Modelagem de fluxo e transporte em meio poroso de contaminantes inorgânicos em área de indústria desativada

• Autor(a) principal: Carvalho, Ubirajara Hutter
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7696
• topic: Água subterrânea; Contaminação; Cádmio; Zinco; Impacto ambiental; Contaminação; Impacto ambiental; Água subterrânea; Transporte; Produção intelectual; Underground water; Contamination; Cadmium; Zinc; Environmental impact

A maioria dos processos industriais gera durante ou ao final do seu ciclo de produção resíduos sólidos, gasosos ou líquidos, os quais se não tiverem uma correta destinação e tratamento podem gerar riscos ao meio ambiente e a saúde humana. A área de estudo se localiza no município de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro, suas atividades consistiam em uma unidade fabril de produção de óxido de zinco e cádmio metálico, esteve em operação durante 24 anos, sendo comum durante esse período o descarte de resíduos classe 01, que continha substâncias metálicas como cádmio e zinco que contaminaram o solo e a água subterrânea. Mesmo após intervenção com a remoção de solo contaminado em duas partes do terreno, na água subterrânea ainda persistem concentrações significativas e acima dos padrões de referências para essas substâncias inorgânicas. Desta forma o estudo busca verificar o potencial de alcance destes elementos em meio subterrâneo, afim de identificar se podem ou não atingir áreas vulneráveis de sua vizinhança. Para isto foi utilizada ferramenta de modelagem matemática, a partir do software MODFLOW. Essa modelagem de fluxo e transporte dos contaminantes cádmio e zinco considerou o cenário atual e a migração futura desses metais no aquífero, num prognóstico de 50 anos, a partir das concentrações de 26,8 mg/L para zinco e de 3,81 mg/L para cádmio encontradas no local. Os parâmetros que se mostraram mais sensíveis aos modelos foram a condutividade hidráulica, a recarga, a evapotranspiração e a porosidade efetiva. O fluxo de água subterrânea tende para o sentido de noroeste para sudeste, na direção do rio Calombé e de áreas residenciais. Conclui-se que, o máximo que as plumas de zinco e cádmio avançariam seria 25 metros em 50 anos, não atingindo o rio Calombé, podendo atingir a áreas residenciais vizinhas.