"Não deixou bens" : A palavra dos mortos e a garantia dodireito à saúde no sistema prisional do Estado do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/25424 |
Resumo: | O presente trabalho trata do acesso à saúde no sistema prisional. A pesquisa tem por objetivo responder quais labirintos burocráticos a efetivação do direito à saúde pelas pessoas privadas de liberdade no Estado do Rio de Janeiro precisa percorrer e de que modo esses procedimentos obstaculizam a garantia do referido direito. Apesar da grande relevância do tema, sobretudo no cenário de um estado de coisas inconstitucional reconhecido pelo próprio Supremo Tribunal Federal, carece de sistematização, pretensão que orienta a elaboração do estudo. Para tanto, procede-se a uma escavação do enterramento burocrático da pena. Em um primeiro momento, foi explorada a complexidade conceitual da saúde e fatores que nela incidem no cárcere, bem como delineadas as normas que pretendem assegurá-la à população prisional nos âmbitos nacional e estadual. Após, buscou-se cartografar as estruturas que de fato existem com esse fito, abarcando tanto procedimentos quanto unidades físicas e recursos materiais e humanos. Com essa contextualização, teve início a escavação propriamente dita, a partir da análise dos dados apreensíveis referentes aos indivíduos que faleceram nos estabelecimentos prisionais do Estado do Rio de Janeiro no ano de 2019. Conclui-se que o apreendido contorna um retrato da necropolítica estatal e do extermínio da população negra. |
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"Não deixou bens" : A palavra dos mortos e a garantia dodireito à saúde no sistema prisional do Estado do Rio de JaneiroSaúdeSistema prisionalRacismoNecropolíticaGenocídioDireito PenitenciárioSistema CarcerárioSaúdeSaludSistema penitenciarioRacismoNecropolíticaGenocidio.O presente trabalho trata do acesso à saúde no sistema prisional. A pesquisa tem por objetivo responder quais labirintos burocráticos a efetivação do direito à saúde pelas pessoas privadas de liberdade no Estado do Rio de Janeiro precisa percorrer e de que modo esses procedimentos obstaculizam a garantia do referido direito. Apesar da grande relevância do tema, sobretudo no cenário de um estado de coisas inconstitucional reconhecido pelo próprio Supremo Tribunal Federal, carece de sistematização, pretensão que orienta a elaboração do estudo. Para tanto, procede-se a uma escavação do enterramento burocrático da pena. Em um primeiro momento, foi explorada a complexidade conceitual da saúde e fatores que nela incidem no cárcere, bem como delineadas as normas que pretendem assegurá-la à população prisional nos âmbitos nacional e estadual. Após, buscou-se cartografar as estruturas que de fato existem com esse fito, abarcando tanto procedimentos quanto unidades físicas e recursos materiais e humanos. Com essa contextualização, teve início a escavação propriamente dita, a partir da análise dos dados apreensíveis referentes aos indivíduos que faleceram nos estabelecimentos prisionais do Estado do Rio de Janeiro no ano de 2019. Conclui-se que o apreendido contorna um retrato da necropolítica estatal e do extermínio da população negra.Este trabajo trata del acceso a la asistencia sanitaria en el sistema penitenciario. La investigación pretende responder qué laberintos burocráticos debe atravesar la efectividad del derecho a la salud de las personas privadas de libertad en el Estado de Río de Janeiro y cómo estos procedimientos dificultan la garantía de ese derecho. A pesar de la gran relevancia del tema, especialmente en el escenario de un estado de cosas inconstitucional reconocido por el propio Tribunal Supremo, carece de sistematización, pretensión que guía la elaboración del estudio. Para ello, se procede a una excavación del enterramiento burocrático de la pena. En un primer momento, se exploró la complejidad conceptual de la salud y los factores que la afectan en la cárcel, así como se expusieron las normas que pretenden garantizarla a la población penitenciaria a nivel nacional y estatal. A continuación, se trató de cartografiar las estructuras realmente existentes con este fin, abarcando tanto los procedimientos y unidades físicas como los recursos materiales y humanos. Con esta contextualización se inició la excavación propiamente dicha, a partir del análisis de los datos aprehensibles referidos a los individuos fallecidos en las cárceles del Estado de Río de Janeiro en el año 2019. Se concluye que lo aprehendido perfila un retrato de la necropolítica estatal y del exterminio de la población negra.101Batista, Bárbara Gomes Lupettihttp://lattes.cnpq.br/6684240224402695Sánchez, Alexandra Augusta Margarida Maria Romahttp://lattes.cnpq.br/2091947325900645Nicolitt, André Luizhttp://lattes.cnpq.br/5066963398936027Lopez, Carolina Galvão2022-06-25T00:08:35Z2022-06-25T00:08:35Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfLOPEZ, Carolina Galvão. "Não deixou bens" : A palavra dos mortos e a garantia do direito à saúde no sistema prisional do Estado do Rio de Janeiro. 2021. 101 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.http://app.uff.br/riuff/handle/1/25424CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-06-25T00:08:39Zoai:app.uff.br:1/25424Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:06:46.168719Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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