A ancoragem da singularidade quebequense em solo americano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6578 |
Resumo: | Nesta Dissertação discutem-se questões sobre a formação da identidade cultural do Quebec a partir da figura do bastardo na obra Le nez qui voque do escritor quebequense Réjean Ducharme. Quando do evento da Revolução Tranquila, período de ruptura com a tradição e de grandes mudanças no Quebec, os canadenses-franceses sentiram um desejo imperioso de reivindicar uma identidade própria sem ligação com os antigos paradigmas. Nesse sentido, a figura do bastardo é utilizada por Ducharme como metáfora para referência ao processo de desconstrução da herança europeia, como crítica à perpetuação do modelo da ex-metrópole francesa e da nova metrópole representada pelos Estados Unidos da América do Norte. A figura do bastardo, graças à introjeção da condição de bastardia e à desconstrução de paradigmas, permite uma refundação identitária, o que legitima a ancoragem no solo americano da singularidade quebequense, portanto a inscrição da americanidade do Quebec no continente Americano. Contra a ligação alienante egressa de modelos que não representam a realidade do sujeito quebequense, Ducharme propõe a afirmação da identidade quebequense, a recusa do pater francês, da anterioridade cultural francesa, bem como do modelo cultural estadunidense |
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A ancoragem da singularidade quebequense em solo americanoL'ancrage de la singularité québécoise sur le sol américainAlteridadeAmericanidadeAncoragemBastardiaIdentidadeIdentidade culturalAmericanismoDucharme, Rejean, 1941-; crítica e interpretaçãoAltéritéAméricanitéAncrageBâtardiseIdentitéNesta Dissertação discutem-se questões sobre a formação da identidade cultural do Quebec a partir da figura do bastardo na obra Le nez qui voque do escritor quebequense Réjean Ducharme. Quando do evento da Revolução Tranquila, período de ruptura com a tradição e de grandes mudanças no Quebec, os canadenses-franceses sentiram um desejo imperioso de reivindicar uma identidade própria sem ligação com os antigos paradigmas. Nesse sentido, a figura do bastardo é utilizada por Ducharme como metáfora para referência ao processo de desconstrução da herança europeia, como crítica à perpetuação do modelo da ex-metrópole francesa e da nova metrópole representada pelos Estados Unidos da América do Norte. A figura do bastardo, graças à introjeção da condição de bastardia e à desconstrução de paradigmas, permite uma refundação identitária, o que legitima a ancoragem no solo americano da singularidade quebequense, portanto a inscrição da americanidade do Quebec no continente Americano. Contra a ligação alienante egressa de modelos que não representam a realidade do sujeito quebequense, Ducharme propõe a afirmação da identidade quebequense, a recusa do pater francês, da anterioridade cultural francesa, bem como do modelo cultural estadunidenseDans ce mémoire on discute des questions sur la formation de l'identité culturelle du Québec à partir de la figure du bâtard dans l'oeuvre Le nez qui voque de l'écrivain québécois Réjean Ducharme. Lors de l'avènement de la Révolution Tranquille, période de rupture avec la tradition et de grands changements au Québec, les canadiens-français ont ressenti un besoin impérieux de revendiquer une identité propre, sans lien avec les anciens paradigmes. Dans ce sens, la figure du bâtard est utilisée par Ducharme comme métaphore pour faire référence au processus de déconstruction de l'héritage européen, comme critique à la perpétuation d'un paradigme culturel et identitaire calqué sur la reproduction du modèle de l'ex-métropole française et de la nouvelle métropole représentée par les États-Unis de l’Amérique du Nord. La figure du bâtard, grâce à l’introjection de la condition de bâtardise et à la déconstruction de paradigmes, permet une refondation identitaire, ce qui légitime l'ancrage sur le sol américain de la singularité québécoise, donc l'inscription de l'américanité du Québec sur le continent Américain. Contre le lien aliénant issu de modèles qui ne représentent pas la réalité du sujet québécois, Ducharme propose l'affirmation de l'altérité québécoise, le refus du pater français, de l'antériorité culturelle française et du modèle culturel étasunienVianna Neto, Arnaldo RosaKempinska, Olga Donata GuerizoliSousa, Renato Venancio Henrique dePereira, Telma Cristina de Almeida SilvaRafael, Dayana dos Santos Ribeiro2018-06-05T14:36:57Z2018-06-05T14:36:57Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfDors, Canada, dors; je dors avec toi. Restons couchés, Canada, jusqu'à ce qu'un soleil qui en vaille la peine se lève. […] Restons en arrière. Restons où nous sommes. N'avançons pas d'un seul pas. Restons fidèles. Souvenons-nous. Réjean Ducharme, 1967https://app.uff.br/riuff/handle/1/6578CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-08T23:46:50Zoai:app.uff.br:1/6578Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-11-08T23:46:50Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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