of the musical improvisation; they were all recorded on video and audio. Subsequently, the data were analysed through the microanalyses of the participant observation, and the implementation of the Musical Sound Mediated Interaction’s (MSMI) record. It was considered that the types of music therapy’s clinical care in the E.L.D., when performed as early as possible, could minimize the delay in language development and the imbalance resulting from this delay, improving the quality of interaction with others, and thus enabling the improvement of cognitive, emotional and psychosocial functions on children. The paper concludes that music therapy encouraged the verbal and non-verbal communication in cases of E.L.D., through direct and indirect interventions that use music and/or its musical elements - sound, rhythm, melody and harmony - as a mediator element. In music therapy sessions, the analysis of the interactive processes were useful to indicate ways that could promote the progressive establishment of verbal communication, being that the utilization of microgenetic-indiciary analisys proved itself very useful for this purpose. On the other hand, the use of the musical improvisation technique as a research and the music therapeutic process seemed to not be appropriate in this E.L.D. case. It is suggested that future studies should investigate the possibility of validation on the use of scales and music therapy assessment instruments in Brazil, as in this study they have proven to be useful, both to clinical practice and for research purpose99f.Werner Junior, JairoWalter, Cátia Crivelenti de FigueiredoVasconcelos, Tania deHerdy, Gesmar Volga Haddadhttp://lattes.cnpq.br/9139522343665509http://lattes.cnpq.br/7176685293384627http://lattes.cnpq.br/4061818490832341http://lattes.cnpq.br/3333782223605106Dal Pizzol, Flávia Christine2019-10-08T12:03:43Z2019-10-08T12:03:43Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfDAL PIZZOL, Flávia Christine. Musicoterapia como intervenção no transtorno de linguagem expressiva (T.L.E.). 2014. 98 f. 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