A literatura na escola: um direito, uma necessidade e um fator de humanização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bomfim, Flavia Maia
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3774
Resumo: O presente trabalho se propõe a refletir sobre o lugar da Literatura, principalmente na escola. Percebe-se que o papel que a Literatura ocupa tem-se mostrado inconstante no decorrer dos últimos quarenta anos. A partir da análise de leis e regimentos curriculares que norteiam a área de Língua Portuguesa (Linguagem, Códigos e suas Tecnologias) no Brasil, nota-se que a instabilidade decorre de vários fatores, mas a Literatura se estabelece como um direito instituído e comprovado através de leis. Trazendo para o diálogo autores que já fizeram seus estudos partirem da premissa de que a Literatura é um direito, como Antonio Candido, Mario Vargas Llosa, Tzvetan Todorov, Alfredo Bosi, Jean Paul Sartre, Alberto Manguel, Marisa Lajolo e Regina Zilberman, entre outros, propomo-nos a debruçar-nos sobre outra especificidade inegável dessa manifestação artística: ela é uma necessidade. A Literatura, segundo Antonio Candido em seu artigo “O direito à Literatura”, é um instrumento de humanização e, segundo Mario Vargas Llosa, é ela que organiza o caos do mundo na sua própria ordenação que nos faz melhor entendedores deste mesmo mundo e de nós mesmos. Além do prazer contido na fruição e contemplação estética, a Literatura propicia o algo mais que nos faz entrar em contato com o humano que, mais do que nunca, vem-se perdendo nos novos tempos de mecanização e automatismo. O estudo feito aqui levanta algumas questões como, por exemplo, se os novos suportes, afinal, favorecem ou não a aproximação da leitura literária e também analisa o que a nova textualidade pode reiterar ou eliminar nesse processo. Muitos são os mitos que rondam a Literatura a partir do advento da tecnologia gráfica virtual. Contudo, ela há de permanecer e por razões que vão além do fato de ser um direito e uma necessidade. A Literatura serve a todas as áreas e aí entra o papel balizador da escola como a mediadora entre a obra e o leitor em potencial. Tal arte possui o poder humanizador o qual não pode ser sonegado na vida e, por isso mesmo, na escola. As questões apresentadas nos fazem refletir a situação do leitor contemporâneo diante das novas tecnologias e da Literatura como direito, necessidade e valor perene
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Trazendo para o diálogo autores que já fizeram seus estudos partirem da premissa de que a Literatura é um direito, como Antonio Candido, Mario Vargas Llosa, Tzvetan Todorov, Alfredo Bosi, Jean Paul Sartre, Alberto Manguel, Marisa Lajolo e Regina Zilberman, entre outros, propomo-nos a debruçar-nos sobre outra especificidade inegável dessa manifestação artística: ela é uma necessidade. A Literatura, segundo Antonio Candido em seu artigo “O direito à Literatura”, é um instrumento de humanização e, segundo Mario Vargas Llosa, é ela que organiza o caos do mundo na sua própria ordenação que nos faz melhor entendedores deste mesmo mundo e de nós mesmos. Além do prazer contido na fruição e contemplação estética, a Literatura propicia o algo mais que nos faz entrar em contato com o humano que, mais do que nunca, vem-se perdendo nos novos tempos de mecanização e automatismo. O estudo feito aqui levanta algumas questões como, por exemplo, se os novos suportes, afinal, favorecem ou não a aproximação da leitura literária e também analisa o que a nova textualidade pode reiterar ou eliminar nesse processo. Muitos são os mitos que rondam a Literatura a partir do advento da tecnologia gráfica virtual. Contudo, ela há de permanecer e por razões que vão além do fato de ser um direito e uma necessidade. A Literatura serve a todas as áreas e aí entra o papel balizador da escola como a mediadora entre a obra e o leitor em potencial. Tal arte possui o poder humanizador o qual não pode ser sonegado na vida e, por isso mesmo, na escola. As questões apresentadas nos fazem refletir a situação do leitor contemporâneo diante das novas tecnologias e da Literatura como direito, necessidade e valor pereneThis paper aims to reflect on the place of literature mainly at school. It is noticed that the role that literature occupies these days has shown inconsistent over the last forty years. From the analysis of laws and curriculum regulations that guide the curricula of Portuguese area (language, codes and its technologies) in Brazil, there is the instability due to several factors, but the literature is established as a duty imposed and proven through laws. Bringing the authors dialogue that have done their studies starting from the premise that literature is a right, such as Antonio Candido, Mario Vargas Llosa, Tzvetan Todorov, Alfredo Bosi, Jean Paul Sartre, Alberto Manguel, Marisa Lajolo and Regina Zilberman, among others , we propose to focus on another undeniable specificity of artistic expression: it is a necessity. Literature, according to Antonio Candido in his article "The right to Literature" is a humanizing instrument and, according to Mario Vargas Llosa, it is organizing the chaos of the world in its own sort that makes us better experts of the same world and ourselves. Besides the pleasure contained in the enjoyment and aesthetic contemplation, literature provides something else that makes us get in touch with the human that, more than ever, comes up missing in the new mechanization and automation of times. The study here raises some questions about, for example, if the new media, after all, favor or not the approach of literary reading and also examines what the new textuality can reiterate or eliminate this process. There are many myths that surround the Literature from the advent of virtual graphics technology. However, there remain and for reasons that go beyond the fact that it is a right and a necessity. Literature serves all areas and that is where the guide role of the school as a mediator between the work and the potential reader. Such art has the humanizing power which can not be withheld in life and, therefore, at school. They are questions that make us reflect the situation of the contemporary reader on new technologies and Literature as a right, and need permanent valueLima, André Luiz DiasSantos, Claudete Daflon dosAragão, Maria Fernanda Garbero deBomfim, Flavia Maia2017-06-01T17:42:25Z2017-06-01T17:42:25Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/3774CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-10-29T19:03:44Zoai:app.uff.br:1/3774Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:47:06.994833Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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