Análise comparativa da morfologia e do perfil de esteróis de fusarium spp, como expressão da adaptação térmica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6539 |
Resumo: | As micoses emergentes são definidas como aquelas que têm aumentando em incidência, principalmente associadas a fatores predisponentes do hospedeiro. os fungos oportunistas são considerados com menor grau de virulência, mas podem expressar esses fatores em condições de baixa de de defesa do hospedeiro. O gênero Fusarium, com diversas espécies e ampla distribuição na natureza, na dependência do grau de integridade do hospedeiro, tem potencial como agente etiológico de micoses cutâneas, subcutâneas e sistêmicas. Um importante fator de virulência, essencial para que um fungo seja capaz de causar micose sistêmica, é a habilidade de se adaptar á temperatura corpórea humana. As mudanças nas condições ambientais são determinantes para eliminar o fungo ou desencadear mudanças que levem á adaptação para sobrevivência consequentes danos para o hospedeiro. O presente estudo teve como objetivos comparar a micromorfologia em função da temperatura de cultivo , identificar as especies das amostras estudadas , verificar o conteúdo de esterol, açúcar e fosfato por dosagens químicas dos lipídios obtidos das amostras nas duas temperaturas de cultivo , identificar e caracterizar os esteróis presentes nas amostras. foram analisadas 09 amostras de Fusarium, oriundas da nossa coleção de culturas e de casos clinicos. Os microcultivos e a obtenção de massas de células foram realizados em meio líquido de batata-dextrose a 25 e 37 graus Celcius. A identificação das espécies foi feita através das chaves de classificação de Nelson, 1983. Os lipídeos foram extraídos da massa de células com solvente orgânicos. Esteróis e glicolipídeos foram analisados por cromatografia em camada fina. Foram realizadas dosagem químicas de esterol, açúcar e fosfato. A identificação dos esteróis foi realizada através de cromatografia gasosa e esses foram caracterizados por espectrometria de massas (GC/MS). Em todas as amostras foram observadas mudanças na micromorfologia em função da temperatura de cultivo . em 25ºC, há predominância de hifas hialinas septadas com macroconídios e microconídios: já 37º, hifas mais espessas, pseudohifas e estruturas leveduriformes com gemulações . Dentre as amostras, foram identificas as seguintes espécies: F. Solani, F.oxysporum e F. moniliforme. Todas as amostras, em ambas as temperaturas, apresentaram glicolipídeos com características de mono-glucoceramídeos. Por dosagens químicas, as amostras apresentaram em sua composição: de 2,09 a 5,83% de açúcar; de 2,31 a 6,22% de esterol e de 0,06 a 0,9% de fosfato, sendo que este último, apresentou maior percentual nas amostras cultivadas a 37ºC. Foram identificados os seguintes esteróis: ergosta-tetra- 5,7,9(11), 22; brassicasterol, zymosterol, ergosterol, episterol, lanosterol, sitosterol e eburicol. Acreditamos que nosso resultados possam contribuir ao conhecimento do gênero Fusarium na relação parasita-hospedeiro e patogênese, assim como nas estrategias antifúngicas. |
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