Contaminação parasitária em amostras de alface crespa (lactuca sativa var. crispa), de cultivos tradicional e hidropônico, comercializadas em duas feiras livres da zona norte do Rio de Janeiro (RJ)
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/5133 |
Resumo: | Das infecções humanas, as enteroparasitoses possuem considerável relevância, pois acometem grupos sociais desfavorecidos e, em sua maioria, estão ligadas às precárias condições higiênico-sanitárias destes indivíduos, em todo o mundo. A forma de transmissão ocorre por meio da ingestão de água e/ou alimentos contaminados por formas evolutivas infectantes de parasitos, como cistos e oocistos de protozoários e ovos ou larvas de helmintos. Dentre os alimentos, as hortaliças ganham destaque na transmissão de enteroparasitoses, pois, ao longo de sua cadeia de produção e processamento até os consumidores, podem ser contaminadas pela água de irrigação, pela adubação com fezes animais e/ou humanas, ou ainda pela própria manipulação dos horticultores ou de comerciantes. O tipo de hortaliça, bem como sua forma de cultivo, pode interferir no processo de contaminação. O presente estudo teve como objetivo identificar a contaminação parasitária em alfaces da variedade crespa (Lactuca sativa var. crispa), de cultivos tradicional e hidropônico, comercializadas em duas feiras livres da zona norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foram coletadas 100 amostras de alfaces crespas em duas feiras livres, uma no bairro do Méier e outra no bairro da Tijuca, sendo 50 de cada tipo de cultivo. As amostras foram processadas por técnicas parasitológicas tradicionais de flutuação e sedimentação. Do total de amostras, 12 (12%) apresentaram positividade para formas evolutivas de helmintos ou protozoários de importância médico-veterinária como cisto de amebídeo, oocisto de coccídio e ovos de helmintos da superfamília Ancylostomatoidea. Contaminação por organismos em vida livre foi detectada em 97% das amostras. Verificou-se nível de positividade similar entre as amostras de cultivo tradicional e hidropônico. Apesar de ter sido evidenciada a presença de contaminantes em quase todas as amostras, a baixa frequência de formas evolutivas associadas a parasitos de seres humanos ou de animais indica que estas hortaliças representam baixo risco para aquisição de enteroparasitos, embora estejam em desacordo com as normas da ANVISA, que regulamenta os padrões de identidade e qualidade para os alimentos que serão consumidos. Estes resultados qualificam essas alfaces como inadequadas para o consumo humano, sem devida higienização. |
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Dentre os alimentos, as hortaliças ganham destaque na transmissão de enteroparasitoses, pois, ao longo de sua cadeia de produção e processamento até os consumidores, podem ser contaminadas pela água de irrigação, pela adubação com fezes animais e/ou humanas, ou ainda pela própria manipulação dos horticultores ou de comerciantes. O tipo de hortaliça, bem como sua forma de cultivo, pode interferir no processo de contaminação. O presente estudo teve como objetivo identificar a contaminação parasitária em alfaces da variedade crespa (Lactuca sativa var. crispa), de cultivos tradicional e hidropônico, comercializadas em duas feiras livres da zona norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foram coletadas 100 amostras de alfaces crespas em duas feiras livres, uma no bairro do Méier e outra no bairro da Tijuca, sendo 50 de cada tipo de cultivo. As amostras foram processadas por técnicas parasitológicas tradicionais de flutuação e sedimentação. 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Estes resultados qualificam essas alfaces como inadequadas para o consumo humano, sem devida higienização.Of the human infections, the enteroparasitoses have considerable importance, as they tackle disadvantaged social groups and, in his majority, are connected to the poor sanitary conditions of these individuals, all over the world. Their transmission occurs by the consumption of water and/or foods contaminated with infectives evolutives forms of parasites, like cysts and oocysts of protozoa and eggs or larvae of helminths. From among the foods, the vegetables have stand out in the transmission of enteroparasitoses, then to the long of his chain of production and processing until the consumers, they can be contaminated by the water of irrigation, by the manuring with animal faeces and/or human, or still by the own manipulation of the gardeners or of traders. The type of vegetables, as well as his form of cultivation can interfere in the process of contamination. The present study aimed identify the parasitical