Orgânico ou agroecológico? Um debate a partir da experiência de agricultores familiares da Região Serrana do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Taffs, Mariel Leonor Guinle
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24204
Resumo: A presente monografia pretende abordar a disputa existente entre as categorias orgânico e agroecológico a partir da experiência de agricultores familiares da Região Serrana do Rio de Janeiro, mediante a realização de um trabalho de campo desenvolvido nos municípios de Teresópolis e Miguel Pereira. Para compreender as diferentes abordagens e interpretações em torno das formas de classificação da agricultura como orgânico ou agroecológico, analisei os processos históricos em que ambas correntes emergiram. A partir dessa análise, entende-se que essas classificações surgem a partir do movimento da Agricultura Alternativa na década de 1980. As vertentes que compõem a Agricultura Alternativa se opõem às práticas de cultivo do modelo da Agricultura Convencional ou Moderna, que tem base na monocultura, no uso de agrotóxicos, transgênicos e na modernização dos maquinários agrícolas. O método da Agricultura Convencional se instalou no Brasil durante o período do Regime Militar (1964-1985) e criou o setor de produção conhecido como Agronegócio. Pretendo analisar, a partir desse enfoque, que as distintas classificações da agricultura convencional, orgânica e agroecológica não estão somente submetidas às práticas e métodos agrícolas, mas são também compostas por percepções morais, políticas, éticas e filosóficas.
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