O longo bonapartismo brasileiro (1930-1964): autonomização relativa do Estado, populismo, historiografia e movimento operário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/16027 |
Resumo: | A finalidade deste trabalho é assinalar a presença da idéia de autonomização relativa do Estado, fenômeno histórico-político abordado por alguns clássicos do pensamento marxista, em alguns dos destacados trabalhos científicos que se dedicaram ao chamado período populista da história nacional. Mais especificamente, buscaremos expor como o conceito de bonapartismo, tal como foi trabalhado e desenvolvido por autores como Marx, Engels, Trotsky e Gramsci, se encontra presente em uma parcela da produção bibliográfica acadêmica que visou à compreensão das relações entre classes sociais e Estado no período da república brasileira localizado entre 1930 e 1964. Ademais, este trabalho também objetiva evidenciar a existência de uma relação pouco conhecida – para não dizermos simplesmente ignorada – entre essas interpretações acadêmicas sobre o período populista brasileiro e aquelas que, bem antes, no calor dos acontecimentos, haviam sido elaboradas por organizações políticas do movimento operário entre os anos 1930-1964. Mais especificamente, intentamos expor como pequenos agrupamentos de extração trotskista (ou próximos ao trotskismo), como a Liga Comunista Internacionalista (LCI), o Partido Operário Leninista (POL), o Partido Socialista Revolucionário (PSR), o Partido Operário Revolucionário (POR) e a Política Operária (POLOP) anteciparam, em suas análises conjunturais sobre o caráter político assumido pela dominação de classe no país, muitos elementos que, mais tarde, reapareceriam nas tais interpretações acadêmicas sobre o período populista. Além de todas essas questões de caráter historiográfico, o presente trabalho traz também, ao seu final, uma proposta nossa de interpretação histórica do processo político brasileiro do período 1930-1964 realizada à luz do que chamamos de uma “teoria do bonapartismo”. |
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O longo bonapartismo brasileiro (1930-1964): autonomização relativa do Estado, populismo, historiografia e movimento operárioBonapartismoPopulismoCesarismoLeón TrotskyBonapartismoPopulismo no BrasilEstado - aspecto históricoPolítica brasileiraMovimento de trabalhadorBonapartismPopulismCaesarismLeon TrotskyA finalidade deste trabalho é assinalar a presença da idéia de autonomização relativa do Estado, fenômeno histórico-político abordado por alguns clássicos do pensamento marxista, em alguns dos destacados trabalhos científicos que se dedicaram ao chamado período populista da história nacional. Mais especificamente, buscaremos expor como o conceito de bonapartismo, tal como foi trabalhado e desenvolvido por autores como Marx, Engels, Trotsky e Gramsci, se encontra presente em uma parcela da produção bibliográfica acadêmica que visou à compreensão das relações entre classes sociais e Estado no período da república brasileira localizado entre 1930 e 1964. Ademais, este trabalho também objetiva evidenciar a existência de uma relação pouco conhecida – para não dizermos simplesmente ignorada – entre essas interpretações acadêmicas sobre o período populista brasileiro e aquelas que, bem antes, no calor dos acontecimentos, haviam sido elaboradas por organizações políticas do movimento operário entre os anos 1930-1964. Mais especificamente, intentamos expor como pequenos agrupamentos de extração trotskista (ou próximos ao trotskismo), como a Liga Comunista Internacionalista (LCI), o Partido Operário Leninista (POL), o Partido Socialista Revolucionário (PSR), o Partido Operário Revolucionário (POR) e a Política Operária (POLOP) anteciparam, em suas análises conjunturais sobre o caráter político assumido pela dominação de classe no país, muitos elementos que, mais tarde, reapareceriam nas tais interpretações acadêmicas sobre o período populista. Além de todas essas questões de caráter historiográfico, o presente trabalho traz também, ao seu final, uma proposta nossa de interpretação histórica do processo político brasileiro do período 1930-1964 realizada à luz do que chamamos de uma “teoria do bonapartismo”.This work highlights the idea of a relative autonomization of the State - a socialpolitical phenomenon discussed by some Marxist classics - in some of the important scientific works dealing with the so-called populist period of Brazil's history. It is shown how the concept of Bonapartism, as developed by authors such as Marx, Engels, Trotsky and Gramsci, is present in part of the academic production that sought to understand the relations between social classes and the State in the Brazilian republic between 1930 and 1964. In addition, evidence brought forward of a relatively unknown - or perhaps ignored - relation between that academic production and works produced in the 1930-1964 period by political organizations of the labour movement in the heat of the events. It is shown how small trotskyist groups (or groups close to Trotskyism) - such as the Internationalist Communist League (LCI), the Leninist Labourers' Party (POL), the Socialist Revolutionary Party (PSR), the Revolutionary Labourers' Party (POR) and Labourer Politics (POLOP) - appear to have anticipated, in their conjunctural analyses of the political character of class domination in Brazil, many of the elements which, later, would reappear in the academic interpretations of the populist period. In addition to those historiographic questions, the present work also advances a historical interpretation of the Brazilian political process in the 1930-1964 period elaborated in the light of what is here called a "theory of Bonapartism".506 p.NiteróiMattos, Marcelo BadaróFontes, Virginia Maria Gomes de MattosLemos, Renato Luís do Couto Neto eBianchi, AlvaroArcary, ValerioDemier, Felipe Abranches2020-11-19T19:38:18Z2020-11-19T19:38:18Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfDEMIER, Felipe Abranches. O longo bonapartismo brasileiro (1930-1964): autonomização relativa do Estado, populismo, historiografia e movimento operário. 2012. 2 v. 506f. Tese (Doutorado em Poder e Sociedade) - Universidade Federal Fluminense. Departamento de História, 2012.https://app.uff.br/riuff/handle/1/16027Aluno de Doutoradohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-08-23T13:34:23Zoai:app.uff.br:1/16027Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:58:39.448111Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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