Uso de protocolos de indução do estro sincronizado seguidos de protocolos de ressincronização precoce do estro em pequenos ruminantes
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/27131 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi avaliar distintos protocolos de indução do estro sincronizado e de ressincronização precoce do estro nas espécies caprina e ovina em diferentes categorias de ordem de parto. Foram realizados três experimentos na espécie caprina e quatro na espécie ovina. No primeiro experimento na espécie caprina, foi avaliado o efeito do momento da aplicação de 25 μg de lecirelina (28 ou 34h e controle com aplicação de solução salina às 28h), após a retirada da esponja de medroxiprogesterona (MAP) sintética, visando a sincronização da ovulação. Os resultados demonstraram que a lecirelina usada às 28 ou 34 h é eficiente para a sincronizar a ovulação. Não foram encontradas diferenças (P > 0,05) entre os grupos tratados com GnRH e o grupo controle quanto a apresentação de cio e média das ovulações. Entretanto, os intervalos entre a retirada da esponja e a ovulação, e da apresentação do cio até a ovulação apresentaram menor variação (P < 0,05) nos grupos tratados. No segundo estudo, foi avaliado o efeito do uso de uma esponja de MAP sintética durante a fase luteal (D16-D21) sobre a funcionalidade do corpo lúteo (CL) de cabras gestantes e não gestantes. Para isso, todas as fêmeas receberam um protocolo de indução do estro sincronizado e foram inseminadas. Na sequência, foram divididas aleatoriamente em dois grupos experimentais (com e sem esponja) durante o D16 até D21 do ciclo estral. Foram realizadas dosagens séricas de P4 e avaliação ultrassonográfica do CL existente durante o período de permanência da segunda esponja. Após o diagnóstico de gestação (D30) as fêmeas foram divididas em gestantes e não gestantes e se receberam ou não a segunda esponja para a análise dos dados. Não foram encontradas diferenças nos níveis séricos de P4 entre os grupos ou interações entre tratamentos e tempo. Assim, o uso da segunda esponja de MAP, para a ressincronização do estro, não interferiu na produção de P4 endógena nem na viabilidade luteal. No terceiro experimento, as cabras passaram por protocolo de indução do estro sincronizado, sem que fossem inseminadas ou acasaladas. No momento da ressincronização (D21; momento da retirada da segunda esponja), receberam solução salina ou 100 UI de eCG visando acompanhar a dinâmica folicular e ovulação subsequente. Também foi avaliado o efeito do manejo reprodutivo (monta natural x inseminação artificial) neste protocolo de ressincronização. Em caprinos não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto ao tempo de ovulação, sincronização da ovulação e tamanho do folículo. Entretanto, a associação de eCG com monta natural apresentou maior taxa de apresentação de cio e gestação quando comparado com inseminação artificial sem eCG. Em ovinos, o primeiro estudo teve metodologia similar ao segundo experimento caprino, com segunda esponja sendo mantida pelo período de D12-D17, e diagnóstico precoce da gestação sendo realizado no D17. Assim como em caprinos, após a segunda esponja de MAP, utilizada para a ressincronização do estro, não houve diferença na concentração sérica de P4 nem a viabilidade luteal para a espécie ovina, independente do grupo. O segundo estudo teve metodologia similar ao terceiro caprino comparando três doses de eCG (0 UI, 200 UI e 300 UI), sem avaliar o método de acasalamento. Para ovelhas, não houve diferença entre as médias dos grupos, entretanto, 200 UI de eCG na ressincronização tornou o momento de ovulação mais homogêneo. No terceiro estudo, os animais foram sincronizados e ressincronizados, e avaliadas pelo diagnóstico precoce de gestação. As fêmeas foram divididas aleatoriamente em dois grupos: fêmeas re-inseminadas considerando o diagnóstico de gestação (apenas fêmeas vazias foram inseminadas), enquanto o outro grupo não (independente do diagnóstico, todas as fêmeas foram inseminadas). Nesse estudo foi avaliado o efeito de uma nova IA em fêmeas gestantes, se levaria a perdas gestacionais, mostrando que não houve diferença entre os grupos, e que o protocolo em si não leva a perdas gestacionais, mas que o diagnóstico precoce auxilia na diminuição de manejo de fêmeas já gestantes. No quarto experimento, o protocolo de ressincronização foi testado em fêmeas 30 dias pós-parto, fêmeas secas na estação e nulíparas. O protocolo de ressincronização foi eficiente em ovelhas nulíparas e multíparas, apresentando diferenças apenas na fecundidade, que foi maior nas multíparas. Entretanto, o tratamento não foi eficiente para ovelhas no pós-parto, visto que poucas responderam ao protocolo e ficaram gestantes. Assim, os protocolos de ressincronização precoce em pequenos ruminantes podem ser realizados com sucesso, desde que consideradas as particularidades de cada espécie e categoria. |