contamination in lettuces (Lactuca sativa var. crispa), of traditional cultivation and hydroponic cultivation, commercialized in two free markets of the zone north in Rio de Janeiro city (RJ). They were collected 100 samples of lettuces in two free markets, one in the neighbourhood of the Méier and another in the neighbourhood of the Tijuca, being 50 of each type of cultivation. The samples were processed by technical parasitological traditional of flotation and sedimentation. Of the total of samples, 12 (12%) presented positivity for evolutives forms of helminths or protozoa of medical and veterinary importance, like cyst of amoebidium, oocyst of coccidium and eggs of helminths of the Ancylostomatoidea superfamily. Contamination by free-living organism was detected in 97% of the samples. It verified level of similar contamination between the samples of traditional and hydroponic cultivations. In spite of having been demonstrated the presence of contaminants in almost all the samples, the low frequency of evolutives forms associated to parasites of the humans being or of animals indicates that these vegetables represent low risk for enteroparasites acquisition. Although they are at variance with the norms of the ANVISA, that regulate the patterns of identity and quality for the foods. These results describe these lettuces like unsuitable for the human consumption, without adequate hygienization.Souto Maior, Claudia Maria Antunes UchôaBastos, Otilio Machado PereiraSerra, Cathia Maria BarrientosBarbosa, Alynne Da SilvaPacifico, Bruno Barbosa2017-11-06T18:55:43Z2017-11-06T18:55:43Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfPacifico, Bruno Barbosa. Contaminação parasitária em amostras de alface crespa (lactuca sativa var. crispa), de cultivos tradicional e hidropônico, comercializadas em duas feiras livres da zona norte do Rio de Janeiro (RJ). 2013. 63f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) - Instituto Biomédico, Universidade Federal Fluminense, 2013.https://app.uff.br/riuff/handle/1/5133Aluno de GraduaçãoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-08-06T12:14:52Zoai:app.uff.br:1/5133Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-08-06T12:14:52Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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Das infecções humanas, as enteroparasitoses possuem considerável relevância, pois acometem grupos sociais desfavorecidos e, em sua maioria, estão ligadas às precárias condições higiênico-sanitárias destes indivíduos, em todo o mundo. A forma de transmissão ocorre por meio da ingestão de água e/ou alimentos contaminados por formas evolutivas infectantes de parasitos, como cistos e oocistos de protozoários e ovos ou larvas de helmintos. Dentre os alimentos, as hortaliças ganham destaque na transmissão de enteroparasitoses, pois, ao longo de sua cadeia de produção e processamento até os consumidores, podem ser contaminadas pela água de irrigação, pela adubação com fezes animais e/ou humanas, ou ainda pela própria manipulação dos horticultores ou de comerciantes. O tipo de hortaliça, bem como sua forma de cultivo, pode interferir no processo de contaminação. O presente estudo teve como objetivo identificar a contaminação parasitária em alfaces da variedade crespa (Lactuca sativa var. crispa), de cultivos tradicional e hidropônico, comercializadas em duas feiras livres da zona norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foram coletadas 100 amostras de alfaces crespas em duas feiras livres, uma no bairro do Méier e outra no bairro da Tijuca, sendo 50 de cada tipo de cultivo. As amostras foram processadas por técnicas parasitológicas tradicionais de flutuação e sedimentação. Do total de amostras, 12 (12%) apresentaram positividade para formas evolutivas de helmintos ou protozoários de importância médico-veterinária como cisto de amebídeo, oocisto de coccídio e ovos de helmintos da superfamília Ancylostomatoidea. Contaminação por organismos em vida livre foi detectada em 97% das amostras. Verificou-se nível de positividade similar entre as amostras de cultivo tradicional e hidropônico. Apesar de ter sido evidenciada a presença de contaminantes em quase todas as amostras, a baixa frequência de formas evolutivas associadas a parasitos de seres humanos ou de animais indica que estas hortaliças representam baixo risco para aquisição de enteroparasitos, embora estejam em desacordo com as normas da ANVISA, que regulamenta os padrões de identidade e qualidade para os alimentos que serão consumidos. Estes resultados qualificam essas alfaces como inadequadas para o consumo humano, sem devida higienização. |
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