Hepatite C no Rio de Janeiro e região metropolitana: uma experiência sobre conhecimento e busca ativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes, Ana Paula
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22221
http://dx.doi.org/10.22409/PPG-GAFAR.2020.mp.02846310785
Resumo: A hepatite C crônica é uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite C (VHC), que afeta aproximadamente 3 % da população mundial. A principal forma de transmissão do VHC é a via parenteral e, desta forma, os principais fatores de risco são o uso de drogas injetáveis e hemotransfusão antes do ano 1992. Um plano lançado pelo Ministério da Saúde, com pactuação entre estados e municípios pretende erradicar a hepatite C no Brasil até 2030. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro sobre a hepatite C e verificar a prevalência do VHC nesta população através de busca ativa. Trata-se de um estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa de busca ativa e conhecimento sobre a hepatite C da população do Rio de Janeiro e Região Metropolitana. O estudo realizou pesquisa de conhecimento sobre o vírus da hepatite C (VHC), através de aplicação de questionário e avaliou o status sorológico dos participantes através da realização de testes rápidos para hepatite C em locais de grande circulação da população da cidade do Rio de Janeiro e Região Metropolitana. Esse estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do HFSE sob parecer número 090312193.00005252. A pesquisa de conhecimento foi realizada com 831 participantes, no período de abril de 2019 a março de 2020. Dentre os entrevistados, 70,4 % foram do sexo feminino. A amostra (n=500) para busca ativa teve resultado positivo para VHC em 7 participantes, o que corresponde a uma prevalência de 1,4%. O diagnóstico tardio da HCV tem um apreciável impacto na saúde pública, devido ao seu grande potencial de cronicidade. O aumento da taxa de detecção do VHC aliada ao encaminhamento aos médicos especialistas para início de tratamento pode ser de grande significância para a qualidade de vida dos pacientes e para redução de custos pelo agravamento da doença em estágios mais avançados. A pesquisa de conhecimento demonstrou que a população tem um bom conhecimento sobre as formas de transmissão e contágio do VHC, mas ainda possui dúvidas sobre questões não relacionadas à hepatite C. Nas questões não relacionadas à hepatite C, os profissionais de saúde apresentaram conhecimento superior às outras parcelas da população. Pacientes em tratamento para hepatite C, que já tiveram contato com profissionais de saúde e acesso à informação, demonstraram maior conhecimento sobre a doença, que os demais participantes, mas ainda possuíam muitas dúvidas sobre as questões não relacionadas à hepatite C. Estes pacientes também possuíam o menor grau de escolaridade entre os grupos. No que se refere ao conhecimento dos participantes sobre a doença, verificou-se a importância de desenvolver e veicular informações sobre o VHC, a fim de aumentar o conhecimento da população sobre os cuidados de prevenção e desmistificar as formas de contágio, reduzindo os preconceitos. Para a erradicação da hepatite C até 2030, é necessário um investimento maior em campanhas de testagem da população. A inclusão dos testes para VHC no risco cirúrgico e para familiares de pacientes positivos também pode ser uma reduzir os riscos de infecção e reinfecção
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