Características do aporte de serapilheira e do lençol freático em floresta inundável de restinga em restauração no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula, Beatriz Pereira Figueira de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29729
Resumo: As restingas são ecossistemas costeiros formados por um mosaico vegetacional que inclui as florestas inundáveis, localizadas nas depressões entre cordões arenosos ou próximas de lagunas costeiras e sujeitas ao afloramento do lençol freático. Desde 2011 a equipe do Laboratório de Ecologia Animal e Vegetal da Universidade Federal Fluminense monitora áreas destas florestas em restauração no Parque Natural Municipal de Marapendi, em plantios realizados há mais de 20 anos pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O presente estudo descreve características do aporte de serapilheira, um dos indicadores ambientais do sucesso da restauração, do lençol freático e da Laguna de Marapendi. O aporte de serapilheira foi amostrado em sete áreas de plantio em quatro coletas de fevereiro a junho de 2023, onde foram instalados três coletores de 0,25 m² em cada parcela. As frações folhas, ramos e outros foram triadas e pesadas. A contribuição específica dentro da fração foliar foi identificada sempre que possível e para facilitar esta identificação foi proposta uma chave dicotômica. Não houve diferença estatística no aporte de serapilheira entre as parcelas, porém foram encontradas diferenças entre os períodos tanto para o aporte total como para o aporte foliar. As espécies mais abundantes no aporte foliar de cada parcela são as encontradas com maior área basal no estrato adulto, sendo que Inga laurina, presente em seis das sete parcelas, foi a espécie mais abundante. Foram coletadas amostras da água da Laguna de Marapendi e do lençol freático em sete parcelas de plantio para determinações de fósforo e amônio dissolvidos, pH, temperatura e salinidade. A média de salinidade do lençol freático nas áreas de plantio (0,1±0,06) está bem abaixo da salinidade da Laguna, sugerindo que esta não interfere no lençol freático. Pode-se concluir que o aporte de serapilheira das áreas de plantio assemelha- se ao de outras florestas inundáveis de restinga, indicando bom desenvolvimento da estrutura dessa vegetação. Os nutrientes do lençol freático apresentaram correlação com a profundidade. É de grande importância que mais estudos sobre a ciclagem de nutrientes envolvendo a floresta inundável de restinga e o lençol freático sejam realizados no Parque Natural Municipal de Marapendi, a fim de entender melhor seu funcionamento e se os impactos antrópicos do despejo inadequado de esgoto na Laguna de Marapendi podem afetar a restauração deste ecossistema.
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O presente estudo descreve características do aporte de serapilheira, um dos indicadores ambientais do sucesso da restauração, do lençol freático e da Laguna de Marapendi. O aporte de serapilheira foi amostrado em sete áreas de plantio em quatro coletas de fevereiro a junho de 2023, onde foram instalados três coletores de 0,25 m² em cada parcela. As frações folhas, ramos e outros foram triadas e pesadas. A contribuição específica dentro da fração foliar foi identificada sempre que possível e para facilitar esta identificação foi proposta uma chave dicotômica. Não houve diferença estatística no aporte de serapilheira entre as parcelas, porém foram encontradas diferenças entre os períodos tanto para o aporte total como para o aporte foliar. As espécies mais abundantes no aporte foliar de cada parcela são as encontradas com maior área basal no estrato adulto, sendo que Inga laurina, presente em seis das sete parcelas, foi a espécie mais abundante. Foram coletadas amostras da água da Laguna de Marapendi e do lençol freático em sete parcelas de plantio para determinações de fósforo e amônio dissolvidos, pH, temperatura e salinidade. A média de salinidade do lençol freático nas áreas de plantio (0,1±0,06) está bem abaixo da salinidade da Laguna, sugerindo que esta não interfere no lençol freático. Pode-se concluir que o aporte de serapilheira das áreas de plantio assemelha- se ao de outras florestas inundáveis de restinga, indicando bom desenvolvimento da estrutura dessa vegetação. Os nutrientes do lençol freático apresentaram correlação com a profundidade. É de grande importância que mais estudos sobre a ciclagem de nutrientes envolvendo a floresta inundável de restinga e o lençol freático sejam realizados no Parque Natural Municipal de Marapendi, a fim de entender melhor seu funcionamento e se os impactos antrópicos do despejo inadequado de esgoto na Laguna de Marapendi podem afetar a restauração deste ecossistema.Restingas are coastal ecosystems formed by a vegetational mosaic that includes floodable forests, located in depressions between sandy ridges and subject to the upwelling of the water table. Since 2011, the team from the Laboratory of Animal and Plant Ecology at the Fluminense Federal University has been monitoring areas of these forests undergoing restoration in the Municipal Natural Park of Marapendi, with plantings older than 20 years old. The present study raised characteristics of the litterfall, the water table and the Marapendi lagoon. Water samples were collected from the Marapendi lagoon and from the water table in seven plantation plots for measurements of dissolved phosphorus and ammonium, pH, temperature and salinity. The litterfall from 4 periods of 2023 was sampled in seven planting areas, through the implementation of three collectors of 0.25 m² arranged in each plot. The leaf, branch and other fractions were separated and weighed, and the participation of each species in the leaf contribution was identified and weighed. There was no statistical difference in litter input between plots but between periods. The most abundant species in the leaf contribution of each plot are those found with the largest basal area in the adult stratum, with Inga laurina, present in six of the seven plots, being the most abundant species. The average salinity of the water table in the planting areas (0.1±0.06) is well below the salinity of the lagoon, suggesting that the lagoon does not interfere with the water table. It can be concluded that the input of litter in the planting areas is similar to that of other floodplain forests, indicating good development of the structure of this vegetation. Water table nutrients correlated with its depth level. It is very important that more studies on the cycling of nutrients involving the floodplain forest of restinga and the water table be carried out in the Parque Natural Municipal de Marapendi, in order to understand how the anthropic impacts of the inadequate discharge of sewage in the lagoon of Marapendi can affect the restoration of this ecosystem.55 p.Leal, Luiz Roberto Zamith Coelhohttp://lattes.cnpq.br/7603294946837015Marques Júnior, Aguinaldo Nepomucenohttp://lattes.cnpq.br/2750898184469919Brandes, Arno Fritz das Neveshttp://lattes.cnpq.br/8032954971431439Pereira, Marcos Gervasiohttp://lattes.cnpq.br/3657759682534978Lema, Maurício Lorenzo Cerdahttp://lattes.cnpq.br/2875410796706077http://lattes.cnpq.br/2494828607543381Paula, Beatriz Pereira Figueira de2023-08-02T13:19:34Z2023-08-02T13:19:34Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfPAULA, Beatriz Pereira Figueira de. 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