Estudo de bioequivalência da clozapina em pacientes psicóticos no estado de equilíbrio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Timoteo, Margareth de Oliveira
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34014
Resumo: INTRODUÇÃO: Clozapina é um derivado dibenzodiazepínico, tricíclico, com potentes propriedades antipsicóticas. Tem baixa afinidade por receptores D2 e, por isso, não produz significativa síndrome extrapiramidal, típica dos principais fármacos nessa categoria, sendo então, considerado como um neuroléptico atípico. É eficaz em pacientes esquizofrênicos refratários ou intolerantes à terapêutica antipsicótica clássica. OBJETIVOS: Comparar a biodisponibilidade de comprimidos de Clozapina em plasma de pacientes psiquiátricos estáveis, tendo como referência 100mg de Leponex®, Novartis Pharma AG, Suiça, e como teste, 100mg de Zolapin®, Synthon BV – Holanda, através de método analítico alternativo, para determinar a bioequivalência entre as formulações. O estudo foi realizado sob condições reais, em pacientes psiquiátricos masculinos, estáveis, virgens de tratamento com Clozapina, com desenho experimental randomizado, cruzado, duplo-cego, em duas seqüências, com múltiplas doses do medicamento de referência e do medicamento em teste.MÉTODOS: Os pacientes receberam 100 mg da formulação referência ou da formulação teste, duas vezes ao dia, por 10 dias. No 10º dia de cada fase do estudo, amostras de sangue de cada paciente foram coletadas às 0 h (antes da administração do medicamento), às 0,25, 0,5, 1, 1,5, 2, 2,5, 3, 3.5, 4, 5, 6, 8, 10 e 12 h após a administração da medicação. O plasma de cada amostra coletada foi separado e armazenado a -20 °C até o ensaio analítico. A concentração plasmática da Clozapina foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados a partir da concentração plasmática versus tempo obtidas pelo método analítico proposto. A bioequivalência entre as duas formulações foi avaliada pelo cálculo individual das concentrações plasmáticas máximas (Cmax) e da comparação das áreas sob a curva (ASC0-12h) obtidas no ensaio. RESULTADOS: Todos os pacientes toleraram bem as duas formulações de Clozapina. Nenhum efeito adverso sério foi relatado. Todos os parâmetros farmacocinéticos calculados no presente estudo foram bastante semelhantes quando comparados teste e referência. O intervalo de confiança 90% para as médias geométricas das razões de lnCmax (0.9677 – 0.9937) e lnASC0-12h (0.9811 – 1.0029) estava dentro do intervalo de bioequivalência (0.80 a 1.25) segundo orientações da ANVISA e aceito pelos padrões regulatórios internacionais. CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram que a formulação Teste (Zolapin®) foi bioequivalente à formulação Referência (Leponex ®), quando administrada por via oral em pacientes esquizofrênicos, ambos em termos da taxa e extensão da absorção, podendo ser intercambiável.
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OBJETIVOS: Comparar a biodisponibilidade de comprimidos de Clozapina em plasma de pacientes psiquiátricos estáveis, tendo como referência 100mg de Leponex®, Novartis Pharma AG, Suiça, e como teste, 100mg de Zolapin®, Synthon BV – Holanda, através de método analítico alternativo, para determinar a bioequivalência entre as formulações. O estudo foi realizado sob condições reais, em pacientes psiquiátricos masculinos, estáveis, virgens de tratamento com Clozapina, com desenho experimental randomizado, cruzado, duplo-cego, em duas seqüências, com múltiplas doses do medicamento de referência e do medicamento em teste.MÉTODOS: Os pacientes receberam 100 mg da formulação referência ou da formulação teste, duas vezes ao dia, por 10 dias. No 10º dia de cada fase do estudo, amostras de sangue de cada paciente foram coletadas às 0 h (antes da administração do medicamento), às 0,25, 0,5, 1, 1,5, 2, 2,5, 3, 3.5, 4, 5, 6, 8, 10 e 12 h após a administração da medicação. O plasma de cada amostra coletada foi separado e armazenado a -20 °C até o ensaio analítico. A concentração plasmática da Clozapina foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados a partir da concentração plasmática versus tempo obtidas pelo método analítico proposto. A bioequivalência entre as duas formulações foi avaliada pelo cálculo individual das concentrações plasmáticas máximas (Cmax) e da comparação das áreas sob a curva (ASC0-12h) obtidas no ensaio. RESULTADOS: Todos os pacientes toleraram bem as duas formulações de Clozapina. Nenhum efeito adverso sério foi relatado. Todos os parâmetros farmacocinéticos calculados no presente estudo foram bastante semelhantes quando comparados teste e referência. O intervalo de confiança 90% para as médias geométricas das razões de lnCmax (0.9677 – 0.9937) e lnASC0-12h (0.9811 – 1.0029) estava dentro do intervalo de bioequivalência (0.80 a 1.25) segundo orientações da ANVISA e aceito pelos padrões regulatórios internacionais. CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram que a formulação Teste (Zolapin®) foi bioequivalente à formulação Referência (Leponex ®), quando administrada por via oral em pacientes esquizofrênicos, ambos em termos da taxa e extensão da absorção, podendo ser intercambiável.INTRODUCTION:Clozapine is a dibenzodiazepine derivative, tricyclic, with potent antipsychotic properties. The drug has low affinity for D2 receptors and therefore, it does not produce significant typical extrapyramidal syndrome amongst the usual drugs of that category. It is known as an atypical neuroleptic. Clozapine has been effective in schizophrenic patients refractory or intolerant to classical antipsychotic therapy. PURPOSE: To compare the relative bioavailability of two Clozapine formulations - 100 mg tablet Leponex from Novartis Pharma AG, Stein, Switzerland - as a Reference formulation and 100 mg tablet Zolapin® from Synthon BV – Nijmegen – Holand - as a Test formulation, through alternative analytical method to assess the bioequivalence between both formulations. The present study was conducted under actual living conditions of schizophrenic male patients, virgins of clozapine therapy, using a steadystate, multiple-dose of both drugs, randomized crossover study design. METHODS: The subjects received 100 mg twice a day of either the Reference formulation or the Test formulation for 10 days. At day- 10 of each study phase, blood samples were collected at 0 h (prior drug administration), 0.25, 0.5, 1, 1.5, 2, 2.5, 3, 3.5, 4, 5, 6, 8, 10 and 12 h after drug administration. Plasma was separated and stored at -20°C until assay performed. The plasma concentration of Clozapine was determined by high performance liquid chromatography (HPLC). Pharmacokinetic parameters were calculated from the observed plasma-concentration time profiles using a short-cut chemical extraction. The bioequivalence between the two formulations was assessed by calculating individual peak plasma concentrations (Cmax) and the area under the concentration-time curve (AUC0-12 h) ratios. RESULTS: All subjects were well tolerated both Clozapine formulations. No serious adverse effects were reported. All of the pharmacokinetic parameters calculated in the present study were quite similar either for the Test or the Reference formulation. The 90% confident interval for both the means ratio lnCmax (0.9677 – 0.9937) and lnAUC0-12h (0.9811 – 1.0029) were within the guidelines range of bioequivalence (0.80 to 1.25) accepted by international regulatory standards. CONCLUSION: The result demonstrated that the Test formulation (Zolapin®), was bioequivalent to the Reference formulation (Leponex®), when orally administered in schizophrenic patients, both in terms of the rate and extent of absorption, and must be exchangeable.114 f.Caldas, Luiz Querino de AraújoOlej, BeniRocha, Leandro MachadoMarins, Rita de Cássia Elias EstrelaTimoteo, Margareth de Oliveira2024-08-08T20:42:54Z2024-08-08T20:42:54Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfTIMOTEO, Margareth de Oliveira. Estudo de bioequivalência da clozapina em pacientes psicóticos no estado de equilíbrio. 2008. 114 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Universidade Federal Fluminense, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2008.https://app.uff.br/riuff/handle/1/34014CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2024-08-08T20:43:04Zoai:app.uff.br:1/34014Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:54:02.389872Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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description INTRODUÇÃO: Clozapina é um derivado dibenzodiazepínico, tricíclico, com potentes propriedades antipsicóticas. Tem baixa afinidade por receptores D2 e, por isso, não produz significativa síndrome extrapiramidal, típica dos principais fármacos nessa categoria, sendo então, considerado como um neuroléptico atípico. É eficaz em pacientes esquizofrênicos refratários ou intolerantes à terapêutica antipsicótica clássica. OBJETIVOS: Comparar a biodisponibilidade de comprimidos de Clozapina em plasma de pacientes psiquiátricos estáveis, tendo como referência 100mg de Leponex®, Novartis Pharma AG, Suiça, e como teste, 100mg de Zolapin®, Synthon BV – Holanda, através de método analítico alternativo, para determinar a bioequivalência entre as formulações. O estudo foi realizado sob condições reais, em pacientes psiquiátricos masculinos, estáveis, virgens de tratamento com Clozapina, com desenho experimental randomizado, cruzado, duplo-cego, em duas seqüências, com múltiplas doses do medicamento de referência e do medicamento em teste.MÉTODOS: Os pacientes receberam 100 mg da formulação referência ou da formulação teste, duas vezes ao dia, por 10 dias. No 10º dia de cada fase do estudo, amostras de sangue de cada paciente foram coletadas às 0 h (antes da administração do medicamento), às 0,25, 0,5, 1, 1,5, 2, 2,5, 3, 3.5, 4, 5, 6, 8, 10 e 12 h após a administração da medicação. O plasma de cada amostra coletada foi separado e armazenado a -20 °C até o ensaio analítico. A concentração plasmática da Clozapina foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados a partir da concentração plasmática versus tempo obtidas pelo método analítico proposto. A bioequivalência entre as duas formulações foi avaliada pelo cálculo individual das concentrações plasmáticas máximas (Cmax) e da comparação das áreas sob a curva (ASC0-12h) obtidas no ensaio. RESULTADOS: Todos os pacientes toleraram bem as duas formulações de Clozapina. Nenhum efeito adverso sério foi relatado. Todos os parâmetros farmacocinéticos calculados no presente estudo foram bastante semelhantes quando comparados teste e referência. O intervalo de confiança 90% para as médias geométricas das razões de lnCmax (0.9677 – 0.9937) e lnASC0-12h (0.9811 – 1.0029) estava dentro do intervalo de bioequivalência (0.80 a 1.25) segundo orientações da ANVISA e aceito pelos padrões regulatórios internacionais. CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram que a formulação Teste (Zolapin®) foi bioequivalente à formulação Referência (Leponex ®), quando administrada por via oral em pacientes esquizofrênicos, ambos em termos da taxa e extensão da absorção, podendo ser intercambiável.
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