Rebeldia no Planalto: a expulsão dos Padres Jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga no contexto da Restauração (1627-1655)
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/25008 |
Resumo: | Esta dissertação constitui um estudo da expulsão dos jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga em 1640, procurando entendê-la como um episódio de revolta, típico do Antigo Regime. O foco da pesquisa recai sobre as tensões, geradas pelo desenvolvimento da vila, entre os seus homens bons – isto é, camaristas e sertanistas, que avançaram sobre as reduções jesuíticas portuguesas e espanholas em busca da mãode-obra de que tinham necessidade – e os padres da Companhia de Jesus, cujas idéias sobre a administração dos indígenas e de suas terras eram bem diversas. Entenda-se, por outro lado, que essas disputas não deixaram de ocorrer ao redor de uma concepção jurídico-teocrática da sociedade e do poder, baseada no respeito às liberdades e aos direitos, que fora formulada e divulgada pelos próprios jesuítas. Presente ao longo do século XVII luso-brasileiro, essa concepção, na década anterior a 1640, forneceu os principais argumentos para o movimento da Restauração portuguesa. No entanto, súditos tanto do rei espanhol Filipe IV (1621-1640) quanto do português D. João IV (1640-1656), os paulistas souberam apropriar-se desse discurso para defender seus privilégios e liberdades; e combater o que consideravam os abusos dos inacianos. Dessa forma, vieram a apresentar-se como agentes do engrandecimento da Coroa à qual serviam, enquanto atribuíam aos padres da Companhia o papel de maus vassalos de elrei. |
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Rebeldia no Planalto: a expulsão dos Padres Jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga no contexto da Restauração (1627-1655)História de São Paulo (Estado)JesuítaHistória de PortugalRevolução de 1640BrasilPortugalEsta dissertação constitui um estudo da expulsão dos jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga em 1640, procurando entendê-la como um episódio de revolta, típico do Antigo Regime. O foco da pesquisa recai sobre as tensões, geradas pelo desenvolvimento da vila, entre os seus homens bons – isto é, camaristas e sertanistas, que avançaram sobre as reduções jesuíticas portuguesas e espanholas em busca da mãode-obra de que tinham necessidade – e os padres da Companhia de Jesus, cujas idéias sobre a administração dos indígenas e de suas terras eram bem diversas. Entenda-se, por outro lado, que essas disputas não deixaram de ocorrer ao redor de uma concepção jurídico-teocrática da sociedade e do poder, baseada no respeito às liberdades e aos direitos, que fora formulada e divulgada pelos próprios jesuítas. Presente ao longo do século XVII luso-brasileiro, essa concepção, na década anterior a 1640, forneceu os principais argumentos para o movimento da Restauração portuguesa. No entanto, súditos tanto do rei espanhol Filipe IV (1621-1640) quanto do português D. João IV (1640-1656), os paulistas souberam apropriar-se desse discurso para defender seus privilégios e liberdades; e combater o que consideravam os abusos dos inacianos. Dessa forma, vieram a apresentar-se como agentes do engrandecimento da Coroa à qual serviam, enquanto atribuíam aos padres da Companhia o papel de maus vassalos de elrei.Cette dissertation étudie l’expulsion des jésuites du village qu’était alors São Paulo de Piratininga en 1640. Elle veut la comprendre comme un épisode de révolte, typique de l’Ancien Régime. Le foyer de la recherche tombe sur les tensions, crées par l’essor du village, entre les hommes bons – ça veut dire, conseillers municipaux et sertanistas qui se sont élancés vers les réductions des jésuites portugais et espagnols au Sud pour en obtenir de la main-d’oeuvre dont ils avaient besoin – et les pères de la Compagnie de Jésus, qui avaient une idée tout à fait différente de l’administration des indigènes et de ses terres. D’un autre côté, il faut comprendre que ces disputes se faisaient autour d’une conception juridico-théocratique de la société et du pouvoir, basée sur le respect des libertés et des droits, qui avait été formulée et répandue par les jésuites eux-même. Cette conception est restée présente tout au long du XVIIe siècle luso-brésilien et, dans la décénnie avant 1640, a fourni les plus importants arguments au mouvement de la Restauration portugaise. Cependant, aussi assujetis au roi espagnol Filipe IV (1621-1640) qu’au portugais D. João IV (1640-1656), les habitants de São Paulo ont su s’approprier de ce discours non seulement pour défendre leurs privilèges et libertés, mais aussi bien pour combatre ce qu’ils considéraient des abus des jésuites. De cette façon, ils se sont présentés comme des sujets voués à l’agrandissement de la Couronne à laquelle ils servaient, tandis qu’ils attribuaient aux pères de la Compagnie le rôle de mauvais vassaux du roi.169 p.Neves, Guilherme Pereira dasChahon, SérgioFigueiredo, Luciano Raposo de AlmeidaLima, Sheila Conceição Silva2022-05-11T14:16:04Z2022-05-11T14:16:04Z2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfLIMA, Sheila Conceição Silva. Rebeldia no Planalto : a expulsão dos Padres Jesuítas da Vila de São Paulo de Piratininga no contexto da Restauração (1627-1655). 2006. 169f. Dissertação (Mestrado em História) - Programa de Pós-Graduação em História, Instituto de História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2006.http://app.uff.br/riuff/handle/1/25008pt_BRporCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-05-11T14:16:08Zoai:app.uff.br:1/25008Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:04:18.432023Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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