Análises plasmáticas veterinárias no diagnóstico da obesidade e suas variações após o treinamento aeróbio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fragoso, Vinicius Sepúlveda
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15992
Resumo: INTRODUÇÃO: A obesidade alcançou proporções epidêmicas nos últimos anos. Os métodos mais comuns para seu diagnóstico são o cálculo do índice de massa corporal (IMC) e medidas de composição corporal. Apesar da praticidade e da consistente associação epidemiológica positiva com risco de morbidade e mortalidade em pacientes obesos, o IMC possui importantes limitações no diagnóstico da obesidade a nível individual. Tendo em vista as bem estabelecidas melhoras metabólicas promovidas pelo exercício físico, o presente estudo busca mostrar, em modelo animal, a importância das análises bioquímicas plasmáticas de perfil glicídico e lipídico no diagnóstico e acompanhamento da obesidade. OBJETIVO: Mostrar a importância das análises bioquímicas no diagnóstico da obesidade e em resposta ao treinamento aeróbio, por meio de um comparativo em modelo animal de obesidade induzida por dieta. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo aprovado pelo CEUA/UFF-2504060718. Camundongos C57BL/6 foram alimentados com uma dieta controle (SC, n=10) ou hiperlipídica (HF, n=20) por 16 semanas. Na oitava semana, o grupo HF foi aleatoriamente dividido em um grupo sedentário HF (n=10) e um grupo que iniciou protocolo de treinamento aeróbio de 300 minutos semanais a 60% da capacidade máxima dos animais (HF-T, n=10). A massa corporal (MC) foi mensurada semanalmente. Decorridas oito semanas de treinamento, foram realizados o teste oral de tolerância a glicose (TOTG) e as análises plasmáticas de perfil glicídico e lipídico. Os dados foram analisados por teste t-Student ou one-way ANOVA com pós-teste Holm-Sidak, e apresentados como média ± desvio padrão. RESULTADOS: O grupo HF apresentou maior MC, glicemia de jejum, insulina de jejum, índice HOMA-IR e área sob a curva do TOTG em comparação ao grupo SC, assim como maiores concentrações de colesterol e triglicerídeos plasmáticos. O grupo HF-T, quando comparado ao grupo HF, mostrou menores níveis de todos os parâmetros avaliados com exceção das concentrações de triglicerídeos plasmáticos. Diferente do grupo HF, entretanto, o grupo HF-T não apresentou hipertrigliceridemia em comparação ao grupo SC. CONCLUSÃO: O presente trabalho apresenta um modelo que ressalta o papel fundamental da caracterização dos perfis lipídico e de sensibilidade insulínica de pacientes obesos.
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Tendo em vista as bem estabelecidas melhoras metabólicas promovidas pelo exercício físico, o presente estudo busca mostrar, em modelo animal, a importância das análises bioquímicas plasmáticas de perfil glicídico e lipídico no diagnóstico e acompanhamento da obesidade. OBJETIVO: Mostrar a importância das análises bioquímicas no diagnóstico da obesidade e em resposta ao treinamento aeróbio, por meio de um comparativo em modelo animal de obesidade induzida por dieta. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo aprovado pelo CEUA/UFF-2504060718. Camundongos C57BL/6 foram alimentados com uma dieta controle (SC, n=10) ou hiperlipídica (HF, n=20) por 16 semanas. Na oitava semana, o grupo HF foi aleatoriamente dividido em um grupo sedentário HF (n=10) e um grupo que iniciou protocolo de treinamento aeróbio de 300 minutos semanais a 60% da capacidade máxima dos animais (HF-T, n=10). A massa corporal (MC) foi mensurada semanalmente. Decorridas oito semanas de treinamento, foram realizados o teste oral de tolerância a glicose (TOTG) e as análises plasmáticas de perfil glicídico e lipídico. Os dados foram analisados por teste t-Student ou one-way ANOVA com pós-teste Holm-Sidak, e apresentados como média ± desvio padrão. RESULTADOS: O grupo HF apresentou maior MC, glicemia de jejum, insulina de jejum, índice HOMA-IR e área sob a curva do TOTG em comparação ao grupo SC, assim como maiores concentrações de colesterol e triglicerídeos plasmáticos. O grupo HF-T, quando comparado ao grupo HF, mostrou menores níveis de todos os parâmetros avaliados com exceção das concentrações de triglicerídeos plasmáticos. Diferente do grupo HF, entretanto, o grupo HF-T não apresentou hipertrigliceridemia em comparação ao grupo SC. CONCLUSÃO: O presente trabalho apresenta um modelo que ressalta o papel fundamental da caracterização dos perfis lipídico e de sensibilidade insulínica de pacientes obesos.INTRODUCTION: Obesity has become epidemic over the last years. The body mass index (BMI) and body composition measures are among the most frequent methods used for obesity diagnosis. Despite the practical advantages of the BMI and the strong epidemiological association between high BMI and increased morbity and mortality, the BMI presents important limitations for obesity diagnosis at individual levels. Taking into account the well established metabolic improvements promoted by exercise training, we sought to show, through an aminal model, the importance of the plasmatic biochemical analyses of lipid and glucose profile over diagnosis and follow-up of obese patients. OBJECTIVE: We sought to highlight the importance of biochemical analysis over obesity diagnosis and in response to aerobic training, through a diet-induced obesity model comparison. MATERIAL AND METHODS: Study protocol approved by CEUA/UFF-2504060718. C57BL/6 mice were fed a standard chow (SC, n=10) or a high fat chow (n=20) for 16 weeks. At the 8th week, the HF group was randomly divided into a sedentary group (HF, n=10) or into a group that engaged an aerobic training protocol, 300 min/week at 60% of animal maximum capacity (HF-T, n=10). Body mass (BM) was measured weekly. After eight weeks of training, the oral glucose tolerance test (OGTT) and plasmatic analyses were performed. Data presented as mean±SD and analyzed by one-way ANOVA with Holm–Sidak post-hoc test (p<0,05). RESULTS: HF group presented an increase in BM, fasting glucose, fasting insulin, HOMA-IR index and in the area under curve of the OGTT in comparison to SC group, as well as increased cholesterol and triglycerides levels. HF-T group, when compared to HF, showed lower levels of all the mentioned measures in relation to HF group, except the triglycerides levels. Nevertheless, HF-T group did not show significant increased levels of triglycerides when compared to SC group. CONCLUSION: We present a model that reinforces the importance of lipidic and glicidic profiling in the context of obesity.Magliano, D’Angelo CarloFragoso, Vinicius Sepúlveda2020-11-17T18:27:35Z2020-11-17T18:27:35Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/15992Aluno de GraduaçãoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-25T18:27:56Zoai:app.uff.br:1/15992Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-11-25T18:27:56Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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