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Uso de protocolos de indução do estro sincronizado seguidos de protocolos de ressincronização precoce do estro em pequenos ruminantesCorpo lúteoPerfusão lutealCiclo estralControle hormonalCaprinosOvinosCaprinosOvinoSincronização do EstroCiclo EstralIndução da OvulaçãoCorpo lúteoInseminação artificialCorpus luteumLuteal perfusionEstrous cycleSynchronizationResynchronizationO objetivo deste estudo foi avaliar distintos protocolos de indução do estro sincronizado e de ressincronização precoce do estro nas espécies caprina e ovina em diferentes categorias de ordem de parto. Foram realizados três experimentos na espécie caprina e quatro na espécie ovina. No primeiro experimento na espécie caprina, foi avaliado o efeito do momento da aplicação de 25 μg de lecirelina (28 ou 34h e controle com aplicação de solução salina às 28h), após a retirada da esponja de medroxiprogesterona (MAP) sintética, visando a sincronização da ovulação. Os resultados demonstraram que a lecirelina usada às 28 ou 34 h é eficiente para a sincronizar a ovulação. Não foram encontradas diferenças (P > 0,05) entre os grupos tratados com GnRH e o grupo controle quanto a apresentação de cio e média das ovulações. Entretanto, os intervalos entre a retirada da esponja e a ovulação, e da apresentação do cio até a ovulação apresentaram menor variação (P < 0,05) nos grupos tratados. No segundo estudo, foi avaliado o efeito do uso de uma esponja de MAP sintética durante a fase luteal (D16-D21) sobre a funcionalidade do corpo lúteo (CL) de cabras gestantes e não gestantes. Para isso, todas as fêmeas receberam um protocolo de indução do estro sincronizado e foram inseminadas. Na sequência, foram divididas aleatoriamente em dois grupos experimentais (com e sem esponja) durante o D16 até D21 do ciclo estral. Foram realizadas dosagens séricas de P4 e avaliação ultrassonográfica do CL existente durante o período de permanência da segunda esponja. Após o diagnóstico de gestação (D30) as fêmeas foram divididas em gestantes e não gestantes e se receberam ou não a segunda esponja para a análise dos dados. Não foram encontradas diferenças nos níveis séricos de P4 entre os grupos ou interações entre tratamentos e tempo. Assim, o uso da segunda esponja de MAP, para a ressincronização do estro, não interferiu na produção de P4 endógena nem na viabilidade luteal. No terceiro experimento, as cabras passaram por protocolo de indução do estro sincronizado, sem que fossem inseminadas ou acasaladas. No momento da ressincronização (D21; momento da retirada da segunda esponja), receberam solução salina ou 100 UI de eCG visando acompanhar a dinâmica folicular e ovulação subsequente. Também foi avaliado o efeito do manejo reprodutivo (monta natural x inseminação artificial) neste protocolo de ressincronização. Em caprinos não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto ao tempo de ovulação, sincronização da ovulação e tamanho do folículo. Entretanto, a associação de eCG com monta natural apresentou maior taxa de apresentação de cio e gestação quando comparado com inseminação artificial sem eCG. Em ovinos, o primeiro estudo teve metodologia similar ao segundo experimento caprino, com segunda esponja sendo mantida pelo período de D12-D17, e diagnóstico precoce da gestação sendo realizado no D17. Assim como em caprinos, após a segunda esponja de MAP, utilizada para a ressincronização do estro, não houve diferença na concentração sérica de P4 nem a viabilidade luteal para a espécie ovina, independente do grupo. O segundo estudo teve metodologia similar ao terceiro caprino comparando três doses de eCG (0 UI, 200 UI e 300 UI), sem avaliar o método de acasalamento. Para ovelhas, não houve diferença entre as médias dos grupos, entretanto, 200 UI de eCG na ressincronização tornou o momento de ovulação mais homogêneo. No terceiro estudo, os animais foram sincronizados e ressincronizados, e avaliadas pelo diagnóstico precoce de gestação. As fêmeas foram divididas aleatoriamente em dois grupos: fêmeas re-inseminadas considerando o diagnóstico de gestação (apenas fêmeas vazias foram inseminadas), enquanto o outro grupo não (independente do diagnóstico, todas as fêmeas foram inseminadas). Nesse estudo foi avaliado o efeito de uma nova IA em fêmeas gestantes, se levaria a perdas gestacionais, mostrando que não houve diferença entre os grupos, e que o protocolo em si não leva a perdas gestacionais, mas que o diagnóstico precoce auxilia na diminuição de manejo de fêmeas já gestantes. No quarto experimento, o protocolo de ressincronização foi testado em fêmeas 30 dias pós-parto, fêmeas secas na estação e nulíparas. O protocolo de ressincronização foi eficiente em ovelhas nulíparas e multíparas, apresentando diferenças apenas na fecundidade, que foi maior nas multíparas. Entretanto, o tratamento não foi eficiente para ovelhas no pós-parto, visto que poucas responderam ao protocolo e ficaram gestantes. Assim, os protocolos de ressincronização precoce em pequenos ruminantes podem ser realizados com sucesso, desde que consideradas as particularidades de cada espécie e categoria.