A dor invisível: o estigma da violência obstétrica como destino biológico e seus desdobramentos no judiciário do estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rezende, Lara Maria Balduci
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32169
Resumo: A violência obstétrica é compreendida como um grave problema de saúde pública, que não possui destaque e relevância suficiente para ser combatido seriamente pelas forças públicas. A institucionalização do saber do médico como hierarquicamente superior do que o corpo da gestante faz com que o parto seja encarado de forma patológica, em que a mulher e o recém-nascido se tornem apenas objetos dos cuidados hospitalares e não sujeitos de direitos. Desta forma, tais práticas são consideradas comuns e não são problematizadas, fator que contribui para a invisibilidade da dor de quem as sofre, tanto pelo sistema único de saúde, quanto pelas forças legislativas. O presente estudo tem por interesse fazer um levantamento dos casos levados ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, aliado a uma análise aprofundada das leis e processos acerca do tema que tramitam nacionalmente, de forma a entender melhor a relação entre o número de relatos e o de processos correspondentes, pois a hipótese crível e lógica, é a de que são proporcionais
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