Práticas de remuneração em período de crise econômica: um estudo com empresas automotivas do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simão, Maria Fernanda
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6414
Resumo: Geralmente durante período de crise econômica, as empresas buscam alternativas para redução de custos, tanto fixos como variáveis, para aumentar sua eficiência e consequentemente, sobreviver neste contexto cada vez mais desafiador. Com isso, uma área de Recursos Humanos que sofre com esses fatores ambientais, principalmente o econômico, é a de Remuneração. Fazer a gestão de remuneração em época de crise requer criatividade de seus profissionais. O objetivo principal deste estudo é analisar diversas práticas de remuneração nas empresas automotivas no Brasil a serem aplicadas principalmente durante épocas de crise econômica. Desta forma, este estudo pretende auxiliar os profissionais de Recursos Humanos a buscar alternativas de remuneração, procurando reter os colaboradores e não impactando de forma acentuada as despesas operacionais e/ou custos da empresa. Para tal, faz-se necessária uma análise crítica das práticas de remuneração existentes, bem como as novas opções que o governo brasileiro vem viabilizando para minimizar o desemprego. Assim, neste estudo, são consideradas duas vertentes principais: a percepção de profissionais da área de remuneração, colhidas por meio de uma pesquisa de campo tipo survey, realizada em 2015, e um levantamento bibliográfico, que revela as tendências do campo em foco, colhidas na literatura nacional e internacional. A pesquisa tenta responder ao seguinte questionamento: quais são as práticas de remuneração adotadas por montadoras no Brasil em ambiente de crise econômica? O presente estudo classifica-se como uma pesquisa aplicada e de caráter descritivo. O delineamento das etapas para execução desse trabalho foi dividido nas seguintes partes: revisão bibliográfica; levantamento da situação atual, por meio de questionários entregues aos profissionais de Recursos Humanos; tabulação das respostas; identificação dos tipos de práticas de remuneração; ajustes associados à teoria; apresentação dos resultados a um público técnico para confirmação da teoria e análise das práticas adotadas pelas empresas automotivas no Brasil para se tornarem competitivas. Analisando as respostas dadas pelas montadoras pesquisadas, conclui-se que as práticas tradicionais de remuneração, tais como: aumento por mérito, aumento por promoção, aumentos coletivos e pagamento de remuneração variável PLR, são utilizadas pela grande maioria. O que o estudo também revela é que devido à crise econômica, alguns orçamentos para aplicação destas práticas foram reduzidos, mas não eliminados. Ao mesmo tempo, verificou-se que as empresas passaram a adotar as medidas de flexibilização de trabalho, oferecidas pelo governo, como forma de minimizar o desemprego e reduzir os gastos de folha de pagamento. Entre as que se destacam nesta categoria podemos citar: redução de jornada de trabalho, Suspensão temporária do contrato de trabalho, Programa de Proteção ao Emprego e férias coletivas. Sendo assim, apesar da rigidez da legislação brasileira, sobretudo, das leis trabalhistas, com enfoque direto à CLT, é possível se adaptar às necessidades da sociedade, por meios de práticas de flexibilização e, com isso, manter o princípio da proteção da continuidade da relação empregatícia, bem como, o da preservação da empresa.
