Taxa de mortalidade infantil em populações indígenas: uma revisão sistemática da literatura mundial

• Autor(a) principal: Kaippert, Gabriela Almeida
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23369
• topic: Mortalidade infantil; População indígena; Taxa de mortalidade; Mortalidade; Mortalidade infantil; Grupos populacionais; Saúde de populações indígenas; Infant mortality; Indigenous population; Mortality rate

Introdução: A situação de saúde entre crianças indígenas possui grande disparidade se comparada com as não indígenas, uma vez que, apresenta níveis mais elevados de mortalidade infantil, déficits nutricionais e doenças infecciosas infimamente ligadas às condições de vida. Objetivo: Realizar busca de artigos científicos publicados em bases de dados internacionais que realizaram estimativa de TMI em populações indígenas ao redor do mundo e avaliar a qualidade dos artigos que publicaram sobre as TMI em indígenas. Método: revisão sistemática da literatura, realizadas nas bases: Medline via PubMed, Scopus, Web of Science e BVS/Bireme. Os descritores selecionados foram: Indigenous Population; Indigenous Peoples; Indians, South American; Indians, Central American; Indians, North American; Alaska Natives; Inuits; Aborigine Australian; Infant Mortality; Mortality Rate. Foram utilizados operadores booleanos: AND restringiu a busca e OR ampliou a pesquisa. Na BVS, utilizou-se apenas sinônimos em português, com base no DECs, enquanto nas demais bases utilizou-se os sinônimos disponíveis para o termo MeSH escolhido. Resultados: Foram encontrados 247 artigos. Após exclusão de duplicatas, e seleção de estudos a partir dos critérios pré-estabelecidos, 28 artigos foram incluídos na pesquisa, os quais foram publicados entre 2011-2020. 82,14% eram em inglês, 21,42% em português e apenas 3,57% em espanhol. 32,14% eram dos EUA, 26,57% do Brasil, 21,42% do Canadá, e 7,14% da Suécia. O estudo de coorte foi o mais utilizado, com 16 estudos, seguido por estudo retrospectivo com 3 e Análise epidemiológica estatística também com 3. Os estudos organizaram a população indígena entre: American Indians or Alaska Natives (7), Indígena (6), First Nation (5), Inuits (4), Sami (2), Cree (2), Maori (1), Guarani (1), Native Hawaii (1) e Métis (1). No Brasil, Nova Zelândia, Suécia e Canadá, a maioria dos estudos apresenta TMI maior para indígenas. Apenas nos EUA, em estudos que dividiram a população de comparação, a TMI foi maior para a população Preta. Conclusão: Embora seja evidente a disparidade entre povos indígenas quando comparado aos não indígenas, há também uma discrepância dentro da própria categoria. Para o futuro, é considerado importante o desenvolvimento de mais estudos que objetivem atender demandas de saúde de populações vulneráveis