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe aim of this study was to evaluate different protocols for estrus synchronization and early estrus resynchronization in sheep and goats, in different calving order categories. Three experiments were carried out with goats and four with sheep. In the first experiment in goats, the effect of the moment of application of 25 μg of lecirelin (28 or 34h and control with application of saline solution at 28h) was evaluated after a synthetic medroxyprogesterone (MAP) sponge withdrawal, aiming ovulation synchronization. The results showed that lecirelin used at 28 or 34h is efficient to synchronize ovulation. There were no differences (P > 0.05) among GnRH-treated and control goats in estrus responses and mean ovulation rates. However, the intervals from MAP sponge withdrawal to ovulation and from the estrus onset to ovulation were less variable (P < 0.05) in both GnRH-treated groups. In the second study, the effect of using a MAP sponge during the luteal phase (D16-D21) on the functionality of the corpus luteum (CL) of pregnant and non-pregnant goats was evaluated. For this, all females passed through a synchronization protocol and were inseminated. Subsequently, they were randomly divided into two experimental groups (with and without sponge) during D16 to D21 of the estrous cycle. Serum dosages of P4 and ultrasound evaluation of the existing CL were performed during the period of permanence of the second sponge. After pregnancy diagnosis (D30) the females were divided into pregnant and non-pregnant and whether or not they received the second sponge for data analysis. No P4 differences were found between groups or for the interaction of group and time. Thus, the use of the second MAP sponge for estrus resynchronization did not interfere with endogenous P4 production or luteal viability. In the third experiment, the goats underwent another synchronization protocol, without being inseminated or mated. At the time of resynchronization (D21; time of removal of the second sponge), they received saline solution or 100 IU of eCG to monitor follicular dynamics and subsequent ovulation. The effect of reproductive management (natural mating x artificial insemination) in this resynchronization protocol was also evaluated. In goats, no differences were found regarding ovulation time, synchronization and follicle size. However, the association between natural breeding and eCG presented a greater estrus manifestation and pregnancy rates when compared to artificial insemination without eCG. In sheep, the first study had a similar methodology to the second goat experiment, with the second sponge being maintained for the period from D12-D17, and early diagnosis of pregnancy being performed on D17. As in goats, after the second MAP sponge, used for estrus resynchronization, there were no differences in serum P4 values or luteal viability for ewes, regardless the group. The second study had a similar methodology to the third goat comparing three doses of eCG (0 UI, 200 UI and 300 UI), without evaluating the mating method. For sheep, there were no difference between group means, however, 200 IU of eCG in resynchronization induced a more homogeneous ovulation. In the third study, the animals were synchronized and resynchronized, and evaluated for early pregnancy diagnosis (regardless of the diagnosis, all females were inseminated). In this study, the effect of a new AI in pregnant females was evaluated, whether it would lead to pregnancy losses, showing that there was no difference between the groups, and that the protocol itself does not lead to pregnancy losses, but that early diagnosis helps to reduce management of pregnant females. In the fourth experiment, the resynchronization protocol was tested in females 30 days postpartum, dry females in estrous season. The resynchronization protocol was efficient in nulliparous and multiparous ewes, groups presented differences only in fecundity, which was higher in multiparous. However, the treatment was not efficient in postpartum ewes, since few responded to the protocol and became pregnant. Thus, early resynchronization protocols in small ruminants can be successfully performed, if the particularities of each species and category are considered.193 f.Brandão, Felipe Zandonadihttp://lattes.cnpq.br/5996890400232803Balaro, Mario Felipe Alvarezhttp://lattes.cnpq.br/2322312095515370Sales, José Nélio de Sousahttp://lattes.cnpq.br/9805051209250765Clariget, Raquel PérezSiqueira, Luiz Gustavo Brunohttp://lattes.cnpq.br/6075552707625018Pinto, Pedro Henrique Nicolauhttp://lattes.cnpq.br/0713302923177973http://lattes.cnpq.br/8044091481288278Cosentino, Isabel Oliveira2022-11-30T17:22:02Z2022-11-30T17:22:02Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfCOSENTINO, Isabel Oliveira. Uso de protocolos de indução do estro sincronizado seguidos de protocolos de ressincronização precoce do estro em pequenos ruminantes. 