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Desta forma, este estudo pretende auxiliar os profissionais de Recursos Humanos a buscar alternativas de remuneração, procurando reter os colaboradores e não impactando de forma acentuada as despesas operacionais e/ou custos da empresa. Para tal, faz-se necessária uma análise crítica das práticas de remuneração existentes, bem como as novas opções que o governo brasileiro vem viabilizando para minimizar o desemprego. Assim, neste estudo, são consideradas duas vertentes principais: a percepção de profissionais da área de remuneração, colhidas por meio de uma pesquisa de campo tipo survey, realizada em 2015, e um levantamento bibliográfico, que revela as tendências do campo em foco, colhidas na literatura nacional e internacional. A pesquisa tenta responder ao seguinte questionamento: quais são as práticas de remuneração adotadas por montadoras no Brasil em ambiente de crise econômica? O presente estudo classifica-se como uma pesquisa aplicada e de caráter descritivo. O delineamento das etapas para execução desse trabalho foi dividido nas seguintes partes: revisão bibliográfica; levantamento da situação atual, por meio de questionários entregues aos profissionais de Recursos Humanos; tabulação das respostas; identificação dos tipos de práticas de remuneração; ajustes associados à teoria; apresentação dos resultados a um público técnico para confirmação da teoria e análise das práticas adotadas pelas empresas automotivas no Brasil para se tornarem competitivas. Analisando as respostas dadas pelas montadoras pesquisadas, conclui-se que as práticas tradicionais de remuneração, tais como: aumento por mérito, aumento por promoção, aumentos coletivos e pagamento de remuneração variável PLR, são utilizadas pela grande maioria. O que o estudo também revela é que devido à crise econômica, alguns orçamentos para aplicação destas práticas foram reduzidos, mas não eliminados. Ao mesmo tempo, verificou-se que as empresas passaram a adotar as medidas de flexibilização de trabalho, oferecidas pelo governo, como forma de minimizar o desemprego e reduzir os gastos de folha de pagamento. Entre as que se destacam nesta categoria podemos citar: redução de jornada de trabalho, Suspensão temporária do contrato de trabalho, Programa de Proteção ao Emprego e férias coletivas. Sendo assim, apesar da rigidez da legislação brasileira, sobretudo, das leis trabalhistas, com enfoque direto à CLT, é possível se adaptar às necessidades da sociedade, por meios de práticas de flexibilização e, com isso, manter o princípio da proteção da continuidade da relação empregatícia, bem como, o da preservação da empresa.Usually during period of economic crisis, companies seek further alternatives to reduce costs, both fixed and variable, to increase their efficiency and consequently survive in this context increasingly challenging. Therefore, one area of Human Resources who suffers from these environmental factors, especially economic, is the compensation area. To perform compensation management in times of crisis requires creativity of its professionals. The aim of this study is to analyze several compensation practices in automotive companies in Brazil to be applied mainly during times of economic crisis. Thus, this study intends to assist HR professionals to search compensation alternatives, in order to maintain employees engaged, not impacting sharply in the operating expenses and/or business costs. For this, it is necessary a critical analysis of existing compensation practices, as well as new options that the Brazilian government has allowed to minimize unemployment. In this study, there are considered two main aspects: the perception of compensation professionals, collected through a survey type field, conducted in 2015, and a literature review which reveals the trends of the field in focus, taken in national and international literature. The research attempts to answer the following question: which compensation practices adopted by automotive manufacturers in Brazil in economic crisis environment? This study is classified as a survey of type applied and descriptive. The delineation of the phases to execute this work has been divided into the following parts: literature review; survey of the current situation through questionnaires given to human resource professionals; tabulation of the answers; identification of types of compensation practices; adjustments linked to the theory; results presentation to a technical audience for confirmation of the theory and analysis of practices adopted by automotive companies in Brazil to become competitive. Analyzing the answers given by the automakers in the survey, it was concluded that traditional remuneration practices, such as: increase by merit, promotion, collective increases and payment of variable remuneration (Profit Share) are used by the great majority. What the study also reveals is that, due to the economic crisis, some budgets for implementing these practices have been reduced, but not eliminated. At the same time, it was found that companies started to adopt labor flexibility measures, offered by the government, as a way to minimize unemployment and reduce payroll expenses. Among the highlights in this category are: reduction of working hours, temporary suspension of employment contract, protection of employment program and collective holidays. Therefore, in spite of the rigidity of Brazilian legislation, especially of labor laws, with direct approach to the Labor Code (CLT), it is possible to adapt to society's needs for flexibility practices means and, thus, maintain the principle of protection of continued employment relationship, as well as the preservation of the company.110 f.Universidade Federal FluminenseVolta RedondaOliveira, Murilo AlvarengaFerreira, AndréAraujo, Bruno Felix Von Borell deSimão, Maria Fernanda2018-05-04T13:44:47Z2018-05-04T13:44:47Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/6414Aluno de Mestradohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-05-11T22:28:47Zoai:app.uff.br:1/6414Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-05-11T22:28:47Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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