Imagens da cidade e geopoética (pelo direito de sonhar a cidade)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24022 |
Resumo: | Denunciando a fragmentação da Imagem do Mundo pela herança metafísica que separou o homem da natureza e com a ciência subjugou a sensibilidade pela técnica, o presente trabalho visa reafirmar o papel da imaginação poética na construção de uma imagem viva da cidade. A imagem primordial da cidade nascida outrora de uma cosmovisão acabou sendo ao longo da história geometrizada pela razão e produção industrial, transformando-se na cidade-máquina destruidora do ambiente e da sociabilidade. Buscando reinventar-se, ela é hoje novamente dividida entre o modelo naturalista e progressista reproduzindo a velha docotomia. Por isso sustentamos nesta tese que para se reconectar com a vida, devolvendo lhe sentido, é preciso adotar uma nova imagem de mundo (Ecúmeno), assim designado por Augustin Berque como a relação ao mesmo tempo sensível e concreta, símbolica e técnica do homem com o meio, capaz de promouvoir sentimentos de pertencimento e uma qualidade poetica do habitar na cidade. Redimida pela fenomenologia da imaginação criadora de Bachelard e pela geografia humanista, o espaço reencontra hoje uma ontologia e vitalidade primordial, permitindo tecer laços íntimos com os lugares, suas matrizes cósmicas. Mostramos aqui que a arte contemporânea com suas diversas modalidades expressivas e novos regimes de fruição e visibilidade, contribuam na reinvenção do futuro da cidade, promovendo novos modos de sociabilidade e fortalecendo uma arquitessitura afetiva, cósmica e técnica que lhe dá sentido, apropriada a nova conciência planetária voltada para a sustentabilidade. Com a cidade de Nice (França) exemplificamos um tipo de intervenção urbana que fortaleceu os lugares com obras de artes públicas, e cujas geopoéticas restabelecem um helo da cidade com sua matriz paisagística, dando lhe sentido. Conciliando em sua tradição, razão e sensibilidade, passado e futuro,natureza e progresso, local e global, Nice persegue o eixo ascensional da imaginaçao poética inspirada pela paisagem em direção a uma feliz-cidade, uma felicidade com uma fisionomia humano e um horizonte terrestre. |
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Por isso sustentamos nesta tese que para se reconectar com a vida, devolvendo lhe sentido, é preciso adotar uma nova imagem de mundo (Ecúmeno), assim designado por Augustin Berque como a relação ao mesmo tempo sensível e concreta, símbolica e técnica do homem com o meio, capaz de promouvoir sentimentos de pertencimento e uma qualidade poetica do habitar na cidade. Redimida pela fenomenologia da imaginação criadora de Bachelard e pela geografia humanista, o espaço reencontra hoje uma ontologia e vitalidade primordial, permitindo tecer laços íntimos com os lugares, suas matrizes cósmicas. Mostramos aqui que a arte contemporânea com suas diversas modalidades expressivas e novos regimes de fruição e visibilidade, contribuam na reinvenção do futuro da cidade, promovendo novos modos de sociabilidade e fortalecendo uma arquitessitura afetiva, cósmica e técnica que lhe dá sentido, apropriada a nova conciência planetária voltada para a sustentabilidade. Com a cidade de Nice (França) exemplificamos um tipo de intervenção urbana que fortaleceu os lugares com obras de artes públicas, e cujas geopoéticas restabelecem um helo da cidade com sua matriz paisagística, dando lhe sentido. Conciliando em sua tradição, razão e sensibilidade, passado e futuro,natureza e progresso, local e global, Nice persegue o eixo ascensional da imaginaçao poética inspirada pela paisagem em direção a uma feliz-cidade, uma felicidade com uma fisionomia humano e um horizonte terrestre.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDénonçant l’image d’un monde fragmenté par la métaphysique qui sépare l’homme de la nature et qui, avec l’avénement de la science et de la technique, subjugua la sensibilité, la présente étude vient reaffirmer le rôle de l’imagination poétique et créatrice dans la construction d’une image vivante de la ville. L’image primordial de la cité qui jadis se fondée sur une cosmovision fut au cours de l’histoire geométrisée par la raison et production industrielle, se transformant en cette ville-machine dévorant milieu ambiant et sociabilité. Anxieuse de se reinventer, la ville d’aujourd’hui est á nouveau dichotomizée entre un modéle naturaliste et progressiste. Nous argumentons ici, que pour la reintegrer á la vie, il est dés lors nécessaire d’adopter une autre image du monde; l’Écouméne, ainsi designée par Augustin Berque comme une relation á la fois sensible et concrète, symbolique et technique de l’homme au milieu, capable de promouvoir des liens d’ancrage et une qualité poétique de l’habiter. Avec l’avénement de la phénoménologie de l’imagination créatrice de Bachelard et de la géographie humaniste, l’espaçe retrouve une ontologie et vitalité primordiale nous permettant de tisser des liens d’intimité avec les lieux et leurs matrices cósmiques. Nous soutenons ici que l’art contemporain, avec ses nouveaux regimes de reception participative et visibilité selon la perspective phénoménologique, contribue á reinventer un futur pour la ville et promouvoir de nouveaux modes de sociabilité et une architessiture affective, cosmique et technique qui restitue un sens á l’urbain approprié á une conscience planétaire tournée vers le durable. Á Nice (France), nous trouvons un exemple d’intervention urbaine dont les oeuvres d’art publiques par la geopoetique renforçent ses lieux et lui donnent sens, rétablissant justement le lien étroit entre la ville et sa matrice cosmique. Conciliant par tradition, nature et progrés, raison et sensibilité, passé et futur, local et global, la ville de NICE poursuit cette intégration et sentiment d’appartenance suivant l’axe ascensionel de l’imagination poétique qu’inspire son paysage vers l’image d’une cité heureuse, d’une félicité au visage humain et d’horizon terrestre.317 f.NiteróiHolzer, WertherCarvalho, Thereza Christina CoutoBarbosa, Jorge LuizSerpa, Angelo Szaniecki PerretMarandola Junior, Eduardo JoséHillaire, NorbertCrapez, Pierre Georges Gabriel2021-12-20T23:57:12Z2021-12-20T23:57:12Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://app.uff.br/riuff/handle/1/24022Aluno de DoutoradoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-12-20T23:57:15Zoai:app.uff.br:1/24022Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:10:23.531347Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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