Ŝka Pastora (Salvia divinorum) a planta sagrada dos Ha Shuta Enima frente a sua descontextualização étnica

• Autor(a) principal: Baptista, Queli
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6641
• topic: Ŝka Pastora; Salvia divinorum; Mazatecas; Identidade; Etnicidade; Etnia; Território; Legalidade; Liberdade; Nacionalidade; Planta medicinal; Psicotrópico; Identidade; Etnicidade; Identity; Ethnicity; Territory; Legality; Freedom; Nationality

Este trabalho tem por objetivo o de demonstrar que, para além das implicações que podem ou possam ocorrer no meio da sociedade contemporânea em torno da planta Ŝka Pastora ou Salvia divinorum (como ela é mais comumente conhecida), o seu contexto de estar em “um mundo de significativos culturais” é muito mais amplo e prioritariamente mais sagrado do que a forma com que ela tem sido abordada atualmente, ou que vem sido associada atualmente, que seria o lugar de “substância psicoativa natural” ou o de “droga” (e não, o de uma planta que está para o povo onde ela é nativa na Sierra Mazateca, estando em um ecossistema onde tudo dentro dele é considerado possuidor de uma sacralidade, sendo também de uma importância étnica e de um contexto ritualístico para o povo), sendo descontextualizada e descaracterizada de seu contexto étnico e ocupando dessa forma a atenção do mundo ocidental contemporâneo, e assim como outras plantas enteógenas, indo parar em contextos legais e jurídicos das substâncias psicoativas e ocupando o lugar também de ilegal em muitos países