2022. 193 f. 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O objetivo deste estudo foi avaliar distintos protocolos de indução do estro sincronizado e de ressincronização precoce do estro nas espécies caprina e ovina em diferentes categorias de ordem de parto. Foram realizados três experimentos na espécie caprina e quatro na espécie ovina. No primeiro experimento na espécie caprina, foi avaliado o efeito do momento da aplicação de 25 μg de lecirelina (28 ou 34h e controle com aplicação de solução salina às 28h), após a retirada da esponja de medroxiprogesterona (MAP) sintética, visando a sincronização da ovulação. Os resultados demonstraram que a lecirelina usada às 28 ou 34 h é eficiente para a sincronizar a ovulação. Não foram encontradas diferenças (P > 0,05) entre os grupos tratados com GnRH e o grupo controle quanto a apresentação de cio e média das ovulações. Entretanto, os intervalos entre a retirada da esponja e a ovulação, e da apresentação do cio até a ovulação apresentaram menor variação (P < 0,05) nos grupos tratados. No segundo estudo, foi avaliado o efeito do uso de uma esponja de MAP sintética durante a fase luteal (D16-D21) sobre a funcionalidade do corpo lúteo (CL) de cabras gestantes e não gestantes. Para isso, todas as fêmeas receberam um protocolo de indução do estro sincronizado e foram inseminadas. Na sequência, foram divididas aleatoriamente em dois grupos experimentais (com e sem esponja) durante o D16 até D21 do ciclo estral. Foram realizadas dosagens séricas de P4 e avaliação ultrassonográfica do CL existente durante o período de permanência da segunda esponja. Após o diagnóstico de gestação (D30) as fêmeas foram divididas em gestantes e não gestantes e se receberam ou não a segunda esponja para a análise dos dados. Não foram encontradas diferenças nos níveis séricos de P4 entre os grupos ou interações entre tratamentos e tempo. Assim, o uso da segunda esponja de MAP, para a ressincronização do estro, não interferiu na produção de P4 endógena nem na viabilidade luteal. No terceiro experimento, as cabras passaram por protocolo de indução do estro sincronizado, sem que fossem inseminadas ou acasaladas. No momento da ressincronização (D21; momento da retirada da segunda esponja), receberam solução salina ou 100 UI de eCG visando acompanhar a dinâmica folicular e ovulação subsequente. Também foi avaliado o efeito do manejo reprodutivo (monta natural x inseminação artificial) neste protocolo de ressincronização. Em caprinos não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto ao tempo de ovulação, sincronização da ovulação e tamanho do folículo. Entretanto, a associação de eCG com monta natural apresentou maior taxa de apresentação de cio e gestação quando comparado com inseminação artificial sem eCG. Em ovinos, o primeiro estudo teve metodologia similar ao segundo experimento caprino, com segunda esponja sendo mantida pelo período de D12-D17, e diagnóstico precoce da gestação sendo realizado no D17. Assim como em caprinos, após a segunda esponja de MAP, utilizada para a ressincronização do estro, não houve diferença na concentração sérica de P4 nem a viabilidade luteal para a espécie ovina, independente do grupo. O segundo estudo teve metodologia similar ao terceiro caprino comparando três doses de eCG (0 UI, 200 UI e 300 UI), sem avaliar o método de acasalamento. Para ovelhas, não houve diferença entre as médias dos grupos, entretanto, 200 UI de eCG na ressincronização tornou o momento de ovulação mais homogêneo. No terceiro estudo, os animais foram sincronizados e ressincronizados, e avaliadas pelo diagnóstico precoce de gestação. As fêmeas foram divididas aleatoriamente em dois grupos: fêmeas re-inseminadas considerando o diagnóstico de gestação (apenas fêmeas vazias foram inseminadas), enquanto o outro grupo não (independente do diagnóstico, todas as fêmeas foram inseminadas). Nesse estudo foi avaliado o efeito de uma nova IA em fêmeas gestantes, se levaria a perdas gestacionais, mostrando que não houve diferença entre os grupos, e que o protocolo em si não leva a perdas gestacionais, mas que o diagnóstico precoce auxilia na diminuição de manejo de fêmeas já gestantes. No quarto experimento, o protocolo de ressincronização foi testado em fêmeas 30 dias pós-parto, fêmeas secas na estação e nulíparas. O protocolo de ressincronização foi eficiente em ovelhas nulíparas e multíparas, apresentando diferenças apenas na fecundidade, que foi maior nas multíparas. Entretanto, o tratamento não foi eficiente para ovelhas no pós-parto, visto que poucas responderam ao protocolo e ficaram gestantes. Assim, os protocolos de ressincronização precoce em pequenos ruminantes podem ser realizados com sucesso, desde que consideradas as particularidades de cada espécie e categoria. |
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